Capítulo 112

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    Maite estava ansiosa enquanto esperava na casa de Koko para pegar Sancho. Quando finalmente Sancho apareceu, sua cauda abanando freneticamente e olhos cheios de reconhecimento, Maite o olhou com alegria. Ela se ajoelhou e abraçou seu cachorro, sentindo uma onda de emoção inundar seu coração.

     Sancho respondeu com lambidas de carinho e um latido animado, como se estivesse compartilhando a mesma alegria de reencontrar sua dona.

      — Aí está. — Koko disse brevemente.

     —  Olá, Koko. Como você tem passado?

    — Estou bem. —falou brevemente.

      A tensão era palpável entre Maite e Koko, e as feridas do passado ainda estavam visíveis. O ressentimento de Koko era evidente, e Maite percebeu que ele ainda guardava mágoa do término deles.

       Maite saiu da casa de Koko com Sancho e decidiu dar uma volta pelo parque próximo à sua casa. O sol estava brilhando, e o ar fresco da primavera enchia seus pulmões.

     Ao se aproximar do parque, avistou de longe Mane, seu ex-namorado, com seus cachorros. Ficou impressionada de encontrá-lo. Havia acabado de sair de uma situação embaraçosa com Koko e estava ali, prestes a encarar mais um.

      Ela parou por um momento, observando-o de forma discreta, sem coragem de se aproximar. Seu coração começou a bater mais rápido, e uma mistura de emoções a invadiu.

     — Será que ainda gosto dele? Será que esses sentimentos nunca realmente foram embora? — Maite questionou a si mesma.

     Enquanto Sancho brincava alegremente ao seu lado, Maite se viu envolvida em um turbilhão de pensamentos e sentimentos. A visão de Mane trouxe à tona memórias do passado e a fez questionar seus sentimentos atuais. 

   Maite continuava observando Mane com seus cachorros, até que ela vê Eva Cedeño se aproximando dele.  Os dois se abraçam calorosamente, compartilhando risos e cumplicidade. Ver aquela cena trouxe uma sensação estranha para Maite, uma mistura de desconforto e inquietação.

     Enquanto observava, os olhos de Mane se encontraram com os dela. O riso dele cessou, e uma troca de olhares carregada de significado ocorreu entre eles. Era como se o passado se manifestasse diante de seus olhos, trazendo à tona lembranças e sentimentos que Maite havia tentado deixar para trás.

       Eva percebeu a troca de olhares entre Mane e Maite, e seu coração se encheu de compreensão. Durante todos os meses de amizade próxima com Mane, ela havia sido sua principal confidente, ouvindo suas histórias e desabafos sobre o amor que ele ainda sentia pela morena que agora observava à distância.

      A amiga decidiu apoiar Mane, sabendo o quanto ele ainda carregava aqueles sentimentos no coração. Ela se aproximou dele, colocando a mão em seu ombro com gentileza.

     — Vai lá falar com ela... — Eva disse com carinho.

    Mane olhou para Eva com gratidão nos olhos, agradecendo silenciosamente por ter alguém que o entendesse tão bem em um momento tão delicado. 

     Ele caminhou até ela com uma mistura de nervosismo e determinação.

    — Maite, quanto tempo! —  disse um pouco sem jeito. —  Como você está? 

     Por impulso, Mane se aproximou para um abraço, mas recuou ao perceber que Maite não havia se mexido e nem ao menos dado abertura.

     — Estou bem, Mane. Obrigada por perguntar.

O Milagre do ReencontroWhere stories live. Discover now