Capítulo 107

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O hotel estava iluminado pelas luzes noturnas e Maite caminhava ao lado de Andrés Tovar, um pouco apreensiva.

— Foi bom te encontrar aqui! — Andrés disse com um sorriso nos lábios. —Rever a todos me deu uma sensação boa.

Maite retribuiu o sorriso, em meio ao nervosismo.

— É ótimo ver você também, Andrés. — ela respondeu, tentando manter a naturalidade em sua voz.

Continuaram andando até a porta do quarto de Maite e ele se despediu dela com um forte abraço. Os dois não conseguiam explicar as sensações que sentiam ali com aquele toque.

— Para onde você vai agora?

— Como a Anahí só vai embora amanhã, vou perguntar no hotel se eles me permitem ficar no saguão. Ali tem muitos sofás, creio que não vai ser tão ruim passar uma noite ali. — ele deu uma breve risada.

Maite mexeu várias vezes no cabelo ante de falar algo.

— Bem, Andrés. Aqui no meu quarto também tem um pequeno sofá. Não sei se é meio desconfortável. Talvez você pudesse ver como se sente...

Andrés olhou surpreso, mas sua gratidão era evidente.

— Não te incomoda?

Ela balançou a cabeça com um sorriso gentil.

— Não é um problema, de verdade. Somos amigos, e é o mínimo que posso fazer.

Ela abriu a porta e Maite fez questão de garantir que Andrés se sentisse à vontade.

— Este é o sofá. Se não se importa. — ela apontou para a cama. — Ou se preferir, pode dormir na cama e u durmo neste sofá. Eu sou menor...

Andrés deu risada, abraçou Maite de lado e lhe deu um beijo no rosto.

— Você tem um coração enorme, mas eu nunca faria isso com você. É claro que eu durmo neste sofá ou até mesmo no chão. Amanhã eu vou para o quarto da Anahí.

Maite assentiu, ainda um pouco nervosa pela situação incomum. Ela sabia que ele estava sendo gentil, mas também estava consciente de que seus sentimentos por ele tornavam tudo mais complicado.

Enquanto a noite avançava, a tensão no quarto começou a diminuir à medida que eles compartilhavam histórias e risadas. Tovar estava determinado a manter o ambiente leve e descontraído. E à medida que a noite avançava, a proximidade física naquele pequeno quarto começou a despertar sentimentos em ambos.

Andrés olhou para Maite e percebeu a forma como a luz suave do quarto realçava sua beleza. Ele se perguntou se este seria o momento certo para finalmente revelar seus sentimentos.

Enquanto isso, Maite sentia seu coração acelerar. Ela sabia que Andrés a amava, e a ideia de machucá-lo a aterrorizava. Mas havia algo naquele momento, naquela noite inesperada, que a fazia questionar o que o futuro poderia trazer. No escuro da noite, enquanto ambos deitavam em lugares separados, Maite e Andrés enfrentavam um dilema de emoções e desejos não ditos. O que o amanhecer traria? Só o tempo diria.


A noite estava impregnada de eletricidade quando Christian e Diogo retornaram ao quarto após aquele jantar que havia estreitado ainda mais os laços entre eles. Os sorrisos trocados durante a refeição não deixavam dúvidas: algo especial estava prestes a acontecer.

Assim que entraram no quarto, o nervosismo pairava no ar, mas era um nervosismo emocionante, repleto de antecipação. Christian trancou a porta com um olhar cheio de desejo fixado em Diogo. Ele sabia que não podia mais ignorar a conexão que havia entre eles.

O Milagre do ReencontroWhere stories live. Discover now