Capítulo 02

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“Senhor, eu tenho sido justo, tentando ser bom.

Quando a tentação bateu, fiz o melhor que pude.”

(Alex Runo – Diabo)

                         ♫ ♩ ♪ ♬

Por uma semana seguida, Harry tenta encontrar o pub novamente. Ele vagueia pela área ao redor do Ministério, anda por becos sombrios e por ruas iluminadas, mas o pub, como uma criatura indescritível, se esconde dele.

Ele tem uma vaga ideia de que talvez seja mágico, aberto apenas uma noite por semana, movendo-se de um lugar para outro e pergunta aos colegas se eles ouviram falar de tal coisa, mas é claro que não, não desde a grande guerra, quando bares de jazz secretos eram mantidos abertos de maneira tão ardilosa.

E ainda assim, como se guiasse minha magia, exatamente uma semana depois, Harry encontra o lugar.

Ele está seguindo um cara sem pensar, seus olhos grudados na calça cinzenta coberta de bunda esguia, quando o cheiro chega ao seu nariz. É a mesma mistura de cigarro e fumaça, cerveja e couro, que ele achou tão atraente da primeira vez. Ele levanta a cabeça e lá está, seu pequeno mistério obscuro, materializado novamente.

Chama-se Armadilha do Diabo.

Seu logotipo brilha acima da porta, um círculo preto com um pentagrama vermelho e o nome escrito em letras brancas em negrito.

Harry olha ao redor, tentando encontrar pontos de referência e nomes de ruas para ajudá-lo a voltar, descobre um ponto escuro que também é perfeito para aparatação. Da próxima vez será fácil encontrar o lugar.

Ele passa pela porta, então desce os cinco degraus. O local está um pouco mais cheio esta semana, mas fora isso, nada mudou.

O barman loiro está conversando com um cara, e se ele ainda tinha alguma dúvida se encontrou o lugar certo ou não, o som de crianças rindo é uma garantia assustadora.

Ele caminha até o bar, e a mulher sorri para sua amiga aquele sorriso torto e presunçoso que ele notou muitas vezes enfeitar seu rosto mesmo da última vez, então se aproxima de Harry. "O que posso te dar, querida?" Ela pergunta, enquanto limpa um copo de uísque com uma toalha.

"Uma cerveja, por favor," Harry diz e coloca algumas libras no balcão. "A banda vai tocar hoje à noite?" Ele pergunta uma vez que ele tem a cerveja.

“Eles estão prestes a começar,” ela acena para o palco, onde os membros estão, de fato, montando o equipamento. “A menos que o vocalista esteja muito ocupado bebendo,” ela acrescenta então, um pouco mais alto.

A princípio, Harry não entende, mas a dois assentos de distância, sua amiga fala.

“Se você parasse de diluir minhas bebidas, eu não precisaria pedir tantas.” Ele zomba, e um arrepio percorre as costas de Harry.

Ele parece assim, e ele tem que forçar sua mente a se lembrar do homem que ele viu uma semana atrás. Eles podem até ser iguais, mas ele não consegue mais se lembrar daquele rosto comum. A voz, porém... a voz é a mesma.

"Ei," Harry sorri para o estranho. “Eu ouvi você na semana passada. Você está –“ Ele não consegue terminar. O homem se levanta, pega sua bebida e vai embora sem olhar para Harry. "Ok, tchau..." Harry bufa atrás dele levemente magoado.

“Não leve para o lado pessoal, querida. Ele não é um tagarela, aquele cara. A garçonete sorri, então estende a mão sobre o balcão. “Layla, prazer em conhecê-la.”

 𝑺𝒏𝒊𝒕𝒄𝒉𝒆𝒔 𝒂𝒏𝒅 𝑺𝒐𝒏𝒈𝒔 [Tradução]Onde histórias criam vida. Descubra agora