Capítulo 4

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Voltei!
 
Divirtam-se!!!
 
 
A luz do sol invadiu o quarto de Lena a fazendo despertar, mesmo assim, continuou de olhos fechados. Tinha tido uma noite agradável de sono e estava numa posição confortável. Além disso, um cheiro cítrico que a agrava muito, entrava por suas narinas a fazendo querer sentir mais daquele cheiro.
 
Se ajeitando um pouco mais, apertou contra si o travesseiro ao qual estava abraçada. Ao apertar, percebeu que não se tratava de um travesseiro.
 
Abrindo os olhos rapidamente, Lena sentiu que seu coração iria sair pela boca. Seu corpo estava colado ao de Kara que estava de costas para ela. Conseguia sentir a pele quente embaixo de seu braço e sua mão rodeando a cintura da loira. Levantando um pouco a cabeça para verificar se ela ainda estava dormindo, começou a se afastar lentamente para não acordá-la e não tornar tudo mais constrangedor.
 
Se sentando da cama se encostando na cabeceira, sem querer os seus olhos voltaram para Kara e percorreram seu corpo que estava descoberto. Não gostando do que estava fazendo, olhou para frente procurando o ar que faltava em seus pulmões.
 
Desde que conheceu a loira, sentia que estava em constante perigo, era como se fosse uma presa tentando fugir de quem a caçava, mas todos os caminhos a levavam para o caçador, ou melhor, caçadora. Se sentia pequena, indefesa e assustada todas as vezes que aqueles olhos azuis a encaravam. O pior é que nem podia dizer que não gostava, só que não tinha ideia de como agir.
 
Ainda que continuasse com a mesma primeira impressão sobre Kara, não a conhecia direito. Além de seu nome, profissão e uma irmã, não sabia mais nada dela. Por isso ficava tão incomodada como se sentia na sua presença. E agora ficava muito mais por relembrar a todo tempo dela nua, por sentir sua boca formigar desde o dia anterior pelo beijo simples que a deu e por saber como era a sensação do corpo dela junto ao seu.
 
— Eu tô ferrada — choramingou para si mesma.
 
Conseguia sentir nas suas entranhas que estava em correndo um sério perigo. Sentiu isso assim que ligou para aquela acompanhante, até então, desconhecida e a escutou rindo de sua cara. Sentiu isso quando a viu na cafeteria. E sentia isso agora quando seus olhos se voltavam mais uma vez para Kara.
 
Não sabia como aguentaria os próximos dias dormindo e acordando com a perdição em pessoa ao seu lado.
 
Balançando a cabeça para se livrar daqueles pensamentos — o que estava sendo extremamente difícil — se levantou para se trocar e ir tomar seu café da manhã.
 
Quando saiu do quarto, Kara ainda estava dormindo. Não quis acordá-la, pois queria evitar de ficar nervosa na sua frente a vendo só de lingerie. Também não queria a ouvir rindo de seu nervosismo, muito menos queria ela se aproximando de si e a dizendo para relaxar. A última coisa que conseguia fazer desde que a conheceu era relaxar na sua frente.
 
Assim que fechou a porta com bastante cuidado, se virou para ir em direção as escadas, mas se assustou ao ver sua ex.
 
— Jesus! — levou a mão ao peito.
 
— Jesus, não. Helena — sorriu observando a morena.
 
— O que faz aqui?
 
— Depois do jantar, Eve e Lex insistiram pra eu ficar, então eu fiquei.
 
— Filhos da puta! — disse para si mesma. — Espero que tenha tido uma boa noite de sono.
 
Passando por Helena para se afastar, a sentiu segurar seu braço. Primeiro olhou para sua mão e depois para seu rosto esperando que ela dissesse alguma coisa, mas ela não disse nada.
 
Estando tão perto da pessoa que a havia magoada tanto, acabou se lembrando mais uma vez do que Sam tinha dito sobre ela amar as memórias que teve com Helena e não Helena.
 
— Nós deveríamos conversar.
 
— Eu não tenho nada pra falar com você — teve coragem de dizer.
 
— É importante.
 
— Não — soltou seu braço se afastando.
 
— Lena! — Sam apareceu a abraçando de lado. — Que bom que já acordou. Tá olhando pra minha amiga porque? — perguntou à Helena.
 
— Só estava dando bom dia.
 
— Não tem como ser um bom dia com você por perto — começou a se afastar levando Lena junto. — Passar bem, Helena.
 
As amigas andaram até as escadas sem dizer nada. Mas Lena sabia que Samantha iria querer entender o que havia acontecido.
 
— Essa mulher parece um encosto. Não sei como seu pai a deixou ficar aqui. Sendo sincera, não sei como você se apaixonou por ela.
 
— Meu pai a deixou ficar? — se surpreendeu com aquela informação.
 
— Sim. Lex a convidou, Eve insistiu, sua mãe disse não, mas seu pai disse sim. Isso aconteceu depois que você e Kara foram para o quarto — explicou dando uma olhada em volta para ver se ninguém as ouvia.
 
— Eu vi a Kara nua e ela dorme só de lingerie. Acordei abraçada a ela e não consigo tirar a imagem dela nua da minha cabeça.
 
Samantha parou no meio da escada e olhou para a amiga que parecia estar aérea. Por ela ter visto Helena logo aquela hora da manhã e descobrir que seu pai havia deixado ela ficar ali, pensou que a amiga ficaria brava ou coisa assim. Entretanto, a última coisa que havia em Lena era algum vestígio de que ficou mexida por ter visto a ex. O que considerou estranho e excelente ao mesmo tempo.
 
— Como é que é?!
 
— É o que você ouviu. E eu a beijei — olhou para Sam. — Vi Helena conversando com ela e a beijei.
 
— Pra fazer ciúmes a Helena?
 
Mordendo o lábio inferior, foi a vez de Lena dar uma olhada em volta.
 
— Eu não gostei de ver ela perto da Kara — respondeu apreensiva. — Depois que fiz isso, me senti mal e fingi que nada aconteceu. E-eu não quero me aproveitar da Kara, mas senti que fiz isso ao beijá-la do nada.
 
— Mas porque então você ficou ontem o jantar todo olhando pra Helena? — entrelaçou seus braços e continuou descendo a escada.
 
— Porque lembrei do que você me disse sobre amar minha memórias e não ela. Depois que desci do palco porque me assustei ao vê-la, passei a pensar nisso.
 
— E...?
 
— E... não sei — deu ombros. — Estou confusa. Só queria entender o que está acontecendo comigo.
 
— Ou talvez não tenha nada para entender. Como eu te disse ontem no aeroporto, eu ainda acho que deve se divertir com a Kara.
 
— Como eu vou me divertir com ela se só penso no corpo dela?
 
Não se contendo, Sam começou a rir. Era engraçado ver o jeito que Lena ficava por causa de Kara, mas Samantha a entendia. Não dava para culpá-la por se sentir atraída por alguém e não saber como agir. Isso era algo que poderia acontecer com qualquer pessoa e a morena não estava acima disso.
 
Sem contar que, Lena nunca foi focada em relações amorosas, fazia muito sucesso entre as garotas e os garotos, mas não dava a mínima, apenas focava nos estudos. Antes de se envolver com Helena, só tinha ido há uns dois encontros que não renderam em nada. Ambos os encontros foram duplos, então ela só foi para não deixar Andrea na mão. Com 21 anos conheceu Helena e então se apaixonou a primeira vez.
 
Mesmo quando sua amiga estava apaixonada, Sam nunca a viu ficar tão desconcertada. Kara também não ajudava em nada, ela mesma já tinha confessado que falava algumas coisas só por causa da maneira que Lena ficava. E, sendo bem sincera, Arias achava engraçado e adorável a interação da duas, pois a loira — ainda que não a conhecesse bem — parecia se importar com Lena, seus olhos brilhavam ao olhar para sua amiga.
 
Existia algo entre Kara e Lena que dava liga. Havia conexão. E Sam gostaria que sua amiga aproveitasse isso.
 
— Me desculpa por rir — pediu quando Lena a olhou brava. — É que é engraçado do jeito que você fica por causa dela.
 
— Isso não significa que tem algo errado comigo? Jamais fiquei assim na frente de ninguém.
 
— Não tem nada de errado com você. E sempre tem a primeira vez pra alguma coisa — parou de falar quando passaram por um empregado enquanto se dirigiam para a sala de jantar. — Uma hora chega na vida da gente alguém que faz exatamente o que ela tá fazendo com você. Agora depende de você querer saber onde isso vai dar e aprender a relaxar, ou ficar se remoendo por sua ex.
 
— O que eu faço exatamente?
 
— Conheça ela. Seja legal. E respira na presença dela. O resto vem com os dias.
 
Entrando na sala de jantar para tomarem café da manhã, Lena foi até a ponta da mesa para cumprimentar o pai e depois fez o mesmo com a mãe — que estava ao lado esquerdo de Lionel. A morena se sentou do lado direito do pai, e Sam uma cadeira depois dela.
 
Minutos depois, Lex apareceu com Eve e Helena, eles ficaram do lado esquerdo da mesa — respectivamente. Andrea também apareceu nos minutos seguinte ficando ao lado de Sam.
 
Começando a comer, enquanto todos conversavam, Lena ficou pensando sobre a conversa com Samantha. Não seria ruim tentar se aproximar de Kara, afinal, tinham que fingir que namoravam. O único problema é que não queria continuar agindo como vinha agindo na sua frente, gostaria de conseguir falar com ela e encará-la sem ficar nervosa demais, mas isso parecia quase impossível.
 
— Bom dia! — Kara desejou entrando na enorme sala. — Me desculpem o atraso.
 
— Sem problemas, Kara — Lilian disse sorrindo para ela. — Dormiu bem?
 
— Sim, Lilian. Dormi maravilhosamente bem — se sentou ao lado de Lena. — Não tem como dormir mal estando abraçada com quem a gente gosta — piscou para Lena.
 
As palavras de Kara fizeram Lena engasgar com o suco que estava começando a beber.
 
— Está tudo bem, querida? — Lilian perguntou preocupada a vendo tossir. Como resposta, teve um sinal de positivo com o polegar.
 
— Tudo bem, docinho? — Kara começou a dar tapinhas nas suas costas. — Não quis fazer isso com você — disse apenas para ela ouvir. — Me desculpa.
 
— Toma um pouco de água — Lionel entregou um copo para a filha.
 
Bebendo a água devagar, sentiu seus olhos lacrimejarem, mas a tosse havia ido embora.
 
— Como se sente? — Kara perguntou passando as mãos em seu rosto para limpar algumas lágrimas que rolaram.
 
— Bem. Estou bem.
 
— Você tem que ir mais devagar com a minha irmãzinha, Kara — Lex disse em um tom brincalhão. — Eu a quero no meu casamento.
 
— Cuidarei dela para que ela esteja lá, Lex — deu um sorriso forçado.
 
— Então, Kara — Helena entrou na conversa —, como conheceu a minha ex? — reforçou as duas últimas palavras.
 
Por estar muito próxima de Lena, Kara sentiu a sua perna direita começar a tremer. Antes de responder Helena — uma pessoa que ela achava bem sonsa, mesmo tendo trocado pouquíssimas palavras com ela — colocou a mão na perna de Lena para ela parar.
 
— A minha namorada — devolveu em mesmo tom —, eu conheci numa cafeteria.
 
— Conta mais como foi — Eve a incentivou batendo três palminhas.
 
Sorrindo sem graça, Kara olhou para todos percebendo que — tirando Sam e Lena — eles queriam detalhes daquela história que nem se quer existia. Porém, os daria a história que eles queriam ouvir.
 
— Tem uma cafeteria em National City que eu costumo frequentar — sua voz transparecia naturalidade. — Uma bela tarde, posso dizer a mais bela tarde da minha vida, passei pela cafeteria e a vi sentada sozinha em uma mesa. Me lembro que ela estava de vermelho — olhou Lena a tempo de vê-la sorrir. — Então entrei na cafeteria, me aproximei, conversamos e hoje estamos aqui. Não é, docinho?
 
— É sim — assentiu com a cabeça.
 
— Foi amor a primeira vista? — Andrea quis saber.
 
— Como não se apaixonar a primeira vista por uma mulher dessa? Olha pra ela — apontou para Lena que estava envergonhada —, ela toda linda. É um doce de pessoa e é... faltam palavras pra descrever Lena Luthor.
 
Todos se calaram depois do Kara disse. Até Sam que sabia toda a verdade chegou a acreditar na história dela. Não dava para dizer que ela não estava apaixonada sendo que olhava para Lena com paixão.
 
— Isso é tão lindo — Eve quebrou o silêncio com um choro estridente. — Vocês combinam tanto.
 
— Finalmente eu concordo com algo que a Eve disse — Andrea se inclinou um pouco para frente para conseguir ver a prima. — Me passa o endereço dessa cafeteria. Quando eu estiver em National City, eu vou ver se uma Kara aparece pra mim.
 
Rindo com o comentário de Andrea, voltaram a comer. Kara se serviu com um pouco de cada coisa, mas ficou maravilhada pelas rosquinhas cobertas de chocolates. Colocando mais uma no prato, viu Lex pegar a última e logo Lena reclamou.
 
— Lex, você sabe que são as minhas favoritas.
 
— Você não pegou antes por não quis — deu uma mordida na rosquinha.
 
— Você sabe que eu como a rosquinha por último — respondeu entre os dentes. — Porque você tem essa mania de sempre querer o que eu quero? Querer o que é meu?
 
— Parem de brigar os dois — Lilian ordenou. — Eu deveria mandar você ir a pé na padaria só pra buscar as rosquinhas pra sua irmã.
 
Discretamente, Kara colocou sua rosquinha no prato de Lena.
 
— Você não quer? — fitou a loira arqueado as sobrancelhas.
 
— Eu já comi. Aproveita.
 
— Obrigada — sorriu agradecida.
 
Lilian viu o que Kara fez e os cantos de sua boca se curvaram em satisfação. Gostava de ver a loira ao lado da filha e queria saber mais coisas sobre ela. Aproveitaria os próximos dias para isso.
 
— Você pratica algum esporte, Kara? — perguntou aleatoriamente só para puxar conversa.
 
— Eu jogava basquete na escola e entrei na faculdade com bolsa — respondeu à Lilian.
 
Franzindo o cenho, Lena se perguntou se aquilo era verdade ou mentira. De tudo o que ouviu de Kara nos últimos minutos, desejava que tudo fosse verdade e nem mesmo entendia o porque.
 
— É sério? — viu Kara assentir. — E porque não se tornou profissional.
 
— Sofri uma lesão no segundo período — apertou os lábios. — Não pude mais voltar a jogar com o time. Ainda jogo algumas vezes numa quadra qualquer, mas já não tenho o mesmo ritmo de antes.
 
— Isso é uma pena, Kara — Lex lamentou falsamente. — Topa uma partida daqui a pouco?
 
— Eu topo uma partida — Helena entrou na conversa. — Eu e Lex, contra você e...
 
— Eu jogo — Andrea disse com um sorriso maldoso. — Vou adorar ganhar de vocês. Se prepare perder, seu careca.
 
— Porque não apostam alguma coisa? — Lionel colocou lenha na fogueira. — A dupla que ganhar... eu pago um jantar com acompanhante no restaurante que quiserem, sem limite de gastos.
 
Os ânimos ficaram agitados com aquela proposta. Os que quiseram se envolver na partida pareciam querer um jantar chique com alguém.
 
— O que você acha? — perguntou à Lena. — Aceito a proposta ou não?
 
— Tem que pedir permissão pra namoradinha? — Lex provocou.
 
Revirando os olhos, pois também achava Lex um grande de um sonso, continuou esperando a resposta de Lena.
 
— Aceita e ganha — Lena respondeu olhando diretamente para Kara. — Vou adorar ir jantar com você.
 
— Ouviram a minha namorada — Kara se virou para Lex e Helena. — Vai ser uma honra ganhar de vocês.
 
A mansão dos Luthors era muito maior do que Kara imaginava. No vasto quintal ao redor da casa, havia muitas coisas para diversão própria, inclusive uma quadra de basquete. 
 
Kara se sentia nervosa, fazia tempo que não jogava basquete e queria ter o prazer de ganhar dos dois sonsos do outro time. Além disso, se sentia mais tentada ainda a ganhar para ter um jantar com Lena. Tinha plena consciência que ela a incentivou a entrar na aposta para fazer ciúmes para Helena, mas alguma coisa dentro de si dizia que tinha que ganhar.
 
O jogo seria disputado apenas em um lado da quadra. Sam havia ficado responsável por marcar os pontos e tinha ameaçado Andrea para que ela ajudasse Kara a ganhar.
 
De um lado da quadra, Kara estava se alongando e Lena a observava com bastante atenção.
 
— Se continuar a secando desse jeito, ela vai acabar indo parar no hospital por desidratação — Sam tirou Lena do transe em que se encontrava.
 
— Certas imagens estão passando pela minha cabeça.
 
— Se continuar assim, vai se apegar a ela — brincou dando um empurrãozinho de leve na amiga. — Quer se apegar?
 
— Não sei — deu ombros. — Só sei que gosto do que estou vendo.
 
— Pois deveria pegar e se apegar. Desencana, Lena. Faz o que venho te dizendo.
 
— Você se apagaria?
 
— Eu já teria feito loucuras naquele jatinho.
 
As duas riram.
 
A partida começou com um embate feio entre Kara e Helena, a todo o momento faziam falta uma na outra. Lilian apenas balançava a cabeça com o que via e Lionel parecia estar se divertindo. Nas laterais da quadra, Lena e Sam gritavam incentivando Kara e Andrea. Apenas Eve gritava por Lex e Helena.
 
O jogo acabaria quando a primeira dupla atingisse os trinta pontos. Kara já tinha marcado dez sozinha e mais uma cesta de três pontos. Lex e Helena estavam com oito pontos, cada um fez quatro.
 
Se já queria ganhar antes, quando Helena a deu uma cotovelada na costela a fazendo cair, Kara foi cobrar sua falta querendo vingança. As três chances que teve de reverter a falta fez a dupla Kara e Andrea chegarem próximo dos vinte pontos.
 
Em um determinado momento — depois de mais embates entre Kara e Helena — o placar estava 27 a 22. Com seu joelho já doendo por causa da velha lesão, a loira não pensava em desistir, queria muito ver as caras de derrotados de Lex e Helena.
 
Só estava há um dia naquela casa, mas percebia que o cabeça de rolon — como estava chamando Lex mentalmente — sempre queria chamar mais a atenção do que a irmã e queria se mostrar melhor que ela. Não iria dar o gostinho da vitória para ele.
 
Andrea passou a bola para Kara, ela estava na linha dos três pontos. Helena vinha se aproximando e Lex tentava impedir Andrea de chegar perto da cesta. Como estava sentindo dor, ao avaliar a situação, poderia não conseguir passar pela morena que parecia querer agredi-la, provavelmente sofreria uma falta. Quicando a bola três vezes no chão, Kara se posicionou e arremessou a bola.
 
Mais três pontos.
 
— Perdedores! — Andrea gritou para Lex e Helena quando viu a bola entrar. — Chupa, careca. Quem são os melhores, ein? Como se sente sabendo que perdeu pra maravilhosa atual da minha prima, Helena? Como se sente?
 
Depois de um high-five com Andrea — que continuava a zoar Lex e Helena — Kara começou a se aproximar de onde Lena estava, mas a morena foi em direção a ela e pulou em seu colo a abraçando. A segurando, a loira tentou não demonstrar que sentia dor.
 
— Você ganhou! — Lena segurou o seu rosto a olhando nos olhos. — Faz ideia do quanto fico feliz em saber que alguém ganhou do meu irmão?
 
— Que bom que te deixei feliz — sorriu pela animação que via no rosto da morena.
 
— Você foi perfeita. Acho que nunca torci tanto pra alguém ganhar alguma coisa — a deu um selinho e depois a abraçou de novo. — Você foi demais.
 
Com o coração acelerado, Kara a apertou em seus braços fechando os olhos. Por uma fração de segundos, pensou que Lena estava fazendo aquilo só para fazer ciúmes para a ex. Mal sabia ela que a morena estava a abraçando com a mesma intensidade.

 
 
:)

Muito Bem Acompanhada Onde histórias criam vida. Descubra agora