Cin, com um uniforme de professor, repousou ambas as mãos em sua mesa.
— Bem vindos a todos ao primeiro dia de aula no Colégio Toku — anunciou aos seus alunos. Estavam todos em uma sala de aula.
Os alunos em questão eram todos os personagens que eu, Natsu Joestar, criei.
Estavam todos com um uniforme escolar, ouvindo atentamente ao que o "professor Cin" falava.
Uma aluna de cabelos ruivos ergueu a mão:
— Professor, eu tenho uma pergunta.
— Sim, Wendy, pode falar.
— Porque estamos todos vestidos de alunos? Somos todos de histórias diferentes. O que é isso, algum tipo de spin-off sem originalidade? E porque o diretor Blummen está aqui?
O diretor Blummen, um homem de 60 anos de terno, observava a conversa na entrada da sala.
— Ele já é diretor na minha história — seguiu Wendy, um pouco confusa. — E eu sou aluna na minha história. Qual a lógica de fazer um curta spin-off não-canônico em que eu sou aluna?
— É bem simples — explicou Cin. — Foi só uma ideia do autor de juntar os vários personagens que ele criou, das diferentes histórias que ele já publicou. Então, para deixar tudo mais comum e não ficar estranhando, deixamos todos os personagens como alunos ou funcionários de um colégio, como se fosse um dimensão alternativa.
Um aluno de cabelos pretos e olhos vermelhos ergueu a mão também. Parecia ser 1 ano mais velho que Wendy.
— Como assim "não deixar nada estranho"?
— Sim, Red, todos de uniforme vão ficar iguais — respondeu Cin.
Red apontou para uma aluna sentada ao lado dele, dizendo meio espantado:
— Então porque a Kaede está de armadura? — a garota em questão, uma mulher loira no início dos seus 20 anos, olhos púrpuras e usando uma armadura prateada, cuja superfície tremeluzia à luz do sol, parecia se deslocar bastante do resto dos outros da sala.
— Isso é porque isso que ela veste na sua história, "A Cavaleira Prateada" — respondeu Cin, como se fosse uma coisa perfeitamente normal. — Ela se sente a vontade assim.
— Mas ela está com uma alabarda de 3 metros de altura presa nas costas!!!! — bradou Red, mais espantado ainda.
— Podemos tratar isso como se fosse a mochila dela — o jeito que Cin falava até parecia que Kaede parecia uma pessoa normal.
— Ela tem uma porção de espadas postas em cima da carteira!!!!!!!
— Digamos que é a versão dela do seu material escolar.
— Ela está montada num tigre de 5 metros de altura!!!! Como isso é tratar ela como parte do ambiente escolar?
Cin levou uns segundos para responder essa.
— Acho que é a cadeira dela.
Ele já tá até procurando motivos. Ele nunca faz o trabalho até o final? Pensou Wendy, já perdendo a esperança daquilo ser um curta normal.
Agora foi a vez de um jovem de 18 anos, cabelos brancos e olhos azuis, de falar.
— Então quer dizer que todos aqui estão só fingindo fazer parte de um colégio?
— Isso mesmo, Razor. Temos todos os esteriótipos de personagens de um clichê colegial adolescente — Cin apontou para o canto da sala, para alguém sentado na última fileira. — Temos até o valentão genérico.
O tal valentão em questão usava roupas de tons púrpuras, sentava de uma forma desleixada para provar que ele não seguia as regras dali, tinha o rosto obscurecido por alguma sombra e haviam até onomatopeias de ameaça surgindo ao redor dele.
— Porque o rosto dele está obscurecido? — indagou Kaede.
— Ah, isso é porque ele é um personagem que ainda não foi introduzido nas histórias do Natsu Joestar, e ainda vai levar uns anos até ele aparecer oficialmente, então ele decidiu obscurecer a identidade dele.
— Então isso é só um foreshadowing? — perguntou Wendy, numa indignação cômica. — Quem esse autor pensa que é? Eiichiro Oda?
— Que prenúncio precoce — falou um aluno de cabelos pretos e pele meio acinzentada, mostrando seus dentes pontudos quando deu um sorriso de canto de deboche. — Já vi que o autor não é popular com as mulheres.
— Bom, de esteriótipo colegial do Wattpad, temos até a patricinha — Razor apontou para uma garota de cabelos pretos e longos sentada próxima da janela. Estava tão ocupada tirando selfies que nem notou quando foi mencionada.
— É, ela é a "influenciadora digital" desse colégio. Queríamos deixar o mais clichê possível.
— Com tanto clichê sendo zoado, tô até com medo da gente ser atacado — falou Red.
Cin chamou atenção de volta para ele ao bater palma uma vez.
— De qualquer forma, tudo isso foi feito para garantir uma melhor experiência e divulgação para todos os autores que quiserem anunciar as suas histórias, de uma maneira mais divertida e interativa.
— Então quer dizer que vai ter algumas entrevistas onde os personagens convidados entrevistados vão fazer também o papel de alunos daqui? — perguntou Kaede.
— Ainda não decidimos isso, mas estamos trabalhando para ver se esse formato vai ser aceito pelos leitores e autores que forem fazer as divulgações. Mais alguma dúvida?
— Sim, você não tem medo de ser demitido?
Cin soltou uma risada despreocupada, abanando a mão.
— Que isso? O autor não iria me demitir. Quem iria me substituir como entrevistador?
Subitamente, surgiu na mesa dele uma carta. Ao abrí-la e ler em voz alta, notou que era o autor, Natsu Joestar, quem a escrevera:
— "Se você continuar agindo feito um maluco, eu vou te demitir e te substituir pela Serena" — a expressão de Cin se alterou para espanto. Logo após, abaixou a cabeça e disse, ameno: — Sim, patrão.
Os alunos tiveram que se segurar para não rirem.
FIM
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TokuCast: Entrevistas E Divulgações De Histórias
De TodoEspaço reservado para entrevistar personagens de histórias de outros autores. Serve tanto para publicidade quanto para ser uma conversa divertida entre personagens de várias histórias. Interações, conversas, perguntas. Qualquer coisa para enriquecer...