- Corte a língua. Não vai mais gozar em ninguém sem consentimento, muito menos chamar qualquer mulher de vagabunda novamente.
Antes de sentar novamente na frente de Kat, que seguia lixando as unhas, peguei a caixa com alimentos
que ela havia trazido. Tinha cupcakes com gotas de chocolate e frutas. Quem traz cupacakes de chocolate para torturar alguém? Katrina Chevalier.
Eu descobri que estava com muita fome. Peguei meu celular, coloquei um dos enormes cupcakes na minha frente e perguntei:
- Se importa se eu colocar uma música?
- Eu? Claro que não. – ela disse. – Dom, você se importa?
- Não. – ele garantiu.
Então peguei meu celular e coloquei a música "Born to be Wild" no volume máximo. E comi os cupcakes. E ah, como estavam saborosos. Eu não consegui ouvir mais nada... Só o som da música que eu amava escutar no meu Bugatti, e anteriormente na McLaren, quando eu corria nela. Eu e meu pai sempre ligávamos aquela música enquanto discutíamos os pontos bons e ruins das nossas voltas em alta velocidade no autódromo dele, noite adentro.
Acho que eu precisava correr novamente. Queria sentir a adrenalina no meu sangue e aquela sensação que eu só conseguia ter dentro de um carro a mais de 300 km/h. E depois faria amor com Andrew, para fechar em grande estilo. Seria possível correr e fazer amor ao mesmo tempo? Eu acho que podíamos tentar. Eu ia propor a ele.
Os gritos de Alexander foram cessando pouco a pouco e ele adormeceu. Quando comi o sexto e último cupcake, tendo escutado "Born to be Wild" umas cem vezes, suspirei e disse:
- Dom, posso acordá-lo agora?
- Pode.
- Corre risco de ele morrer ao acordar ou já estar morto?
- Não. Foram duas cirurgias e eu, modéstia parte, sou o melhor cirurgião de Noriah. Ele vai levantar e não sentirá dores nos pontos. Lhe dei vários anestésicos.
- Ótimo.
- Tem compromisso, Dom? – Kat perguntou, percebendo que ele olhava no relógio de minuto em minuto.
- Bem, na verdade sim. Vou sair com Samuel.
- Samuel Beaumont? – perguntei, surpresa.
- Sim. – ele confirmou.
- Você e Samuel? – Katrina estreitou os olhos. – Como assim?
- Nos encontramos no hospital na semana passada.
- O que Sam foi fazer no hospital? – fiquei curiosa.
- Ele foi levar uma garota que queimou a mão... Como é nome dela... – ele tentou lembrar.
- Mel? – arrisquei.
- Isso... Mel. Atendi ela e lembrei de onde eu conhecia Samuel... Do casamento de você e Andrew e de uma vez que ele esteve no castelo de Noriah.
- E então decidiram ser melhores amigos? – Katrina perguntou ironicamente.
- Claro que não. Ele convidou a garota para sair. Ela disse que era comprometida e que não podia aceitar. Ele explicou que era só um passeio para nos divertirmos. E que eu inclusive iria junto. Então fiquei sem jeito de dizer não. E acabar de vez com as esperanças dele com relação à garota.
- E onde irão?
- Uma casa noturna... Do padrinho da garota.
- Boa noitada, Dom. E obrigada por tudo... Serei eternamente grata a você. Se precisar de qualquer coisa de mim, certamente terá.
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Acordo de Amor com um Chevalier (DEGUSTAÇÃO)
RomanceDesde criança, Andrew Chevalier sempre foi o amor de Alexia D'auvergne Bretonne. Conforme cresceram, eles não se viram mais. Ainda assim ela sonhava com o piloto de corrida que arrebatou seu coração e casou-se com ela lhe dando um anel de mentira ao...