Capítulo 5

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Assim que ela abre os olhos, percebe que ele estava fitando ela e fala estalando os dedos: ei! Ô! Fala! -ela se senta.

Fogaça olha pra ela: é, desculpa. -ele se senta ao lado dela- vim saber como você está, como estão as coisas...

Paola olha pra ele e se afasta um pouco e diz: tudo, tudo bien.

Fogaça conhece a forma dela olhar e quando algo a está incomodando: eu sei que não tá bem Pao, seus olhos passam isso pra mim.

Paola respira fundo: eu sei que você conhece... -ela sorri fraco.

Fogaça chega perto dela e segura em sua mão: então, me deixa te ajudar, por favor, eu não aguento ver você assim perdida, fico com o coração partido.

Paola percebe o toque dele em sua mão, sente seu corpo esquentar e fecha os olhos.

Fogaça continua segurando a mão da chef, faz um carinho no rosto dela por pensar que ela queria chorar.

Paola abre os olhos e sorri sentindo o carinho dele.

Fogaça sussurra: sinto falta da gente, desse teu sorriso apaixonado e esse olhinhos me encarando.

Aos poucos Fogaça aproxima o rosto sentindo a respiração dela ao mesmo tempo em que leva sua mão à nuca da chef. Ele sabia que no fundo, Paola também sentia falta dele. Percebendo a permissão da chef, ele gruda seus lábios no dela, dando dois selinhos calmos e delicados. Paola que já estava entregue aquele momento, alisa o braço de Fogaça e dá abertura para que aquele beijo se intensifique. Fogaça ao perceber, não perde tempo e começa a beija-la. Era um beijo de parar o tempo e anular qualquer outra coisa ao redor. Calmo, suave, molhado e com gosto de saudade. Para ele estava mais que confirmado que o sentimento em ambos, ainda estava vivíssimo.

Mas nesse momento alguém bate na porta e entra logo: Paola, eu trouxe... -

Eles se assustam e rapidamente param o beijo, Fogaça tenta disfarçar: passou Paola? Deixa eu ver de novo -ele tenta abrir o olho dela e assopra- melhorou?

Paola sorrir e diz: sí, bem melhor, obrigado.

Ana Paula quem havia entrado de surpresa, estava com alguns papéis em mãos, sorrir disfarçadamente.

Fogaça se levanta e ajeita sua roupa: então, vou nessa, qualquer coisa é só me falar que te ajudo. -ele caminha até a saída do camarim de Paola.

Ana olha pra ele: Fogaça! -e o segura pelo braço- não é por nada, mas acho que seu batom ta borrado. -ela faz sinal de círculo ao redor da boca.

Fogaça se assusta e ao olhar pelo espelho, vê que ao redor da sua boca está manchado de batom vermelho, exatamente o qual Paola estava usando, irritado ele diz: porra! Paola, como que tira isso aqui?

As meninas riem enquanto Fogaça estava visivelmente irritado por ter sido pego.

Fogaça passa papel higiênico pra tentar amenizar, mas ele parecia espalhar cada vez mais: Paola, pô, me ajuda a tirar essa coisa da minha cara.

Paola rir, pega algodão e demaquilante, e caminha próximo a ele: deveria deixar você sair assim, pra aprender a não me seduzir.

Fogaça olha pra ela: eu te seduzi??? -cruza os braços.

Paola se segura pra não rir: pois é, seduziu sí -ela começa a limpar nas proximidades da boca dele e sussurra- se no chegasse tan pierto estaria com una boca muy limpia.

Fogaça olha nos olhos dela e sussurra: valeu a pena sujar a boca com o seu batom. -e a puxa pela cintura aproximando seus corpos- e não fala assim com esse sotaque carregado, você sabe que é o meu ponto fraco.

Paola sente a perna tremer e pensa: oh gatilho do carajo.

Ana que estava prestando atenção neles dois rir e diz: gente, desculpa, mas ainda tô aqui, tá?!

Paola segura o riso e diz: tamo terminando já -ela termina de limpar Fogaça- pode me soltar já, Fogaça.

Mas ele resiste e se aproveita do momento: tem certeza?

Paola olha pra ele e diz: absoluta ué, você não vai me comer na frente da Ana, vai?!

A fuga do sentimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora