9. Gael Richardson

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Eu ri:

- Quer mesmo que eu acredite em você, Andrew? Você beija sua prima que mora na mesma casa que você. Com tantas mulheres à sua disposição, por qual motivo quer se envolver justo com suas primas? Alguma espécie de fetiche?

- Eu só fui sincero com você. E agora entendo o que sua mãe quis dizer quando falou da minha "vida agitada". Nem tudo é verdade. Garotas tiram foto comigo e postam em todos os lugares... Não quer dizer que namoro com elas.

- Devia arranjar uma namorada séria.

- Meus pais sempre dizem isso. Quer ser minha namorada séria, Ale?

Eu dei um tapa nele, com força e ele começou a rir.

- Não brinque comigo, seu idiota.

- Nem pensar. Tenho medo de Satini D'Auvergne Bretonne.

- Tenha medo de mim, Andrew Chevalier. Sou filha de Satini e Estevan. Eles destronaram um rei.

- Olho para você e seu belo par de olhos verdes e confesso que gostaria muito de vê-la me fazendo mal... Muito mal... Na minha cama.

- Seu idiota. – levantei.

Achei que a conversa era séria, mas percebi que Andrew só estava brincando comigo.

Fui até Pauline e Henry, me sentando na banqueta, de frente para o bar. Eles estavam à minha frente.

- Já acabaram? – Pauline perguntou.

- Vocês ainda não? Tempo esgotado, queridos. – ironizei.

- Bebe algo, prima? – perguntou Henry.

Andrew sentou ao meu lado.

- Eu não bebo.

- Não é que ela não bebe... Ela não costuma beber. – disse Pauline. – Digamos que ela pode ficar um pouco fora de si.

- Ei, acho que devemos embebedar Ale. – sugeriu Andrew.

- Embebede Laura. – olhei-o com o canto dos olhos.

- Por que Laura? – Henry perguntou curioso.

- Ela acha que tenho algo com nossa prima. – Andrew justificou.

Henry riu:

- Não tenha ciúme, fedelha. Andy só tem olhos para você... Desde os dezesseis anos de idade.

- Jura? – perguntou Pauline. – Ele também não esqueceu aquela brincadeira de criança?

- Não. – disse Henry. – Ouvi o nome da fedelha por oito longos anos.

- Sério? Eu também. – Pauline disse impressionada.

- Será que seremos todos parentes em dose dupla algum dia? – Andrew debochou. – Henry, não é legal entregar meus sentimentos assim, de forma tão direta e insensível. – argumentou.

- Quanto tempo vocês ficam em Alpemburg? – perguntou Pauline.

Eu não ouvi a resposta deles. Porque minha mente só ecoava o seguinte: "Andrew possivelmente gosta de mim".

Tentei me atentar ao que estavam falando novamente.

- Quanto tempo? – questionei novamente.

- Em que mundo você está, fedelha? – Andrew perguntou gentilmente, ajeitando uma mecha dos meus cabelos atrás da minha orelha.

"No seu, Andrew".

- Não ouvi direito. – respondi.

- Talvez uma semana. Creio que não mais que isso. – disse Henry.

Acordo de Amor com um Chevalier (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora