(Spin-off de Promessa Perversa )
Em seu primeiro ano universitário, Lorena Mendes esperava vivenciar novas experiências, conhecer pessoas diferentes e se aprofundar na área daquela que seria sua futura profissão. Mas reencontrar o rapaz que faz seu...
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— Assim, na busca por ampliar o acolhimento e integração daqueles que iniciam uma nova fase de suas vidas em nossa universidade, o comitê de recepção aos calouros organizará uma semana de ações de arte, cultura, lazer e aprendizados. Participar de momentos como estes é algo importante para os alunos. Afinal, a vida universitária é ampla e não depende somente das atividades em sala de aula. Portanto, participe, envolva-se e ajude a construir este espaço de trocas, amizades e aprendizados.
Ao final do discurso do representante do Comitê de Recepção da Universidade Federal de Santa Catarina, do Campus Florianópolis, os calouros ficaram em pé e bateram palmas. Lorena se juntou aos futuros colegas, envolvida pela energia da empolgação e da novidade que todos partilhavam.
— Calouros de Direito!
Lorena olhou por cima do ombro, deparando-se com uma mulher alta, elegante e bem-vestida.
Ela trajava um vestido cor de chumbo de gola alta e mangas compridas, cuja saia justa descia até abaixo dos joelhos, dando-lhe um ar sofisticado e requintado. Os cabelos, que aparentavam ser clareados com luzes, acentuavam os traços delicados do rosto.
Será que é uma das nossas veteranas?
— Meu nome é Débora Torres. Durante esse semestre, serei a professora de História do Direito de vocês.
Uau! Quero ficar assim quando crescer, ela pensou com um sorriso divertido e cheio de admiração.
— Mas, hoje, serei a guia de vocês pelo campus antes de entrega-los aos seus veteranos — Débora complementou, curvando os lábios em um sorriso gentil e receptivo. — Me acompanhem.
Durante o resto do dia, assim como aconteceu com Lorena e os novatos de Direito, os demais calouros também foram divididos de acordo com seus cursos, e conduzidos por um tour pelo campus, palestras e apresentações, até que a última gota da luz do sol fosse sorvida e o céu se enchesse de um milhão de estrelas cintilantes.
Lorena ergueu o rosto, fitando a infinidade de pontos brilhantes sob o manto cobalto da noite, o coração batendo forte no peito.
É aqui que tudo começa. É aqui que vou poder alcançar o que mais desejo.
Ajeitando uma última vez o cinto de seu macacão preto todo estampado, e sentindo uma vontade enorme de conversar e se enturmar, Lorena circulou por entre os alunos, procurando por alguém que estivesse tão perdido e, ao mesmo tempo, tão animado quanto ela.
Viu, junto com os calouros de Direito, uma garota de cabelos loiros e curtos, que segurava o celular como se fosse um escudo protetor.
— Oi! — Lorena a cumprimentou, se aproximando dela.
— Oi. — A garota, que parecia ter uma idade próxima da sua, vestia uma camiseta estilosa sobre as curvas largas do quadril e as coxas grossas. Desviou os olhos do celular e alargou um sorriso simpático, que marcou as bochechas cheias, mostrando uma linha perfeita de dentes brancos. — Você também tá começando aqui hoje?
