Meu Melhor Amigo - Kim Taehyung

Declaration

⚠️ Alerta boiolisse e clichê ⚠️

Depois de voltarmos a casa da vovó, descemos do carro e descarregamos as compras, levando pra cozinha.
Taehyung havia relaxado um pouco durante a volta pra casa, mas ainda parecia um tanto pensativo. Ele nunca foi fã do Jamie, então essas situações tem sempre um nível de gravidade mais alta, uma tensão maior depois do lance da traição.

E também tem o fato de que preciso conversar com ele. Céus, eu não sei como dizer. Muito menos como começar. Isso é sufocante, sinto meu coração disparar só de pensar. Mas penso quando vovô era vivo e de quando ele me disse que esconder sentimentos só os fazem crescer mais.

Olhando pra minha avó, vejo o quanto era real. Ela sempre contava as histórias de quando eram jovens e de quantas vezes rejeitou meu avô. O rejeitava, mas no fundo, ela estava passando a amar ele, mas ainda sim o rejeitava pois os pais de vovó não eram os maiores fãs de um possível relacionamento entre eles. Mas, felizmente, o amor entre eles venceu e acompanha a vovó até o seu último suspiro, como ela diz.

T: - Ih, se apaixonou pelo pacote de arroz?

A voz do Taehyung me tirou do transe e o encaro.

- Que?

T: - Você tá sorrindo toda boba encarando o arroz.

- Para de ser besta.

Acabo rindo e volto a guardar as coisas.

- Eu estava pensando só..

T: - Estranho.

- O que?

T: - Você pensar. É raro.

Ele ri se sentando e apoiando na mesa.

T: - É brincadeira. Pode continuar.

- Obrigado.

Digo num modo sarcástico e dou um leve sorriso.

- Uma vez meu avô me disse uma coisa e, agora que eu me lembrei, fiquei pensando sobre.

T: - O que ele disse?

Fiquei pensando se eu falava pra ele. No fim, apenas dei um leve sorriso o olhando.

- Um dia eu te conto.

É claro que isso ia despertar uma curiosidade gigantesca nele porque ele é assim. Mas, na real, essa era a graça.

T: - Você tá doida? Me conta, (S/N). Pelo amor de Deus, eu sou ansioso.

- Você é curioso, é diferente, Taehyung.

Acabo rindo mais uma vez e, depois de terminar de guardar as coisas, me apoio na mesa, vendo a cara de desânimo dele.

- Quer andar um pouco? Ainda não escureceu, o lago deve estar bonito.

T: - Não quero. Você é ruim.

- Para de graça, vem, vamos.

Sorrio colocando meu celular no bolso e vou até a porta. O encaro a dou de ombros.

- Não vai saber o que tenho pra te contar então.

Me viro novamente e não seguro o sorriso ao ouvir os passos do maior logo atrás.

Dito e feito, o lago estava lindo. A luz do sol refletia na água, o clima estava completamente agradável. O pôr do sol alaranjado fazia tudo parecer até uma cena de filme romântico. Que droga.