Precisamos decidir o que vamos fazer no festival

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— QUER BEBER ALGUMA COISA? — Perguntou Josh, da cozinha, enquanto eu fechava a porta da frente.

— Não, obrigada — respondi. — Vou subir para o seu quarto.

— Está bem. - Nunca deixava de admirar o quanto a casa de Josh Beuchamp era enorme;
praticamente uma mansão. Havia uma sala completa no andar de baixo com uma TV de cinquenta polegadas e um sistema de som surround. Isso sem falar na mesa de sinuca e na piscina (aquecida) do lado de fora. Embora fosse como uma segunda casa, o único lugar onde me sentia realmente confortável era o quarto de Josh.

Abri a porta e vi a luz do sol passando pelas portas do lado oposto, também abertas, que levavam até a pequena sacada. Havia pôsteres de bandas cobrindo as paredes; sua bateria estava montada no canto do quarto, ao lado de uma guitarra, e o Apple Mac estava exibido orgulhosamente em uma escrivaninha elegante de mogno que combinava com o restante da mobília.

Mas, assim como o quarto de qualquer outro garoto de dezesseis anos, o chão estava cheio de camisetas, cuecas e meias fedidas; a metade que sobrou de um sanduíche começava a embolorar ao lado do Apple Mac, e latas vazias estavam largadas sobre quase todas as superfícies.
Me joguei na cama de josh, adorando a sensação de como o colchão me fazia subir e descer.
Éramos grandes amigos desde que nascemos. Nossas mães se conheciam desde a época da faculdade, e eu precisava somente fazer uma caminhada de dez minutos para chegar à casa dele. Josh e eu havíamos crescido juntos.

Poderíamos até mesmo ser gêmeos; por uma coincidência bizarra do destino, nascemos no mesmo dia. Ele era o meu melhor amigo. Sempre foi e sempre será. Mesmo me irritando demais às vezes.
Ele apareceu bem naquele momento, trazendo duas garrafas abertas de refrigerante de laranja, sabendo que eu beberia a dele em algum momento.

— Precisamos decidir o que vamos fazer no festival — eu disse.

— Eu sei — suspirou ele, desalinhando os cabelos loiros e retorcendo o rosto. — Será que não podemos fazer somente uma coisa com cocos?
Você sabe. As pessoas atiram bolas e tentam derrubar os cocos... que tal?
Balancei a cabeça, espantada.

— Era exatamente nisso que eu estava pensando...

— Claro que estava. - Abri um sorrisinho torto.

— Mas não podemos. Já tem outra equipe que vai fazer isso.

— E por que nós precisamos inventar uma atração? Não podemos simplesmente administrar o evento inteiro e fazer com que as outras pessoas tenham as ideias para as barracas?

— Ei, foi você quem disse que fazer parte do grêmio estudantil seria um diferencial no nosso histórico escolar quando fôssemos para a faculdade.

— E foi você quem concordou com isso.

— Porque eu queria estar na comissão de dança — enfatizei. — Não imaginava que a gente teria que organizar o festival, também.

— Isso é uma droga.

— Eu sei. Ah, e se contratássemos um daqueles... você sabe. — Fiz um movimento de balanço com as mãos.

— Aquela coisa que tem o martelo.

— Onde eles testam a força das pessoas?

— Sim. Uma coisa dessas.

— Não, outro grupo já teve essa ideia e fechou o contrato.
Suspirei. — Então, não sei. Não resta muita coisa. Já estão usando todas as ideias. - Nós nos entreolhamos e dissemos ao mesmo tempo:

— Eu disse que devíamos ter começado a planejar isso antes. - Nós rimos e Josh sentou-se diante do computador, fazendo a cadeira girar lentamente.

— Uma casa mal-assombrada, talvez?
Olhei para ele com uma expressão impassível, na verdade, tentei, pelo menos. Não era fácil atrair a atenção de Josh  enquanto ele ficava girando na cadeira daquele jeito.

— Estamos na primavera, Josh. Não no Halloween.

— Sim. E daí?

— Não. Nada de casa mal-assombrada.

— Tudo bem — resmungou ele. — O que você sugere, então?
Dei de ombros. A verdade era que eu não fazia a menor ideia.

Estávamos bastante encrencados. Se não pensássemos em nada para uma barraca, acabaríamos sendo expulsos do grêmio estudantil, o que significaria que não poderíamos mencionar isso nos nossos históricos escolares antes de nos candidatar para as faculdades no ano que vem.

— Não sei. Não consigo pensar com esse calor.

— Então tire esse moletom e invente alguma coisa.

Revirei os olhos e Josh começou a pesquisar ideias para barracas para o Festival da Primavera no Google. Puxei o blusão por cima da cabeça e senti o sol bater na barriga. Tentei puxar os braços por dentro das mangas para abaixar a blusinha que eu estava vestindo por baixo...

— Josh — eu disse, com a voz abafada. — Que tal uma ajudinha?

Ele deu uma risadinha, e ouvi quando ele se levantou.

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E esse foi o primeiro espero q goste
Ass:bih ❤️

The kissing booth- NOART  (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora