Ascensão da Rainha.

Capítulo 36

Genevieve

Quando nós saímos da casa de Ana, eu encarei Renzo.

- Cadê Zeus?

- Frederico vai levá-lo ao aeroporto. Você da um trabalho da porra, e ainda tenho que lidar com minha irmã.

- Problema seu. Não vou entrar no avião sem ele.

- Vacilona, me trocando por um cachorro cego. Quero ver ele dar orgasmos.

- Renzo.

Eu fiquei morrendo de vergonha do seu motorista, mesmo ele estando de fone de ouvidos. Zeus estava nos esperando, assim que desci do carro eu o chamei. Ele procurou minha voz como se já me conhecesse.

- Oi Zeus, nós vamos pra casa agora.

- Cada uma viu. Frederico vai levá-lo, ele tem que ser transportado em uma caixa própria.

- Como sabe?

- Alguém precisava saber. E ainda diz que o cachorro é seu.

- Não disse não, eu disse que ele era nosso. Acredita que estou com saudades de nossa casa.

-  O Zeus vai dar uma tarefa pra Alfredo, além de nos assustar.

- Acho tão estranho ter um moderno. Na verdade acho Alfredo estranho.

- Ele era leal a minha mãe. Ele trabalhava pra família dela, ele nunca conseguia assustar ela.

- Você está me devendo umas aulas de defesa pessoal. Se você estiver sem tempo, eu posso contratar um professor, ou pedir a um de seus homens pra me ensinar.

Eu falei assim que o avião decolou.
Renzo começou a gargalhar. Eu já até esperava o deboche que viria.

- Vai brincando com fogo sua filha da puta, uma hora você se queima. Vamos começar a treinar segunda.

- Segunda é pra quem não quer começar.

- Não. Segunda é o dia que eu vou ter tempo, estou cheia de coisas pra resolver.

- E minhas aulas de tiro. Renzo eu só tive duas.

- E foi perfeita. Essa é mais fácil, amanhã posso tirar meia hora pra isso.

Eu peguei meu celular,  pra responder uma mensagem de Antônio. E fiquei surpresa de ter uma mensagem de Bella. E nem era pra mim.

Peça pra Renzo me atender.
Ou me ligue e passe pra ele.

- Renzo sua irmã quer falar com você.

- Ela vai sobreviver. Ela deveria cuidar dos filhos dela, pelo amor de Deus. Ela tem um tanto de filhos, e ainda arruma tempo pra dar trabalho.

Eu não me atrevi a responder.
Eu respondi Antônio, e dei uma olhada nos relatórios de gastos de orfanato, e do hospital. Mesmo tendo um pessoal próprio pra isso, eu gostava de conferir.

Eu assustei com um gelo batendo na minha cara.

- Qual o seu problema Renzo.

- Estou falando com você.

- Eu estava ouvindo música. O que quer?

- Cadê o lindo, megera tu é falsa pra caralho.

- Você me jogou um gelo, e quer eu te chame de Lindo? Ah Renzo vai colher uva não.

Ele gargalhou e eu voltei com minhas músicas. Eu tinha menos de dez dias, pro aniversário de Renzo. Não achei nenhuma lingerie, não fiz umas aulas extras. Era só ladeira a baixo.