Elisa Grimes, filha de Rick Grimes, criada pelo pai e sua esposa Lori, já que sua mãe morreu assim que ela nasceu. Elisa estava no primeiro ano de residência em Atlanta quando seu pai foi baleado e entrou em coma, o que fez com que ela voltasse para...
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Ali sentada e chorando já algum tempo senti alguém se aproximar. Enxuguei minhas lágrimas rápido e fiquei olhando para a direção oposta da pessoa.
E só pelo jeito de andar e pelo cheiro eu sabia quem era. O caçador.
_ Você tá legal?
_ Aham
_ Por que eu não consigo acreditar nisso em?
_ Não acharam a Sofia né!?
_ Não. Mas temos boas notícias. Ela não foi comida por zumbi.
_ Como sabem?
_ Abrimos o estômago de um que achamos perto das pegadas da Sofia.
_ Isso explica o cheiro. -ele então se cheirou e fez uma careta- _ Como é para eu ficar com essa notícia?
_ Oi. Daryl eu posso conversar com a Elisa? -disse meu pai em pé do lado do caçador.
Daryl assentiu se levantando e saindo, então papai de sentou ao meu lado. Eu escorei minha cabeça em seu ombro e o mesmo me abraçou forte.
_ Sua mãe me contou que você se sente culpada...
_ Eu sou. -afirmei cortando ele.
_ Não é não. Você fez tudo o que pode.
_ Acontece, que não foi o suficiente.
_ Nós vamos procurar a Sofia amanhã de novo. Não vamos desistir. Ela está viva filha.
_ Eu duvido muito. Ela vai passar a noite na floresta -se ela ainda estiver viva- ela não vai passar dessa noite...
_ O que aconteceu com aquela minha filha que é sempre positiva?
_ Ela perdeu as esperanças. A Carol perdeu a filha dela. Ela e a filha sofreram tanto com o marido escroto dela, agora que se livraram dele ela perde a filha. E tudo porque eu não consegui cuidar dela.
_ Para com isso. Para de ser culpar e para de colocar toda a responsabilidade em cima de você.
_ Eu sou a líder papai, querendo ou não, a responsabilidade é minha.
_ E minha também, eu também líder. Não tão bem quanto você mas lidero. E eu estou dizendo, nós vamos achar a Sofia. Te garanto.
_ Eu espero que sim...
_ E por falar no ex marido da Carol. Daryl me contou o que você fez. Atirou uma flecha nele e ainda deu um baita soco. Fico feliz que criei minha filha direto.
_ Obrigada papai. -ele me abraçou e então voltou a olhar para mim.
_ O Daryl não fala muito, mas quando ele fala é sobre você... Ta rolando alguma coisa entre vocês?
Silêncio.
_ Olha filha, você sabe que pode contar as coisas para mim sempre, e se tiver rolando algo eu gostaria de saber, afinal, sou seu pai. E pelo o que sua mãe me falou, vocês dois trocam bastante olhares e o Daryl só conversava com você no acampamento, além do irmão dele.
_ A mamãe adora uma fofoca né!? Eu sei que posso te contar, o fato é que, eu não sei se está rolando algo...
_ Estamos em um apocalipse zumbi Elisa. Se você encontrar alguém que te faça feliz, então vai em frente e se arrisque... Quero que me prometa uma coisa. Se você amar alguém, fale a verdade. Mesmo se estiver com medo de não ser a coisa certa, mesmo se estiver com medo de causar problemas, mesmo se estiver com medo de que tudo desmorone... Diga, e em voz alta.
_ Eu prometo. -disse abrindo um fraco sorriso.
Meu pai era apaixonado pela minha mãe desde a época de escola, eu fui um fruto do amor deles bem novos. Minha mãe descobriu que estava grávida assim que eles se formaram no ensino médio. Papai conta que ficou apavorado, mas que desde o momento que soube da gravidez sabia que eu seria uma menina e já estava doido para me conhecer. Infelizmente a situação da minha mãe era delicada, e eles sabiam que a chance dela morrer no parto era muito grande, mas mesmo assim optaram por me ter. E acabou que realmente minha mãe morreu me dando a luz e quase que eu também não sobrevivo por nascer com o cordão enrolado no meu pescoço.
Mas hoje estou aqui, e meu pai colocou meu nome para horrar a minha mãe, que se chamava Elisa Pirce. E como ele disse eu sou a cópia dela. E isso trás conforto. Ele disse sempre que temos que aproveitar cada momento com quem amamos, pode ser que seja o último. E ele me diz isso porque ele já sentiu isso, ele já soube o que é perder um grande amor cedo de mais.
E hoje, graças a minha outra mãe, Lori, ele é muito feliz e ama novamente. E eu amo ela ainda mais por fazer meu pai feliz.
_ Vamos voltar? Está escurecendo e você precisa descansar.
_ Está bem. -disse me levantando junto dele e voltando para perto do pessoal.
Mamãe por mais que tenha dado aquele esporro desnecessário na Carol, não saiu do lado dela, ela sorriu ao me ver chegar e me mandou um beijo, que eu logo retribuí.
Carl não saia do lado dela, ele continuava triste, assim que me viu veio correndo até mim me abraçando. Com muito custo eu o peguei no colo e o levei para a cama que tinha no trailer o colocando deitado lá.
_ Não estou com sono Lisa.
_ Mas precisa dormir... Ajuda se eu cantar?
Ele afirma com a cabeça e eu começo a cantar, e antes mesmo de acabar a música ele acaba dormindo.
Se já estou assim pela Sofia não quero nem pensar se fosse o Carl. Eu estaria perdida. Carl é meu irmão, eu o amo com todas as minhas forças.
E só de pensar que antes daquela merda toda acontecer a Sofia disse que eu também era irmã dela me corta o coração.
Sai do trailer e ouvi vozes, era Amy, Aurora, Glenn e Daryl estavam atrás do trailer conversando sobre a Sofia, mas pararam assim que me viram.
_ Podem continuar pessoal. Quero achar ela tanto quanto vocês.
_ Sabemos disso... Mas você não está bem... -começou Amy, mas eu a cortei.
_ Eu estou bem, e meu foco é ajudar a Sofia.
_ Tá bem. Eu vou para a floresta ver se acho algo, não vou parar até encontrar ela. -disse Daryl
_ Eu vou com você.
_ Não vai não.
_ Quero ver você me impedir. -disse indo em direção a floresta e pouco tempo depois os passos de Daryl atrás de mim.
_ Tá indo para aonde?
_ Para longe do acampamento.
_ Pensei que íamos procurar a Sofia...
_ E vamos, ela deve estar bem longe do acampamento agora.
_ Talvez, mas esse é o caminho oposto das pegadas dela Eli, temos que ir pelo lado oposto.
_ A tá... Então vamos. -disse indo pelo caminho que ele indicou na frente, mas em questão de segundos ele estava do meu lado- Eli?
_ Não sei se gosto ainda, mas queria te chamar de um apelido diferente dos outros.
Eu o olho de canto e vejo ele me olhando, abro um sorriso mínimo.
