EPÍLOGO

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Epílogo


- Papai, papai, papai... - terminei de ligar a churrasqueira e olhei para o meu rapaz afoito.

- Sim filho. - ele parou aos meus pés quase trombando em mim, eu sorri me agachando para ficar na sua altura.

Os seus grandes olhos chocolates brilhavam de excitação e só pude admirá-lo. Ele era uma mistura perfeita minha e de Gaby, alguns detalhes na boca e sobrancelhas. O cabelo era todo meu, um pouco acobreado e todo bagunçado. Ele é simplesmente perfeito. Meu garoto é super agitado, fico cansado, às vezes, só em olhar para ele.

Colocando as mãozinhas em meu rosto e sorrindo tão grande que temi que a sua boca doesse, ele me lembrou de que dia era hoje.

- É o meu aniversálio! - ri e o peguei no colo, levantando-o até o nível de meus olhos. Ele já tinha dois anos e felizmente, eu ainda conseguia segurar o meu menino, o meu bebê.

Infelizmente, eu sabia que por causa de minha perna defeituosa, em breve não poderia mais, então iria aproveitar enquanto pudesse.

- Eu sei cara! Olhe, eu estou acendendo a churrasqueira e a sua mãe fez um monte de decorações e um bolo delicioso. - ele suspirou.

- Isso é tão legal papai. - ri e beijei a sua testa.

- Muito legal! Eu estou super animado e você?

- Muito animado!

- Jonny, venha tomar banho. - Any chamou saindo de casa e ele bufou.

Pol que tenho que tomar banho toda hola? - ri e beijei a sua testa.

- Para não ficar fedido. Você quer ser fedido? - ele mordeu o lábio pensando e rolei os meus olhos.

Só mesmo uma criança para ficar na dúvida se valeria a pena ser fedido ou não.

Beijei a sua testa mais uma vez e o coloquei no chão.

- Vá tomar banho, antes que os seus convidados cheguem.

Celto pai! Te amo! - falou sorridente e o meu coração disparou, era sempre assim.

Eu amava aquele garotinho desde o momento em que eu coloquei os meus olhos nele, na maternidade... E esse amor só iria aumentando e aumentando a cada minuto. Quando ele aprendeu a falar então, eu já estava completamente apaixonado.

- Oi papai. - Any se aproximou de mim e sorri beijando os seus lábios demoradamente.

- Oi mamãe. - ela riu feliz e esfregou a sua barriga inchada.

Jesus outro filho! Ainda era difícil de acreditar, mas tão bom.

- Diga papai, você quer dar um banho?

- Só se for absolutamente necessário... - ela bufou, uma risada se seguiu.

- Quando a nossa criança nasceu, quase me batiam para ter a sua chance de lhe dar um banho, agora todos fogem! - grunhiu e a abracei.

- Só queremos evitar a zona de guerra que é dar banho em um pequeno de dois anos.

- Ele não é tão mal assim. - murmurou, mas nós dois sabíamos que era uma baita mentira.

Jonny podia evitar tomar banhos, mas uma vez que conseguíamos arrastá-lo para o banheiro, era uma festa. Ou como me referi antes, uma zona de guerra, tudo acabava com mais água em nós e no banheiro do que nele, mas aquilo era o estranho, já que ele era quem estava na banheira.

PERDIDO ATÉ TE ENCONTRAR - ADAPTAÇÃO BEAUANY Onde histórias criam vida. Descubra agora