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Finn mantinha seus olhos vidrados na garota de cabelos pretos e olhos escuros, que estava sentada a uma mesa há uns vinte metros de distância da sua naquele refeitório. O garoto observava cada detalhe da bela moça que conversava com seus amigos, empolgada.
Suas amigas aproximaram-se da mesa e se sentaram, mas não foi o suficiente para tirar a concentração do Wolfhard que ainda continuava observando a garota.
As garotas observaram o amigo e olharam na mesma direção que ele também estava olhando, percebendo a situação, uma delas resolveu se manifestar:
─ Ah, eu não acredito nisso, Finn, você ainda continua a fim da Verity e ela nem sequer sabe seu nome. ─ Sofia Bryant disse, incrédula, fazendo com que o garoto finalmente notasse sua presença.
─ Pois é, e afinal, ela namora há dois anos. ─ Completou, Lillis.
─ Eu não mando nos meus sentimentos, okay? ─ Finn indagou.
─ Você gosta dela há um ano, não sei como se apaixonou por alguém que namorava, isso é tão estranho. ─ Louis comentou, sentando-se a mesa, de surpresa.
─ Louis, eu já disse que não podemos controlar nossos sentimentos, isso é uma droga, você acha mesmo que eu tive a intenção de me apaixonar logo por ela?
─ Eu sei que não, Finn, mas eu acho que você deveria tentar superar.
─ Eu tento, Louis, mas é difícil quando infelizmente eu a vejo de segunda a sexta aqui no colégio. ─ Finn suspirou entristecido. ─ Se ela ao menos não namorasse, eu já teria tomado coragem e falado com ela sobre o que sinto.
Todos mantiveram-se calados, eles sabiam que Finn tinha razão, ele não tinha culpa de ter se apaixonado por Verity, não mandamos nos nossos sentimentos, não podemos controlá-los, eles também sabiam que o garoto estava tentando superar, mas compreendiam que é complicado.
Finn sentiu todo seu ser estremecer quando Verity olhou em sua direção e pela primeira vez notou o olhar do garoto sobre ela e sorriu simpaticamente, aquele belo sorriso que Finn amava. O garoto queria retribuir o gesto, mas a garota desviou o olhar dele quando seu namorado beijou seu pescoço e sussurrou algo em seu ouvido, a fazendo sorrir. Finn meneou a cabeça, desanimado.
─ Pelo menos agora ela sabe que você existe. ─ Louis brincou, pois viu o que ocorrera.
─ É, pelo menos agora ela sabe. ─ Finn sorriu.
─ Ai, credo, vamos esquecer que existe essa garota e mudar de assunto. ─ Lillis disse, irritada com aquilo.
─ Sim, amor, você tem toda razão. ─ Sofia apoiou a namorada. ─ O que podemos fazer hoje após a aula?
─ Se todos estiverem livres podemos ir lá para a minha casa e maratonar O senhor dos anéis. ─ Louis sugeriu.
─ Eu estou. ─ Lillis disse.
─ Eu também. ─ Foi a vez de Sofia.
Todos olharam para Finn, esperando por uma resposta sua. O garoto apenas respirou fundo antes de dizer:
─ Tudo bem, eu vou.
Seus amigos sorriram satisfeitos, estavam felizes por Finn não ser do tipo que se tranca e sofre por um amor platônico.
O garoto olhou novamente para Verity e desejou que superasse aquele sentimento por ela, pois sabia que talvez seria impossível ter qualquer relação com a mesma garota. Finn via o quanto ela amava seu namorado e não acabaria com seu relacionamento por uma pessoa que não sabe nem o nome. Era difícil, mas ele sabia que tinha que aceitar.
