CAPÍTULO 15

417 47 11
                                    

Capítulo XV

Famílias...



- Josh?! - repeti o nome bobamente, mas antes que eu perguntasse quem era Josh, o enorme homem veio até mim e me abraçou. Fiquei rígido com o contato repentino e olhei em volta um pouco ansioso.

Vi Esme com lágrimas nos olhos, mas tinha um sorriso nos lábios, a enfermeira Deinert sorria, e Carlisle estava tão estático quanto eu. Mas foi a sua voz que fez o cara, huh Noah me soltar.

- Noah... - ele sussurrou e seu filho se voltou para ele.

- Pai. Que saudades! - Carlisle largou a caixa que segurava sobre o sofá e o agarrou em um abraço de morte, ambos ficaram assim por vários minutos.

Jesus, ele está aqui! Ele voltou...

Esme se aproximou dele e o abraçou também. Os três se abraçaram, como uma família, e não pude deixar de sorrir um pouco, feliz por Esme e por Carlisle. O filho deles estava em casa. E bem...

Aquilo era bom. Maravilhoso!

Mas ainda assim, por que o meu peito doía e já me sentia começar a sufocar?

Eu queria... Céus, eu nem sabia o que eu queria naquele momento.

Saber o que "Josh" significava... Seria o meu nome? Seria quem eu sou? Mas não agora... Neste momento uma família que se ama muito está se reencontrando.

E eu não sou parte dela.

Sorri mais uma vez, mas dessa vez com pesar.

Eu não sou parte dela. Nem nunca serei.

Eles não precisam mais de mim agora.

Sorrindo, pois não havia motivos para ficar triste, não quando Carlisle e Esme estavam sorrindo e abraçando o seu filho, eu me afastei discretamente. Percebi enfermeira Deinert me olhando e neguei, quando ela abriu a boca, via-a assentir e saí pela porta.

Ao ficar do lado de fora, olhei para a casa de Any e sorri.

Minha Gaby...

Eu a amo e ela me amava.

Mas Noah voltou...

Ele iria querê-la de volta. Quem não iria...

E eu teria que lutar por ela. Não iria ser fácil! Eles tinham um passado juntos, enquanto nós só tínhamos alguns meses, e nem foram muitos.

Toquei a caixinha em meu bolso e sorri com tristeza.

Não seria a hora de pedi-la, nunca iria forçá-la a me escolher.

Comecei a andar para longe de casa, e de Any, eu precisava pensar.

Precisava ficar longe de tudo, eu não iria embora, chega de fugir, mas aquela era uma reunião de família, e eu não fazia parte dela. Nunca faria...

Era bom aceitar tudo aquilo logo.

Ao chegar ao ponto de ônibus, pensei em onde iria. Podia ir para estação de trem, gosto de ir lá para pensar, mas ao entrar no ônibus, pensei em um lugar melhor, um novo lugar.

Então esperei e desci muito antes da estação, caminhei com calma, e ao chegar à casa familiar, sorri com carinho. Não era a casa que eu amava e considerava minha, mas era hora de mudar, e se eles me aceitassem, gostaria de chamar aquela nova casa de lar.

Ao bater na porta sorri quando He2 atendeu um pouco depois.

- "J", o que faz aqui?

- Eu...

PERDIDO ATÉ TE ENCONTRAR - ADAPTAÇÃO BEAUANY Onde histórias criam vida. Descubra agora