Pacientemente, Off Jumpol contou em detalhes tudo que ocorreu na noite anterior.
Gun ouviu tudo pacientemente. Cada citação o feria, mas ele permanecia calado, deitado sobre o colo daquele que o acalentou após suas recordações amaldiçoadas, dizendo a ele tudo que o Phunsawat gostaria de ouvir.
Atthaphan se sentia grato, mas aquilo não era o suficiente. Seu coração tendia a se apegar em corações partidos, e ao invés de cola-los, ele lhes entregava o seu próprio, na busca incessante de curar tais do modo errado.
— Se ela fez tudo isso para você, por qual razão continua mantendo contato?
— Ela é a minha mãe, quem me deu a vida.
— Também foi quem tentou tira-la, ela não te matou, mas te queria morto, isso a torna menos culpada? Faz dela mais digna de seu amor unilateral?
Um silêncio proeminente se fez presente no quarto. Após não ter uma resposta, Gun Atthaphan se sentou novamente, saindo do colo de seu veterano.
— Eu entendo o seu lado, Papi. Você tenta incessantemente encontrar um lado bom nela, e por tudo que você me contou, ela está tão quebrada quanto você. Mas ambos não são obrigados a conviver um com o outro por partilharem o mesmo sobrenome. - Gun tocou o queixo de Off com o indicador, e o encarou com a expressão séria - Ela não é a única pessoa que você tem. Na verdade, você nunca a teve. - Ele calmamente tocou a bochecha de Off, e encarou todo o seu rosto límpido. - Mas tem o Tay, tem o New, e tem a mim.
— Mas sempre vai... ter algo faltando. Tay e New são como irmãos pra mim, e você é...
Gun sorriu e negou com a cabeça:
— Você não precisa me rotular, não se cobre.Jumpol concordou com a cabeça, pigarreando antes de continuar:
— O que eu quero dizer, é que vai faltar o amor de uma mãe.— Papi, faltará de uma forma ou de outra. Vocês nasceram para viverem vidas separadas, não precisa deixa-la para sempre. Pode visitar ela as vezes, cortar contatos não é necessário, mas ficar naquela casa vai matar você.
Adullkttiporn ouviu aquilo e sentiu seus olhos marejarem, era como ouvir algo que ele não estava, e talvez nunca estivesse pronto para digerir: - "Como poderia lhe faltar amor de mãe? Como poderia fazer falta algo que ele sequer jamais teve"
— Raposa.
— Hnm?
— Eu não vou morrer. - Lembrando de conversas de poucas horas atrás, aquilo atingiu Atthaphan em cheio, fazendo seus olhos novamente brilharem, como mil estrelas que guardavam mil memórias.
— Você pode me prometer isso? - Naquele instante, sua voz diminuiu seu tom, ele tinha medo da resposta.
Mas ao invés de ganha-la, ele recebeu os lábios de Jumpol sobre os seus, um selar demorado, seguido de um beijo quente e molhado. Eram os lábios mais macios que Off já havia provado. E o beijo mais cheio de significados, segredos e verdades que Phunsawat já havia sentido.
— Você sabe que eu não posso. - Sussurrou, lhe dando a resposta que no fundo, Atthaphan não gostaria de ter ouvido.
Uma lágrima escorreu por seu rosto, seguida por várias outras, e após fungar, e abraçar o pescoço de Jumpol, ele concordou com a cabeça, e continuo falando baixo.
— Então me beije mais um pouco, tudo bem? Você pode fazer isso, não pode?
Off sinalizou que sim, iniciando um novo beijo no homem que estava tão ferido quanto ele. Ambos incansavelmente tentando curar um ao outro com o gesto que durante dois dias se tornou indispensável. Gun sentou-se sobre o colo de Adullkttiporn, que tocou sua coxa e seu pescoço, Phunsawat ignorou completamente a resposta de seu corpo ao ter as mãos largas de Jumpol em um local tão sensível para ele, apenas se entregando a amargura de um beijo triste, como um remédio que uma criança rejeitaria, mas um adulto se tornaria viciado assim que percebesse a dor passar instantaneamente quando o toma.
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Smile - OffGun
FanfictionOff Jumpol, um veterano, hétero até o último aviso, não esperava que um calouro de apenas 1,68 pudesse lhe chamar atenção como ninguém antes. Gun Attaphan, com sua falsa expressão inocente, conseguiu roubar o coração de Off com apenas um sorriso...