Capítulo Quinze

252 29 75
                                    

Adrien não conseguiu dormir direito à noite

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Adrien não conseguiu dormir direito à noite.

Não importava o quanto ele tentasse fechar os olhos e adormecer, sempre acabava se lembrando do beijo acidental com Luka. Foi tão rápido e suave, mas foi o suficiente para fazer Adrien querer se jogar da janela.

Ele passou altas horas da noite rolando de um lado para o outro na cama, chutando as cobertas e abafando os gritos no travesseiro. Sua mente estava em um replay eterno daquele momento e nada fazia aquela sensação de constrangimento passar.

Depois de ir embora da casa de Marinette, a primeira coisa que ele fez foi mandar um áudio desesperado para Plagg, o qual apenas riu e achou graça da situação. Por fim, o amigo lhe ligou e ficou ouvindo as lamentações de Adrien.

Eles ficaram em chamada até umas 1h da manhã. Plagg teve que desligar pois Wayzz estava falando para ele calar a boca, já que eles dividem o quarto.

No domingo de manhã, ele acordou sentindo que foi atropelado por um caminhão, seu corpo todo doía e as olheiras eram visíveis em seus olhos. Ele teve vontade de se afundar na banheira e quem sabe não submergir mais.

Depois de tomar um banho e conseguir despertar um pouco, ele pegou o celular para ver as mensagens do grupo da turma. Como a semana de provas já havia acabado, agora só havia mensagens sobre a festa que aconteceria no próximo fim de semana, onde eles dariam início às férias. 

Adrien estava um tanto empolgado para essa festa, pois as aulas voltariam em agosto, e após isso, em dezembro seria a formatura deles. Quem diria que esse ano seria seu último ano escolar.

Bom, estava tudo pronto, já havia um problema: convencer Gabriel a deixá-lo ir.

Assim que terminou o café da manhã, Adrien tomou coragem para ir até o escritório do pai e perguntar se tinha permissão para ir à festa. Já havia anotado mentalmente diversos argumentos que poderiam ser úteis para convencer o pai.

— Tudo bem, Adrien, você consegue — sussurrou para si mesmo.

Respirou fundo e bateu na porta do escritório, esperou por alguns segundos até ouvir a resposta arrastada do pai atrás da porta.

— Nathalie, eu disse para me deixar sozinho por agora — disse Gabriel, a voz carregada de irritação.

Nervoso, Adrien uniu as mãos.

— Não é a Nathalie, pai. Sou eu, o Adrien — falou ele, sentindo a voz sair mais alta do que esperava.

Ouviu o barulho de algo arrastando, como se Gabriel estivesse com pressa. Adrien franziu as sobrancelhas confuso ao ouvir sons abafados como se o pai estivesse arrumado o escritório com muita rapidez. Instantes depois os sons pararam.

— Pode entrar.

Adrien tocou a maçaneta da porta, sentindo suas mãos tremerem levemente. Abriu a porta com cuidado, sussurrando um “com licença” antes de entrar no escritório. Ele fez careta ao sentir o ambiente carregado com um cheiro adocicado e enjoativo, como se fosse açúcar queimado, colocando a mão no nariz inconscientemente.

(Im)Perfeita HarmoniaOnde histórias criam vida. Descubra agora