Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Verity entrou no quarto de Finn que estava sentado sobre a cama, pensando em algo. O garoto encarou-a.
─ Ãh, oi, sua mãe deixou que eu entrasse e subisse. ─ Explicou vendo que ele estava surpreso.
─ Oi.
─ Está tudo bem? Você não compareceu na escola hoje.
─ Está sim.
Porém, ela sabia que não estava.
─ Eu já disse que você pode conversar comigo sobre tudo, confia em mim.
─ E eu deveria? Me dê um motivo.
─ Porque eu me importo e gosto muito de você, te dei dois. Ai Finn, eu não estou te entendendo.
─ Sou eu quem não te entendo. ─ Levantou-se da cama, ficando de pé. ─ Você simplesmente mente para mim, me engana e ainda diz que não está me entendendo.
─ O que? Como assim eu te enganei? ─ Encarou-o, confusa.
─ Você tem certeza de que gosta de mim?
─ Absoluta.
─ Não, Verity, você só está me usando para fazer ciúmes ao Thevot.
─ O que?! ─ Riu incrédula. ─ De onde você tirou essa ideia?
─ Está óbvio, Verity. Todo lugar que você combinava de irmos, ele estava lá, sempre, e não me diga que é coincidência, foram várias vezes.
─ Você acha mesmo que eu ia perder meu tempo tentando fazer ciúmes para o Thevot? Me poupe, Finn. ─ Disse, indignada.
─ Pois eu acho possível, ele foi seu primeiro namorado, talvez você não tenha superado assim tão fácil.
─ Bom, primeiro que eu sei muito bem sobre meus sentimentos e eu não sinto mais nada pelo Thevot, nada, e eu sei que gosto de você, e segundo, eu nunca, nunca usaria uma pessoa para provocar outra. Finn, pensa nos nossos momentos, nas declarações e tudo mais, eu não consigo dizer que gosto de alguém sem realmente gostar.
─ Olha, Verity, isso que temos, seja lá o que for, acabou aqui, não dá para continuar. ─ Disse, ignorando tudo o que a garota acabara de falar.
─ Finn... ─ Foi a única coisa que ela conseguiu dizer, pois um nó se formou em sua garganta.
─ Eu sou humano, tenho meus sentimentos, não tenho alma de robô e eu realmente gosto de você, então se você está comigo só para me usar, eu não quero estar com você.
─ Você não sabe o que está dizendo, eu não estou te usando, em nenhum... em nenhum momento eu pensei em te usar, nunca cogitei essa possibilidade, eu sinceramente nem pensava no Thevot quando estava com você, eu realmente não sei o que te fez pensar isso. ─ Explicou-se, mesmo sabendo que não tinha porque fazer isso.
─ Eu percebi, Verity, você sabe exatamente que não me ama e está comigo apenas para enganar essa dor que existe dentro de você, esse vazio, ou então é para fazer ciúmes ao Thevot mesmo.
─ Você está sendo a porra de um idiota. ─ Esbravejou.
─ Se você não tem mais nada para dizer além disso, eu peço que se retire.
─ E aquele lance de "sempre ao seu lado"?
─ Acho que isso não faz mais sentido.
Verity fechou os olhos, e deixou que as lágrimas que ela tentava segurar, escorressem por suas bochechas.
Nunca se sentira tão magoada antes.
─ Se eu sair por essa porta, eu vou estar saindo da sua vida, você tem certeza do que quer?
─ Sim. ─ Afirmou, apesar de não ter.
─ Você pode esquecer que um dia eu fui sua, e que realmente gostei de você, está claro?
─ Cristalino.
Verity retirou-se do cômodo, sentindo tudo desmoronar. Saiu da casa dos Wolfhard e andou pela rua deixando as lágrimas escorrerem sobre suas bochechas. Aquilo doeu mais do que quando soube que fora traída.
***
A Organa tocou a campainha da casa de sua melhor amiga que abriu alguns segundos depois.
─ Oi, e o Finn? ─ Sadie perguntou.
Verity apenas se deixou desabar nos braços da amiga, aos prantos. Sadie a abraçou mesmo sem compreender nada.
─ Ele me destruiu. ─ As palavras saíram abafadas.
─ Entra, estão todos aqui, vamos conversar.
Verity entrou, e viu todos sentados jogados no tapete da sala. Assim que Louis a viu, levantou-se e foi até ela.
─ E ai, o que houve? ─ Louis perguntou, preocupado.
─ O Finn, ele... ele... ─ Tentou explicar, mas só o que conseguia era chorar.
Louis a envolveu em seus braços e deixou que ela chorasse, enquanto todos observavam, confusos.
Sadie aproximou-se e acariciou as costas da amiga.
─ Você precisa se acalmar e explicar o que está acontecendo. ─ Aconselhou.
─ Deixa ela chorar. ─ Louis pediu.
─ Não é possível que o Finn tenha terminado com ela, né? ─ Lillis perguntou, o que fez Verity chorar mais ainda.
─ Oh merda. ─ Sofia lamentou, percebendo que foi exatamente o que aconteceu.
─ Como assim, mano? ─ Louis indagou.
Verity respirou fundo e saiu dos braços do amigo.
─ Ele disse que eu estava usando ele para fazer ciúmes ao Thevot e que eu não o amava, então disse que não queria continuar comigo. ─ Finalmente explicou.
─ Porra, o Finn é idiota ou que? ─ Louis perguntou, irritado.
─ Eu não sei de onde ele tirou essa ideia.
─ Bom, eu vou conversar com ele, agora vem aqui. ─ Sofia chamou-a, e a garota andou até ela e se deitou sobre o tapete, colocando a cabeça no colo da cacheada.
Todos se sentaram junto a Verity que ainda chorava. Vez ou outra, se entreolhavam tentando entender, já que Finn ama demais Verity, ele não seria capaz de pensar nisso estando tão apaixonado por ela, ele esperou muito por esse momento, então não pensaria e nem faria nada que pudesse estragar aquela relação.
Todos pensaram na mesma pessoa, a única que seria capaz de por ideias tão absurdas na cabeça do Wolfhard, e essa pessoa era o Thevot.
Mas eles não iriam deixar aquilo barato, não mesmo.
