122. Epílogo

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- Corte a língua. Não vai mais gozar em ninguém sem consentimento, muito menos chamar qualquer mulher de vagabunda novamente.

Antes de sentar novamente na frente de Kat, que seguia lixando as unhas, peguei a caixa com alimentos

que ela havia trazido. Tinha cupcakes com gotas de chocolate e frutas. Quem traz cupacakes de chocolate para torturar alguém? Katrina Chevalier.

Eu descobri que estava com muita fome. Peguei meu celular, coloquei um dos enormes cupcakes na minha frente e perguntei:

- Se importa se eu colocar uma música?

- Eu? Claro que não. – ela disse. – Dom, você se importa?

- Não. – ele garantiu.

Então peguei meu celular e coloquei a música "Born to be Wild" no volume máximo. E comi os cupcakes. E ah, como estavam saborosos. Eu não consegui ouvir mais nada... Só o som da música que eu amava escutar no meu Bugatti, e anteriormente na McLaren, quando eu corria nela. Eu e meu pai sempre ligávamos aquela música enquanto discutíamos os pontos bons e ruins das nossas voltas em alta velocidade no autódromo dele, noite adentro.

Acho que eu precisava correr novamente. Queria sentir a adrenalina no meu sangue e aquela sensação que eu só conseguia ter dentro de um carro a mais de 300 km/h. E depois faria amor com Andrew, para fechar em grande estilo. Seria possível correr e fazer amor ao mesmo tempo? Eu acho que podíamos tentar. Eu ia propor a ele.

Os gritos de Alexander foram cessando pouco a pouco e ele adormeceu. Quando comi o sexto e último cupcake, tendo escutado "Born to be Wild" umas cem vezes, suspirei e disse:

- Dom, posso acordá-lo agora?

- Pode.

- Corre risco de ele morrer ao acordar ou já estar morto?

- Não. Foram duas cirurgias e eu, modéstia parte, sou o melhor cirurgião de Noriah. Ele vai levantar e não sentirá dores nos pontos. Lhe dei vários anestésicos.

- Ótimo.

- Tem compromisso, Dom? – Kat perguntou, percebendo que ele olhava no relógio de minuto em minuto.

- Bem, na verdade sim. Vou sair com Samuel.

- Samuel Beaumont? – perguntei, surpresa.

- Sim. – ele confirmou.

- Você e Samuel? – Katrina estreitou os olhos. – Como assim?

- Nos encontramos no hospital na semana passada.

- O que Sam foi fazer no hospital? – fiquei curiosa.

- Ele foi levar uma garota que queimou a mão... Como é nome dela... – ele tentou lembrar.

- Mel? – arrisquei.

- Isso... Mel. Atendi ela e lembrei de onde eu conhecia Samuel... Do casamento de você e Andrew e de uma vez que ele esteve no castelo de Noriah.

- E então decidiram ser melhores amigos? – Katrina perguntou ironicamente.

- Claro que não. Ele convidou a garota para sair. Ela disse que era comprometida e que não podia aceitar. Ele explicou que era só um passeio para nos divertirmos. E que eu inclusive iria junto. Então fiquei sem jeito de dizer não. E acabar de vez com as esperanças dele com relação à garota.

- E onde irão?

- Uma casa noturna... Do padrinho da garota.

- Boa noitada, Dom. E obrigada por tudo... Serei eternamente grata a você. Se precisar de qualquer coisa de mim, certamente terá.

Acordo de Amor com um Chevalier (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora