A fuga do sentimento

Capítulo 46

Henrique agradece e dá meia volta. Ele dirige até um bar no área nobre da cidade e faz algumas tentativas de ligações para Paola que se tornam falhas. Nesse momento ele e questiona onde e com quem mais Paola deva estar.

Ao chegar no bar ele liga pra André, seu amigo de longas datas e que mora no bairro nobre.

LIGAÇÃO ON 📲

André: fala meu irmão.
Fogaça: e aí meu irmão, tá por onde?
André: tô em casa
Fogaça: desce aí, tô aqui no Felicity.
André: rapaz, o cara tá com dinheiro mesmo, tô descendo agora.

LIGAÇÃO OFF 📴

As horas passam, e sem perceber, Paola diz: amorzito, vamo?

Francesca boceja e diz: vamos mamá, já tô com soninho.

Paola pega seu celular e ver algumas ligações perdidas do Fogaça, além de perceber a hora, que já se aproximava da meia noite.

Elas descem até o estacionamento e Paola dirige o veículo com destino a sua casa.

Francesca diz: mamãe, foi muito boa a nossa noite, eu amei, a gente pode fazer isso mais vezes?

Paola sorrir apaixonada por ouvir o que sua filha acabara de dizer: claro mi amor, vamos marcar si, mas no próximo, vamos em outro, sí?!

Francesca balança a cabeça concordo e diz: e a gente pode chamar o Fogaça também!

Paola somente sorrir. O sinal fecha e ela pára o carro.

Nesse momento dois homens em uma moto bate no vidro do carro e um deles desce armado. No mesmo instante Paola entende que se tratava de um assalto a mão armada.

O assaltante apontando a arma diz: sai do carro agora, nem invente de gritar, senão eu meto bala! Eu só quero o carro.

Francesca assustada, não esboçava reação e não sabia o que fazer.

Paola nervosa, só pensava em tirar o cinto da filha e arrasta-lá com ela.

O assaltante por mais uma vez, de forma ríspida: saiam do carro agora! -apontando a arma- pegue suas coisas todas e essa menina aí, bora logo, adianta meu lado! Eu só quero o carro!

Paola consegue puxar apenas a sua bolsa, correr para o banco do carona e puxar sua filha. No mesmo instante o assaltante leva seu carro.

Paola muito nervosa e Francesca chorava de medo. A mãe tenta acalma-la, chora também e abraça sua filha: mi amor, precisamos sair daqui, vem, vamo.

A única coisa que tinha a vista de Paola era um posto de gasolina.

O frentista as vê e estranha: moça, tá tudo bem?

Paola chorando diz: no, no, acabamos de ser assaltadas, levaram meu carro... -ela põe a mão na cabeça e segura com força a mão de sua filha.

O frentista chama o colega que dá um suporte a elas. Paola começa a explicar como tudo aconteceu e o frentista diz: esses horários é muito perigoso passar por aqui moça, e ainda mais parar no sinal a essa hora.

Eles pegam um banquinho, oferecem um copo d'água a ela e a menina e questiona: não tem ninguém que possam vir buscar vocês?

Paola pensa logo em Fogaça, mas não estava muito bem com ele. Ela tenta pensar mais um pouco, mas não queria preocupar ninguém: é, tengo sí.

O frentista pergunta: eles fizeram algo com vocês?

Ela responde enquanto disca: no no, só quiseram o carro mesmo, mas tô sentindo muita dor na barriga.

O frentista responde: deve ter sido de nervoso moça.

Paola não vê outra saída e liga para Fogaça. O celular começa a chamar e ela diz a sua filha: Francesca, não sai de perto de mim.

LIGAÇÃO ON 📲

Fogaça: Paola? Tá onde?
Paola: Henrique, fomos assaltadas e levaram meu carro.
Fogaça: o que? Onde? Como assim? Você e a Fran estão bem? Vocês estão onde?
Paola: calma Henrique, estamos bem, só assustadas, estamos em um posto de gasolina, vou te mandar a localização pelo whatsapp.
Fogaça: mande, eu vou agora.

LIGAÇÃO OFF 📴

Paola envia a localização pelo whatsapp para Fogaça e os frentistas continuam fazendo companhia a elas duas.

Henrique se desculpa com seu amigo André e conta o que aconteceu: preciso ir buscar elas.

André preocupado diz: cuidado irmão, você bebeu.

Henrique deixa um dinheiro com André para que ele pague a conta e diz: irmão, você sabe que gosto de ser direito, mas isso é uma emergência, vou nessa.

Eles se despedem, e Henrique dirige até a localização, que em 15 minutos ele chega.

Os frentistas se assustam pela forma como um carro vem, mas era Fogaça que logo desce do carro: Paola!

Paola chora e tenta se levantar da cadeira mas sente muita dor na barriga. Fogaça se aproxima dizendo: meu amor, eles fizeram algo com você? Não levante da cadeira -ele beija a cabeça dela e de Fran- vocês estão bem?

Francesca abraça forte Fogaça e ele diz: vou proteger vocês, eu prometo.

Paola se levanta com dificuldade, Fogaça a ajuda a se levantar e ela diz: Francesca, fica aqui perto, mi amor, fica com a mamá.

Paola consegue ficar de pé, o frentista da um apoio a eles até o carro e ela diz: muito obrigada, aos dois e se cuidem. -em seguida Fran, Paola e Henrique, entram no carro.

Paola e Francesca começam a contar como tudo aconteceu. Fogaça fica apenas escutando e em sua mente, várias perguntas para fazer, mas prefere não indagar agora, pois sabia que não era o momento.

A chef se contorcendo relata: Henrique, minha barriga está doendo muito.

Henrique dirigindo diz: vamos direto a emergência e depois para delegacia registrar o b.o .

Logo eles chegam ao hospital, passam pela triagem e relatam o ocorrido. Paola logo é levada para sala, para investigar a causa de tanta dor.