17: Conversas

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_ Você quer conversar? -ele perguntou após um tempo andando em silêncio

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_ Você quer conversar? -ele perguntou após um tempo andando em silêncio.

_ Quero, mas por favor que não seja da Sofia, eu preciso focar em coisas positivas.

Ele então ficou pensativo, parecia que queria falar algo, mas não sabia se devia. Após alguns segundos então ele falou;

_ Que tal então conversamos sobre nós.

_ Será uma conversa boa? -perguntei, afinal, é o Daryl, ele é "bruto" e francamente não sei se seria legal conversar sobre o que rolou, não sei se para ele significou algo.

_ Depende de você.

Pensei por um tempo, será que seria uma boa conversa? Ou até mesmo uma boa hora para conversarmos sobre isso?

_ Então vamos conversar... -decidi por fim, seria uma boa maneira de focar em qualquer outra coisa.

_ O que a gente tem?

_ Eu não sei Daryl. Você me beijou e se o Glenn não tivesse chegado teríamos ido além... Você quem deu o primeiro passo. O que a gente tem?

_ Como eu disse, eu não gosto de ninguém, mas de você eu não desgosto. Eu não sei o que eu realmente sinto. Eu estava bêbado e eu poderia jogar a culpa no álcool e fingir que nada aconteceu, mas eu não vou fazer isso porque aquele beijo mexeu comigo. Eu gostei daquele beijo e... eu pretendo continuar te beijando mais vezes... Claro, se você quiser. 

Ele estava nervoso, dava para perceber, mesmo ele tentando ao máximo não transparecer isso. E o olhando assim nem parece aquele caçador todo rabugento que no início todos tinham medo. -ainda tem na verdade, mas não tanto quanto antes-

_ Eu também gostei. E pretendo fazer isso mais vezes... -ele parou e me puxou pelo braço fazendo eu bater contra ele levando um leve susto com a brutalidade dele- _ O que foi isso Dixon?

E então ele me calou logo em seguida com um beijo.

Um beijo calmo, gostoso, e que me fez arrepiar toda. Com uma mão na minha cintura ele me puxava para mais perto dele -se é que era possível- e a outra no meu pescoço, enquanto eu me apoiei toda nele, aquele beijo me deixou com as pernas bambas e se ele não estivesse me segurando eu teria caído.

Realmente esse homem mexe comigo como nenhum outro homem mexeu.

Assim que paramos o beijo por falta de ar colamos nossas testas uma na outra e ficamos ali recuperando o fôlego.

_ Então... voltando para a pergunta inicial. O que somos?

_ Estamos juntos. Não quero você com nenhum outro homem.

_ Como se tivesse outro homem para eu ficar...

_ Está me dizendo que se tivesse outro você não ficaria comigo? -ele perguntou com um sorriso nos lábios, quase não dava para perceber, muito fofo.

_ Estou dizendo que querendo ou não somos exclusivos... Ah, eu não sei explicar isso direito.

Ele riu e me deu um selinho.

_ Vou ter que pedir permissão ao seu pai?

_ Estamos no século 19 ou 20? Acho desnecessário. A não ser que queira morrer.

_ Seu pai não faria isso. -eu fiquei encarando ele o até ele engolir seco- Estou começando a me arrepender...

Então eu comecei a rir da cara dele, e ele colocou a não na minha boca me calando.

_ Quero chamar atenção dos zumbis?

_ Desculpa... E, deixa que eu converso com meu pai. Ele vai entender... Mas também, vamos com calma, nos conhecer primeiro e se tudo der certo, eu converso com meu pai.

_ Está bem, mas se o seu pai não vai saber, então é melhor que ninguém mais saiba. Principalmente seus amigos escândalosos.

_ Não fala assim deles... -ele me olhou com uma cara tipo: Você sabe que estou falando a verdade- _ Tá bem, não conto.

_ Tudo bem se quiser contar, sei que você gosta de compartilhar suas coisas com eles, mas só toma cuidado. Não quero que seu pai que é o mais importante seja o último a saber.

_ Você está parecendo aqueles homens antigos.

_ Esqueceu que sou quase da idade do seu pai?

_ Nem me lembre...

_ Isso é um problema para você? -ele perguntou e pelos seus olhos eu puder ver que estava com culpa e até com medo.

_ Sempre gostei de homens mais velhos, são mais maduros e muito mais experientes na cama. -disse a última parte mordendo meu lábio inferior com vergonha do que falei.

_ Que safada Eli. Não vou dizer que não gosto porque se não eu estaria mentindo. -demos uma pequena risada e então ele me deu um abraço logo depois mais um beijo calmo.

_ Obrigada por me fazer esquecer da Sofia, pelo menos por alguns minutos eu consegui me sentir uma pessoa normal de novo.

_ Sempre que precisar estarei aqui.

_ Sempre? Isso é uma promessa? Porque se for eu detesto, muitas das promessas nunca são cumpridas.

_ Não é uma promessa. É um fato. -não sei como, mas meu sorriso aumentou ainda mais- _ Você quer voltar ou continuar procurando?

_ Procurando. Não aguento mais o choro e o olhar de raiva da Carol para mim.

_ Você sabe que ela não te culpa né? Ela somente precisa ficar com raiva de alguém para não se culpar.

_ A culpada sou eu mesmo Daryl, então que seja...

_ Não é não, você pode ser tudo, menos a culpada.

_ Eu fui muito irresponsável de deixar ela sozinha, devia ter matado os zumbis e ficado com ela sempre na minha vista.

_ Para com isso, você fez e faz tudo que pode, nós vamos achar a Sofia. Não se preocupa, ok?

_ Assim eu espero.

_ Para de me subestimar, esqueceu que eu sou o melhor caçador? -ele disse fazendo graça e eu acabei rindo do seu tom convencido.

_ E o mais modesto.

_ Eu só falei a verdade. Mas agora é sério, você precisa voltar, e dormir. Amanhã teremos um dia longo procurando ela.

_ Você também precisa descansar, está péssimo.

_ Obrigado! -ele diz irônico- Vamos logo ruivinha.

Ele então deu um mínimo sorriso e foi na frente até chegarmos de novo na estrada.

A maioria já estava dormindo, papai, Dale e Shane estavam em cima do trailer conversando e assim que nos viram Dale chamou Daryl e eu, papai me olhou desconfiado.

_ Vai descansar, depois te atualizo.

_ Mas eu... -ele não deixa eu terminar minha frase e me interrompe.

_ Por favor. Prometo que te atualizo amanhã, só vamos discutir, você é quem da a palavra final, não se preocupe, agora vai descansar.

_ Tá. Mas vê se você também descansa Dixon.

Ele então deu um mínimo sorriso novamente e subiu em cima do trailer, enquanto eu fui para um carro onde estam as meninas, Amy e Aurora no banco de trás, junto do Glenn que estava no banco do motorista.

Together until the end - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora