Protagonista do capítulo: Akira.
Nome da história: Dragões de Cristal.
Género: Fantasia
Classificação: +16.
Gatilhos: Tortura, sangue, mortes detalhadas e assédio.
Personagem de A_Mille
Akira se viu num lugar que poderia tratar bem aconchegante e nostálgico.
Ao abrir os olhos, se viu numa grande estufa. Flanqueada por fileiras de plantas de cores intensas e radiantes, sentia na pele todo o frescor daquele caloroso ambiente.
Estava sentada numa cadeira. A sua frente, do outro lado de uma mesa, estava sentado um indivíduo, a fitando:
— Bom dia, senhorita Akira. Eu sou Cin, seu entrevistador.
— Olá, Cin. Gostaria de um chá? -servindo uma xícara do seu delicioso chá de Cintrinis, uma folha doce e de cor azulada, Akira riu da coincidência com o nome do homem a sua frente — Não sei muito bem como nos encontramos, mas nem sempre as coisas por aqui acontecem de um jeito normal...
Cin aceitou a xícara.
— Eu agradeço — disse respeitosamente. — É, também tenho o meu estoque de esquisitice — bebeu um demorado gole. — E quanto a você? Me conte um pouco das esquisitices da sua vida.
— Ah, como começar... Eu sou uma Camprina, um híbrido de dragão e humano. Meus pais, que também são híbridos, me ensinaram que o que os outros consideram esquisitos, para muitos de nós é normal. Além do que, vendo ervas alucinógenas na minha loja de especiarias, mas não diga para ninguém. — baixando o tom para algo conspiratório, a jovem adulta sorri bebericando de seu chá — Tempos atrás oficiais da Coroa vieram até minha humilde venda atrás do responsável pela produção da tal erva, mas não sabemos de nada sobre. Enfim, isso é só a pontinha da bagunça.
Os olhos de Cin quase que radiaram ao ouvir a primeira parte.
— Ah, dragões. Que legal! Eu sempre gostei de histórias com dragões — coçou a garganta, tentando recuperar a compostura solene, o rosto levemente corado. — Enfim — disse fingindo que a animação de antes não aconteceu —, vocês já passaram muita confusão com essas ervas?
Akira quase cospe o chá que estava bochechando pela boca, esperando a empolgação de Cin se acalmar.
— Sim!! —Assente entusiasmada em contar da mais cabeluda história com a ceperâ, a erva do riso, como é popularmente chamada, que ela mesma reproduziu das poucas sementes encontradas em uma cidade vizinha — Descobri através de um amigo que a erva estava descontrolada pelas cidades, simplesmente em mãos de quem conseguisse chegar perto. Foi uma confusão, juntaram com óleo de lavanda e descobriram que o gás produzido, além de alucinógeno, causa crises de risos estranhas e extremas. Claro que, enquanto estava reclusa apenas aos plebeus, o reino tapava olhos sobre o assunto. Mas foi só chegar no principezinho...
Cin não conseguiu segurar o riso, e foi uma gargalhada bem dada.
— É, pimenta no dos outros é refresco — respirou para recuperar o fôlego e tomou outro gole de chá. — Hum, isso é muito bom. Meus cumprimentos ao chef — tomou outro gole. — E como é a sua vida na cidade? Sua relação com outros, seus amigos?
— Muito obrigada, essa plantinha do chá vem dessa estufa, o que mais temos em casa é chá. — oferece mais um pouco do bule verde musgo que mantém na mesinha entre os dois — Bom, eu cresci na Cidade Prussia, onde estamos. Conheço todos desde que me entendo por ser, não tem uma alma viva que more aqui que eu e meu pai não conhecemos. Ou ajudamos. Como sou dotada do dom da terra, herdado de meu pai que também tem esse dom, meu laço com o natural é maior. Sempre que há alguém passando por enfermidade, procuramos ajudar da melhor forma. Não sou uma usuária de magia curandeira, mas minhas plantas ajudam a amenizar muitos sintomas. E Hazina, definitivamente, é meu amigo mais próximo e antigo. A mãe dele é a melhor amiga do meu pai, pode imaginar nossa proximidade.
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TokuCast: Entrevistas E Divulgações De Histórias
DiversosEspaço reservado para entrevistar personagens de histórias de outros autores. Serve tanto para publicidade quanto para ser uma conversa divertida entre personagens de várias histórias. Interações, conversas, perguntas. Qualquer coisa para enriquecer...