O18. decision

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    Finn aproximou-se do jardim da escola, onde Verity se encontrava sentada na grama, lendo e ouvindo música

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    Finn aproximou-se do jardim da escola, onde Verity se encontrava sentada na grama, lendo e ouvindo música. Sentou-se ao lado da garota que tirou os fones de ouvido e o olhou dando um sorriso simpático.

─ Oi. ─ Ele sorriu.

─ Oi Finn.

─ Você fica bem vestindo meu casaco. ─ Comentou olhando para seu moletom que a garota trajava.

─ Ah, desculpa, eu ia te devolver, mas não te encontrei. ─ Tentou tirar a vestimenta mas Finn a impediu.

─ Fique com ele, está frio aqui fora. ─ Disse, e Verity sorriu. ─ E o que faz aqui, sozinha?

Verity suspirou, fechando o livro.

─ As pessoas tem me olhado estranho, então quis ficar longe delas hoje, além do mais, eu queria pensar um pouco. ─ Respondeu, desanimada.

─ Oh, perdão, perdão, eu vou me retirar. ─ Ia levantar-se, mas Verity segurou seu braço.

─ Fique, preciso conversar com você.

O garoto a olhou preocupado e confuso.

─ Claro, o que houve?

─ Queria agradecer pelo que fez por mim naquela noite, Sadie disse que você cuidou de mim.

─ Não foi nada.

─ Você sabe o que aconteceu?

O garoto pensou em mentir, mas porque fazer isso?

─ Sim, eu sei.

Verity abaixou a cabeça, desamparada.

─ Eu pensei que ele me amasse.

─ Talvez ele tenha amado, mas o sentimento se desgastou com o tempo. ─ Tentou confortá-lá.

─ Não Finn, quando o sentimento é real, ele dura, não é como um objeto que desgasta rápido.

─ Você acha que ele nunca te amou?

Verity riu fazendo Finn ficar confuso.

─ Sabe, eu acho que a culpa disso foi minha. ─ Olhou para o garoto. ─ Eu dei motivos para ele fazer isso.

─ E o que foi que você fez?

Verity respirou fundo e meneou a cabeça, Finn entendeu aquilo com um "eu não vou te contar", mas não foi o que ela fez.

─ Dois anos de namoro e nós nunca saímos das preliminares.

Finn ficou bastante surpreso com aquela revelação, mas não iria demonstrar.

─ E porque? Não confiava nele o suficiente?

─ Eu não me sentia preparada, mas por causa disso fiz ele me trair, eu fui burra. 

─ Ei, isso não é motivo para traição, nada é na verdade, e você não estava preparada, como disse, cada um tem seu tempo. Se ele estava insatisfeito com isso, deveria ter terminado, não te traído, ele foi o errado, o burro.

─ Eu me sinto tão dependente, Finn, ele foi meu primeiro namorado, não sei o que fazer, tenho medo de terminar e não conseguir seguir sem ele, eu não sei o que fazer.

Finn observou as mãos da garota apertarem o livro com força, demonstrando sua inquietação. Colocou sua mão direita sobre as dela para tentar acalmá-la.

─ Faz o que a razão mandar, as vezes é melhor seguir o cérebro do que o coração, se você perceber que não deve mais confiar no Thevot, não tem porque continuar, ele errou duas vezes, e talvez erre a terceira, mas só se você permitir. Verity, é melhor sofrer com a dor de um término do que com a dor de mais uma traição, se não quem vai se desgastar é você, vai acabar se tornando vazia, e nunca mais vai dar uma chance para o amor por medo. 

Verity olhou para o garoto com certa admiração.

─ Você sabe qual é a dor de amar alguém e perceber que essa pessoa não te ama ou não te amou?

Finn sorriu triste e assentiu. Ele entendia aquilo melhor do que ninguém.

─ Você vai superar isso, Verity.

─ Finn, é possível se apaixonar por alguém tão rápido? ─ Perguntou, fazendo Finn cerrar os olhos, um tanto pensativo, queria ter uma resposta concreta para aquilo, mas não tinha.

─ Eu acredito que ninguém se apaixona rápido, talvez o sentimento já estava lá, como um broto, a pessoa que nunca deu uma chance dele crescer e florescer, ou algo impedia isso.

Verity apenas assentiu.

─ Obrigada, você me fez tomar uma decisão. ─ Abraçou o garoto que retribuiu. Ao sair do abraço, ela continuou: ─ Agora me sinto vazia, mas ao mesmo tempo confusa em relação a outra coisa.

─ Isso vai passar logo, só basta você resolver as coisas, colocar tudo no lugar, se dar um tempo.

─ Eu espero que sim.

─ Ah, e não se sinta sozinha nesse círculo dos virgens, eu faço parte dele com você e milhares de outras pessoas.

Verity riu, ela não acreditava.

─ Você? Virgem?

─ Sim, acredite, eu também tenho lá minhas inseguranças.

─ Difícil de acreditar, com tantas garotas loucas para fazer isso com você.

Finn fez uma cara de desconfiança mesclada com confusão.

─ Não, eu acho que não... Mas mesmo se tivesse, não penso em fazer com nenhuma delas.

─ Não há nenhuma que você olhe e pense: "com ela até poderia ser"?

Finn riu tímido e constrangido.

─ Das que você diz me querer, não, mas há uma sim, só que eu tenho total de zero chances com ela.

─ E porque?

─ Ela namora, ou namorava, sei lá, e também, ela nunca vai me olhar, não da mesma maneira que eu a olho.

─ Nunca é uma palavra muito precipitada, quem sabe ela não já tenha te olhado e você não sabe... ─ Supôs.

─ Ah, certeza que não. ─ Rebateu quando o sinal alertando que o intervalo havia acabado, soou. ─ Bom, vamos lá. ─ Levantou-se e esticou a mão oferecendo ajuda a Verity para se levantar, a garota aceitou a ajuda.

Os dois seguiram de volta para dentro da escola e se despediram pois tinham aulas diferentes.

Finn sentia-se bem, muito bem após aquela conversa. Ele esperava que a decisão da garota tenha sido a de terminar com o Thevot.

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