O que ele realmente precisa é de disciplina.
Alexander Lightwood acaba de receber o trabalho mais fácil do mundo: ser babá do filho mimado de um senador conservador, mantê-lo longe de problemas, e receber um salário de seis dígitos. Um salário que...
Se estiver gostando da história, deixe seu voto e comentário 🌻
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Alec
Alec não gostava de muitas coisas — do trânsito de Nova York, homofóbicos, pessoas que usavam suas luzes de perigo na chuva — mas havia três coisas que ele realmente odiava: perguntas não respondidas, cereal matinal açucarado e desenhos animados.
Esta manhã, todas as três coisas o estavam atacando ao mesmo tempo, fazendo seu olho esquerdo latejar.
Ao lado dele, Magnus estava sentado com as pernas do pijama dobradas embaixo dele, a boca cheia de cereal enquanto ria de uma esponja falante vestindo calças.
Alec geralmente não permitia a Magnus comida pouco saudável logo de manhã, mas ontem ele tinha prometido ao garoto tudo o que quisesse, se ele conseguisse passar pelo almoço de caridade de seu pai sem incidentes.
Magnus tinha escolhido boquetes matinais e cereais cheios de açúcar, e Alec era um homem de palavra.
Ele queria reforçar o bom comportamento e achava que nunca se cansaria de chupar Magnus, mas o cheiro de marshmallows encharcados e leite açucarado deixou seus dentes no limite, tanto quanto o desenho animado estridente na televisão.
Assistir desenhos animados não fazia parte das negociações originais, foi incluido uma fração de segundo antes de ele se manobrar para baixo no pau de Alec uma hora atrás.
Ele implorou, fez beicinho e o chamou de Daddy o tempo todo olhando para ele com aqueles grandes olhos dourados e defendendo seu caso com entusiasmo.
Magnus tinha sentado no pau de seu Daddy como um menino que realmente queria assistir desenhos animados, e esse era o motivo pelo qual Alec estava sentado no sofá ouvindo Magnus bufar de rir, enquanto as paredes cuidadosamente construídas que ele tinha construído em torno de sua infância disfuncional desmoronavam.
Na casa dos Lightwood, desenhos animados e cereais eram mais do que itens básicos da despensa.
Alec cresceu em motéis decadentes onde os tapetes sujos deixavam seus pés pretos, os lençóis sempre tinham manchas suspeitas e nunca havia cozinhas.
Havia semanas em que ele e sua irmã viviam com nada além de cereais secos comprados com trocos roubados das almofadas do sofá e extraídos do tabaco solto sempre flutuando no fundo da bolsa de sua mãe.
Sua mãe costumava desaparecer por dias, deixando Izzy descobrir como levá-los para a escola e para casa – quando sua mãe se lembrava de matriculá-los na escola.
Tarde da noite, sua irmã colocava fitas de Bugs Bunny ou Tom & Jerry no videocassete para que eles não precisassem ouvir os sons de sirenes, brigas de bêbados ou as prostitutas fazendo negócios nos quartos ao lado.
