Off Jumpol e Gun Atthaphan viveram seu pequeno e exclusivo conto de fadas:
Era uma vez, um príncipe preso em um castelo maldito, com a pior das bruxas. Condenado a sofrer em seu próprio calabouço pessoal até que um dia, uma boa alma se pusesse a salva-lo.
Um segundo príncipe então apareceu para resgata-lo, e o levou para longe de seu abrupto inferno, construindo para eles um castelo de cartas, onde residiram juntos e em harmonia por um um mês.
O problema era que o castelo não era resistente o suficiente. E a tristeza do príncipe Adulkittiporn, trouxe ao reino uma ventania forte o suficiente, para derrubar a morada de papel, e destruir todo o paraíso que Phunsawat construiu com tanto amor.
Uma lágrima riscou o rosto adormecido de Atthaphan, que lentamente abriu seus olhos antes do dia começar. Sua mente havia acabado de transformar seu pesadelo, em um livro infantil.
Seu corpo já não tinha mais energia, ele vivia em prol da vida de outra pessoa, para pagar por seus próprios pecados. As mensagens vinham em montes, e quando Phunsawat não as respondia, ele sempre tinha que lidar com uma nova crise no dia seguinte.
"Você está cansado de mim?"
"Eu te esgoto?"
"Você me ama?"
Sim, sim... sim.
Tudo começou com a culpa que o consumia, Atthaphan se doou de corpo e alma a Jumpol para não cometer o mesmo erro de seu passado conturbado. Mas sua emoção não respeitou sua razão, e aos poucos, os beijos, os encontros e o tempo, fez com que os sentimentos de Phunsawat se tornassem cada vez mais reais.
Ele realmente havia se apaixonado por Adulkittiporn, e todos os seus mil e um defeitos.
Mas Jumpol, havia se apaixonado pelo carinho, pelo cuidado, pelo sabor de ter alguém ao seu lado, por tudo que envolvia Gun Atthaphan, menos por ele.
Naquela manhã, Phunsawat fez uma visita a Tay e New, encontrando a visão daquilo que talvez nunca teria.
O casal estava preparando o café da manhã da avó de Tawan;
— P', ela gosta de morangos? — Perguntou Thitipoom enquanto picava as frutas.
— Sim. Nong, prove isso. — Tay pegou um pouco da calda que preparava em uma colher, e a assoprou próximo ao rosto do mais novo, antes de estender levemente para que New a provasse, ação que foi feita de imediato. — Está bom?
— Responda por si mesmo. — Provocou o mais velho, fazendo com que ele encarasse os lábios de New manchados de groselha.
Um sorriso de canto surgiu no rosto de Tay, que deixou a colher de lado e com os dedos tocou o queixo de New, beijando e sugando levemente seu lábio carnudo e adocicado.
— Está bom. — Respondeu sua própria pergunta. Ouvindo o mais novo resmungar no balcão com as mãos sob o próprio rosto.
— Porra, vocês podem prestar atenção em mim? — Gun recitou choroso, quase como uma criança que queria a atenção de seu responsável.
— Desculpe nong. — Tay caminhou até o fogão, o desligando se apoiando sobre o balcão enquanto New calmamente levava as panquecas até o quarto da senhora Vihokratana. — Sobre o seu problema com P'Off...
— Sinto que estou dando tudo a ele, P'Tay. Menos o que ele precisa.
— E pra você. O que ele precisa?
Gun Atthaphan se manteve em silêncio, apertando suas mãos em punhos por baixo da bancada.
— Ele precisa de si mesmo.
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Smile - OffGun
FanfictionOff Jumpol, um veterano, hétero até o último aviso, não esperava que um calouro de apenas 1,68 pudesse lhe chamar atenção como ninguém antes. Gun Attaphan, com sua falsa expressão inocente, conseguiu roubar o coração de Off com apenas um sorriso...