Vem Morar Comigo?

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Quantas coisas podem mudar em trinta anos? E quanto aos sentimentos, eles podem verdadeiramente mudar? Uma pergunta particularmente difícil de responder, eu diria.

Para Meredith e Addison, nesse tempo tudo mudou seja para a melhor ou para a pior, exceto uma coisa, o amor. O amor que sentiam uma pela outra nem o tempo nem a distância foi capaz de mudar. Esse seguia cada vez mais forte mesmo que por um tempo elas não pudessem perceber ou entender.

Uma grande história de amor não se apaga, não se muda, não se destrói. Elas podem até terem sido separadas por um tempo, mas o destino deu o seu jeitinho de junta-las novamente. Afinal, almas gêmeas estarão sempre destinadas a se encontrarem, mesmo que nem todas tenham a chance de permanecerem juntas.

Abraçadas na beira do porto elas admiravam a luz da lua que se refletia nas ondas do mar.

— Tudo parece um sonho - Meredith fala fazendo a ruiva olhar pra ela com um sorriso de canto

— Sabe porque isso é melhor que um sonho? - questiona e a loira nega com a cabeça - Por que é real meu amor, é muito real

Como dizia Paulo Coelho, as mais belas frases de amor são ditas no silêncio de um olhar. Elas nem precisavam dizer muita coisa, sabiam que se amavam e era isso que importava. O resto elas descobririam depois, já tinham perdido tempo demais.

                                                ***

— O que tá acontecendo aqui? - Maya sai de sua sala ao notar um pequeno alvoroço na estação mas sua expressão séria dá lugar a expressão de medo misturada com surpresa - Sem movimentos bruscos, não se aproximem dela, eu vou ligar pro controle de animais selvagens - fala enquanto olha a onça que caminhava perto dos caminhões - Gibson fecha a porta, vamos mantê-la presa aí até eles chegarem - dá as instruções a Jack que estava ao seu lado - Central, é a capitã Bishop, estação 19 - fala ao telefone voltando para sua sala - Preciso que mandem uma equipe especializada para retirarem a onça que circula entre os meus caminhões... Sim, sim... Tudo bem eu espero, obrigada - Desliga e se vira ao notar uma presença entrar em sua sala

— Atrapalho? - Carina pergunta fechando a porta atrás de si e ficando de frente para a namorada

— Nunca - sorri e a beija - Tava com saudades, não nos vimos esses dias direito, aqui tá tudo tão corrido ultimamente

— Também tava com saudades, tava pensando em irmos almoçar juntas... - é interrompida pelo seu pager que apitava descontroladamente dentro de sua bolsa - Droga, vamos ter que deixar o almoço pra amanhã, preciso voltar pro hospital

— Mas já, você acabou de chegar - a capitã fala fazendo um beicinho fofo, quem tava acostumado a vê-la sempre de cara fechada não imaginava que ela perdia toda a postura ao lado de Carina

— Nos vemos mais tarde - deixa um beijo em seus lábios - Eu te amo, se cuida

— Você também, te amo!

A caminho do hospital, Carina lamentava um pouco o fato de não ter conseguido passar tanto tempo ao lado da namorada nos últimos dias como gostaria. Ela seguia o caminho tranquila, dirigindo sem pressa já que o hospital e a estação ficavam perto um do outro quando se lembrou que mesmo elas não morando juntas ainda, Maya havia lhe dado a chave de seu apartamento à alguns dias atrás e teve uma ideia brilhante.

Depois que o animal foi finalmente retirado da estação as coisa se acalmaram por lá e seguiram assim até o fim do dia. Não tiveram nenhum grande chamado, apenas algumas solicitações do Crises One e coisas simples como gatinhos em árvores.

No fim da tarde a capitã tomou seu banho, arrumou suas coisas e seguiu para casa.

— Carina? - Maya fica surpresa ao abrir a porta de seu apartamento e vê-lo todo arrumado com um caminho de pétalas de rosas que iam até o quarto e um jantar a luz de velas posto a mesa - Acho que entrei no apartamento errado - fala deixando sua mochila em cima do sofá e admirando o lugar

Por Nossas Filhas | Marina e MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora