Capítulo 85

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      Logo pela manhã, Anahí e Poncho saíram com Emiliano e Manuel. Poncho colocou todas as malas no carro e Anahí ajeitou seus filhos nas cadeirinhas, ficando sentada entre eles. 

       - Aonde vamos, mamãe? - Manu lhe perguntou. 

      - Vamos passar alguns dias na praia, meu amor! - Anahí disse em um sorriso. 

     - O papai vai também? 

     - O Poncho vai levar a gente e tem que voltar para trabalhar, mas logo estará com a gente. - disse, indicando Poncho que acabava de entrar no carro e sentando no banco do motorista.

     - Não, não este papai. O meu papai! 

      Anahí e Poncho se olharam com um ar entristecido. Manu pouco falava do seu pai biológico e ultimamente se referia mais a Poncho como "pai".

      - Ah, ele não!

      - Não vi mais o papai! - Manu disse em tom baixo evidenciando a sua tristeza. - com saudade dele!

        Manu abaixou a cabeça e levou a mãos nos olhos. Anahí conduziu delicadamente para que Manu as abaixasse.

         - Ele está trabalhando, mas logo vocês vão se ver.

         - Quem sabe depois da viagem? - Poncho disse animadamente. - Você vai para a praia com a sua mãe e com o seu irmão. Depois eu vou levar o Dani, vai ser super divertido!

        Anahí sorriu e deu um beijo em seu filho. 

        - Vai ser bem divertido! - Anahí lhe disse, porém com seu coração partido. Não queria que os filhos estivessem passando por essa situação. Naquele momento julgou-se como péssima mãe por estar pensando somente em si, ao invés da felicidade dos filhos que gostariam de ver os pais juntos, morando na mesma casa. 

        Ao ver o semblante abatido de Anahí, Poncho esforçou-se para virar-se e tocar em seu joelho. 

       - Amor, vai ficar tudo bem! Eu estou com você! Com vocês!

        Anahí despertou de seus reflexões e sorriu ao ver a presença de Poncho ali. Realmente estava bem aparada e com os seus filhos não era diferente, Poncho dedicava-se muito a eles  e lhes transmitia muito amor. 

        - Sim, eu sei!

        No caminho, Anahí foi refletindo sobre a sua situação. Não podia - e nem queria - fugir a vida inteira. Só queria esperar que seus advogados resolvessem a situação. Que ficasse com a guarda dos filhos e que seu ex-marido pudesse ter suas visitas reguladas. E, o mais importante de tudo, que ele cumprisse o que fosse acordado para que seus filhos não sofressem com a sua ausência, principalmente Manu que já estava acostumado com o pai. 



        Como sempre, Maite foi despertada por Mane com muito zelo. Ele não poupava carinhos e ela se encantava com isso. Também sempre foi muito carinhosa e adorava que esse gesto fosse recíproco. Durante o tempo que esteve com Koko, não tinha tanto retorno, porém o entendia, pois ele tinha seu jeito mais reservado e intimista.

        - Bom dia, meu amor! - Mane disse, dando um beijo em seu rosto, enquanto trazia Maite para mais perto do seu corpo que estava de costas para ele.  

        Ela se virou de frente para ele e lhe deu um beijo nos lábios. 

       - Bom dia, meu amor! - ela disse. - Amo acordar assim!

O Milagre do ReencontroWhere stories live. Discover now