Capítulo 20

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Genevieve

Raiva era pouco pra descrever como eu estava me sentindo. Eu queria matar esse idiota.
Não é atoa que tem traidores, não confia nas pessoas certas.

Como esse desgraçado podia dizer na minha cara, que uma mulher passou a noite distraindo ele. Escroto do caralho.
Eu queria chorar, mas eu me recusava a derramar uma lágrima por ele. Não tínhamos nem uma semana de casados, e Renzo já me fez raiva e chorar como se fosse dez anos.

- Frederico, vou te envia um endereço e quero que me leve até lá.

- Sim Senhora.

Eu envie o endereço pra ele. Eu perdi minha aula de tango. Mas eu iria ao abrigo, e a vantagem deles não estarem me esperando, era analisar tudo melhor.

- Senhora, não sei se o chefe vai autorizar a senhora ir. Esse bairro é perigoso.

Eu precisava de 'poder'. Coso contrário eu seria devorada por nosso mundo.

- É por isso que você esta aqui Frederico. E eu não preciso da autorização de Renzo. Eu sou sua esposa, os soldados dele são vocês.

Eu sei que fui arrogante em minha fala, mas eu não podia deixar as coisas seguirem esse rumo.

- Claro senhora.

O bairro era algo que nunca vi em minha vida. As ruas eram extremamente estreitas, roupas em varais no alto, muito gente na rua.
Pessoas realmente sofridas.

- Senhora, tem certeza que não quer ir embora?

- Não. Sei que você vai me manter segura.

- Com minha vida.

Quando ele parou, o local não era o que eu esperava, a casa estava limpa. Mas muito mal conservada. Tinha muitas mulheres e crianças, eu sem dúvidas não deixaria eles fecharem. Se essas pessoas agradeciam por está aqui, imagina de que inferno elas saíram.

- Frederico, eu gostaria de um pouco de privacidade, pra conversar.

- Claro senhora.

Eu vi uma mulher de uma quarenta anos. Ela estava tão machucada.

- Bom dia, eu gostaria de falar com Julieta.

- Quem gostaria?

Eu não era idiota de usar meu nome.

- Diga que é uma amiga de vocês.

Ela saiu, e eu andei um pouco mais até ver uma mulher, muito bonita cortando os cabelos de um menino.

- Olá posso ajudá-la.

A senhora que me recebeu, não era nada como eu imaginei. Ela era tão simples, roupas gastas e ela passava uma calma. Minha vontade de matar Renzo, até diminuiu.

- Eu gostaria de falar com Julieta, é a senhora?

- Sim sou eu. Me disseram que você se apresentou como uma amiga.

- Eu sou. Eu posso conhecer o local?

- Você não veio atrás de abrigo, e não estou dizendo isso apenas pelo seu anel. Mas pelo segurança te acompanhando.

- Não eu não vim atrás de abrigo. Eu vim conhecer o trabalho de vocês.

- Qual o seu nome querida?

- Vivi.

- Seja bem vinda vivi. Venha vou lhe mostrar tudo.

Eu descobri que essas pessoas estavam vivendo em condições precárias. Mas o maior problema aqui, era que depois de consegui escapar do inferno em que viviam, elas não tinham pra onde ir. Não tinham como recomeçar.

Ascensão da Rainha.Onde histórias criam vida. Descubra agora