Ascensão da Rainha.

Epílogo

Genevieve

Eu estava sentada ao lado de Raika, Ana e Nina. Bella estava vindo em nossa direção com duas  garrafa de de vinho.

- Vamos encher a cara hoje.

- Eu não tenho mais idade pra isso não Bella.

Eu encarei Nina.

- Eu tenho. Pode me dar aqui. Tá louca Nina, meu Deus pare de me chamar de velha, na verdade eu me sinto um vinho, quanto mais velha melhor.

- Essa frase é minha Vivi.

Todas nós rimos. Nina sempre falava isso.

- As vezes me assusto sempre que eu olho pra Lucca, as vezes me sinto outra vez com trinta anos, e com Salvatore por perto.

A verdade é que Nina nunca superou a morte dele. Acho que se tivesse sido uma morte mais violenta, teria sido mais fácil. Mas o fato de ser um infarto, quando ele estava tão bem, fez sua perda ainda mais difícil pra ela.

- Eu não acho, eu achava quando ele era mais novo. Mas a postura deles, as atitudes fazem como que até a aparência seja deixada de lado.

Eu apertei a mão de Raika. Quando ela casou outra vez, Nina chorou. Mas ela estava lá, eu entendia o que Raika queria dizer. Agora mesmo olhando Lucca enquanto conversava com Raffa e Fellippo, você via a diferença.

A alegria de está entre a família, os olhares constantes trocados com a esposa. E a maneira que olhava pros filhos.

- Por um momento eu achei que Vicenzo era o novo Salvatore.

Eu gargalhei quando Raika soltou num Deus me livre baixinho com a frase de Bella.

- Lucca foi o único a fugir da tradição dos D'Ângelos.

Eu encarei minha cunhada.

- Que tradição?

- De chegar com filho pronto no casamento.

- Casei sem filho Bella.

Ela deu de ombros quando Raika disse isso.

- Vicenzo me envelheceu dez anos, ele foi terrível. Minha nossa eu ainda não acredito que ele virou esse homem. Eu quase pirei.

- Eu sempre te falei Raika, que os piores cafajestes, são os melhores maridos. Eu ainda fico surpreso com a mulher dele. Ela é tão maravilhosa, mesmo sendo excêntrico.

Nós gargalhamos.

- A Ana você é um amor. E por favor envelheça.

Bella era inconformada de ter que pintar os cabelos mesmo sendo tão nova.Raika não tinha um fio branco. Nenhum, se inacreditável. Já Nina assumiu os brancos. Eu pintava o meu, mas ao contrário de Bella eu não me importava. E Ana, bom Ana realmente parecia parada no tempo. Eu achava o máximo quando alguém perguntava de Pietro era pai dela. Eu fazia piadas com isso constantemente.

- Eu me sinto com vinte anos ainda.

- Nonna megera.

As meninas gargalharam, e eu gemi. Renzo havia ensinado nossos netos a me chamar de nonna megera. Na verdade ele tatuo megera no braço. Idiota.

- Oi me amore.

-  Podemos ficar aqui? Eu não vou ter aulinha não.

Eu ainda não acreditava que nós deixamos a Itália pra trás. Eu amava a Itália, mas nada como ver meu marido bem e feliz. E isso se tornou impossível lá, então íamos apenas pra visitar nossos filhos.