19: Sírius

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Depois daquele clima todos continuamos a procurar pela Sofia em silêncio total, eu e Daryl fomos na frente, ele me olhava preocupado, eu estava com vontade de chorar e até mesmo de gritar, mas não era o momento, o cachorro estava sempre ao meu lad...

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Depois daquele clima todos continuamos a procurar pela Sofia em silêncio total, eu e Daryl fomos na frente, ele me olhava preocupado, eu estava com vontade de chorar e até mesmo de gritar, mas não era o momento, o cachorro estava sempre ao meu lado nós seguindo, Carl me alcançou e perguntou baixinho.

_ Temos que dar um nome para ele, ou é ela?

Peguei o cachorro no colo para olhar sua "identidade"

_ É ele. Que tal a gente chamar ele de... Sírius?

_ Sírius?

_ Sim. É a estrela mais brilhante que existe, e eu amo o nome.

_ Então será Sírius. Oi Sírius. -disse meu irmão fazendo carinho no cachorro que ainda estava em meu colo.

Depois de um tempo, Carl pediu para segurar o Sírius, mas não durou muito no colo dele já que pouco tempo depois passou para o colo da Amy e agora está no como da Aurora, ele está todo manhoso.

_ Sírius é? -perguntou Daryl depois de um tempo só me olhando sem saber o que falar.

_ Não gostou?

_ Eu adorei. Não sabia que tinha uma estrela que se chamava Sírius.

_ Eu também não sabia até pouco tempo atrás, nós turnos que não tinha muito movimento eu assistia uma série turca que o protagonista tinha um cachorro parecido chamado Sírius, lembrei na hora.

_ Série turca?

_ Sim, até aprendi algumas palavras.

_ Eu quero ouvir, fala alguma coisa para mim.

Fiquei algum tempo pensando...

_ Seni seviyorum.

_ Que lindo você falando assim. -ele disse com um sorriso nos lábios- _ Mas, o que significa?

_ No tempo certo você vai saber Dixon.

_ Me deixou curioso. -dei um pequeno sorriso para ele e voltei a olhar para frente, até então, do nada começamos a ouvir um sino que parecia de igreja.

_ Pode ser a Sofia, ela deve estar tocando para ouvirmos e irmos atrás dela. -disse Carol.

Sem pensar duas vezes nos todos fomos correndo para onde vinha o som, encontrando uma igreja. Podia ser a Sofia, ela estaria nos chamando mesmo e isso fez com que eu ficasse alegre, mas infelizmente, não durou muito.

Assim que chegamos perto vimos que não tinha nenhum sino.

_ Não tem sino, será que o som veio realmente daqui? -perguntou meu pai.

E então o "sino" começou a tocar novamente, era somente uma caixinha de som.

Daryl cortou o fio para não chamar mais atenção de zumbis. Quando estávamos indo embora Carol pediu para esperarem ela, ela estava chorando com medo de não encontrar a filha mais, se sentou em um dos bancos e minha mãe ficou ao lado dela, Carol então começou a rezar e eu decidi sair daquele lugar.

Me sentei em uma das escadinhas do lado de fora. Ver a Carol assim me deixa tão mal, como pude deixar a Sofia sozinha.

Quando me dei por mim eu já estava chorando e Aurora estava ao meu lado me abraçando.

_ A culpa não é sua. -ela disse após alguns minutos ali calada.

_ Eu não devia ter deixado ela sozinha, é claro que a culpa é minha...

_ Para de pensar assim, você sabe que não é a verdade, você sabe que fez tudo o que pode, nós vamos achar ela. Não se preocupa.

_ Assim eu espero...

Depois de um tempo ali abraçadas eu me acalmei, o grupo saiu da igreja e papai começou a falar.

_ Eu estava conversando como Shane, daqui a pouco vai anoitecer, Daryl, leva o pessoal de novo para a estrada enquanto eu e Shane vamos continuar procurando.

_ Eu vou também.

_ Não filha, você tem que descansar...

_ Eu vou pai, você não pode decidir isso por mim.

_ Eu também quero ir.

_ De jeito nenhum, você vai voltar comigo.

_ Mãe, por favor, deixa eu ir, a Lisa vai cuidar de mim...

Então mamãe me olhou e eu afirmei com a cabeça, mesmo não podendo fazer isso, afinal, eu não cuidei direito da Sofia... Mas não vou deixar que o mesmo aconteça com meu irmão.

Pedi para Amy e Aurora levarem o Sírius de volta, dar algo para comer e beber, elas concordaram e o grupo partiu em direção a estrada.

Eu, meu pai, Shane e Carl fomos por outra direção procurar Sofia.

Notei o olhar do Daryl sobre mim, ele não queria me deixar, mas ele não podia fazer nada, eu não iria parar até achar a Sofia. E eu também não confio muito mais no Shane, não ia deixar meu pai sozinho com ele.

No meio do caminho vimos um cervo bem perto, Carl ficou encantado e papai o incentivou a chegar perto e fazer carinho no cervo.

Carl conseguiu fazer carinho no cervo sem que ele fugisse, estávamos todos felizes e Carl mais ainda.

E então, ouvimos o barulho de um tiro.

_ CARL! -gritei correndo até meu irmão assim que o cerco fugiu e meu irmão foi parar no chão.

Meu irmão havia sido baleado.

_ Carl, por favor Carl fica comigo, por favor Carl. -eu pedia fazendo pressão com minha blusa que eu vestia por cima da camiseta para meu irmão não perder muito sangue.

_ Carl, meu filho acorda. -dizia papai desesperado.

_ Aí meu Deus! Eu juro que não estava mirando nele e sim no cervo, eu nem tinha visto ele, eu sinto muito, muito mesmo. -disse um homem com uma espingarda chegando até nós- _ Vamos levar ele para o Hershel, ele vai saber o que fazer...

_ Aonde é isso? -Shane perguntou enquanto eu só me concentrava em estancar o ferimento.

_ A Elisa pode fazer isso, você pode salvar seu irmão não é?

_ Não sem as coisas necessárias, preciso de utensílios médicos.

_ Por favor, venham comigo, eu vou levar vocês ao Hershel e ele vai ajudar. -papai olhou para mim e eu assenti

_ Vamos logo. -então papai pegou o Carl no colo e o homem foi nos guiando.

Parecia que não chegavamos nunca. O homem que atirou no meu irmão já estava exausto, mandou meu pai seguir em frente, nós disse o caminho e eu e meu pai fomos correndo, enquanto Shane e o homem ficaram para trás.

Assim que chegamos um homem mais velho nós perguntava o que tinha acontecido.

_ Um homem atirou no meu irmão, ele disse que o Hershel pode ajudar a salvar meu irmão.

_ Eu sou o Hershel. Deve ter sido o Otis, aí meu Deus! -ele olhou espantado para meu irmão.

_ Por favor, ajuda meu irmão.

_ Patrícia, me ajuda! Vamos levar esse menino lá pra dentro.

Assim que eu vi meu pai carregando com meu irmão para dentro da casa eu percebi que minhas vistas estavam escurecendo, e até então eu não vi mais nada.

Nota da autora:

Não sei se vocês gostaram, mas desde que comecei a fanfic eu queria que a protagonista tivesse um cachorrinho.
Desculpem a demora, vou tentar postar com mais frequência para vocês! ❤️

Together until the end - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora