Capítulo Sete

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O céu estava escuro e tempestuoso demais para algo que devia ser uma tarde tranquila

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O céu estava escuro e tempestuoso demais para algo que devia ser uma tarde tranquila. A chuva caía fortemente contra as telhas, janelas e tudo que via pela frente ela atingia rapidamente. Trovões eram ouvidos e a tarde escura era iluminada com relâmpagos.

Em uma parte periférica da cidade de Paris, duas crianças tremiam violentamente debaixo das escadas de um beco abandonado. Ambas desprotegidas da chuva e do frio, abraçavam-se tentando ao máximo preservar o mínimo de calor para se aquecerem.

Eles não pertenciam àquele bairro, estavam perdidos. Além do frio, a sensação de terror e medo os dominavam. Eles sequer sabiam como haviam parado ali, algo que devia ser um passeio em turma se tornou uma experiência aterrorizante.

— Espero que nos encontrem logo — sussurrou a garota de cabelos escuros como ébano, lágrimas salgadas se misturavam com a chuva que pingava incansavelmente em seu rosto. — Eu estou com medo.

— Eu também estou — respondeu o garoto que estava ao seu lado. — Mas não se desespere, tenho certeza que nossos amigos e os professores já devem ter notado nosso sumiço, não deve fazer menos de 3 horas que ficamos para trás. Eles irão nos achar.

A verdade é que ele também estava tão apavorado quanto sua amiga, porém tentava ao máximo se manter positivo e não entrar em desespero — no qual ele já estava.

— Eu espero... — sussurrou a menina. Ela desviou o olhar com o rosto avermelhado.

O garoto se sentiu imediatamente preocupado, afinal, ele estava com tanto frio que seus dentes batiam. Se o rosto dela estivesse vermelho, poderia ser indício de um início de uma febre.

— Mari-

Sua fala foi interrompida com um som alto suficiente para encobrir a chuva, ambos se sobressaltam com o susto imediato. Logo em seguida ouviram um palavrão tão feio que os deixaram mais assustados do que o barulho.

Se meu pai me ouvisse xingar dessa forma, tenho certeza de que seria deserdado na mesma hora, pensou o garoto com os olhos arregalados.

A pessoa se levantou e correu para dentro do beco, porém, ao vê-los, deu um grito no mesmo instante que os dois estavam escondidos. Qualquer um três quarteirões seriam capazes de ouvir.

Na frente deles, havia um garoto da mesma idade de ambos. Por causa do escuro, não era possível ver seu rosto direito, no entanto... seus olhos pareciam brilhar.

Essa foi a primeira imagem que Adrien teve de Plagg.

Batidas na porta fizeram Adrien despertar. Já era de manhã.

Ele se sentou na cama ainda sonolento e confuso. Ao seu lado, Plagg dormia de costas para ele e estava com as pernas dobradas e encolhido, abraçando um travesseiro. Vendo-o, Adrien percebeu que havia sonhado com a memória que havia se perdido com Marinette e conhecido Plagg.

(Im)Perfeita HarmoniaOnde histórias criam vida. Descubra agora