Capítulo 5: São duas horas da madrugada Meg

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Mas diferente do que Megan diz, João passa o intervalo todo sentado na porta dos fundos, tirando um cochilo em uma cadeira. Até que Megan quase o joga da cadeira. João se sente um pouco mal  em relação a isso. Não que pense que Luanna depende do café e as rosquinhas todos os dias, já que normalmente ganha dinheiro das pessoas que param e a ouvem cantar por um instante, então ela pode comprar algo para comer. Está frio e véspera de feriado, tem poucas pessoas na rua e as que estão na rua estão com pressa ou um pouco mal humoradas.
João volta a trabalhar. E tenta não pensar na Luanna o tempo todo.
- Ela também está olhado para você.- cochicha Megan.
- Impressão sua.
Quando o turno está a uns 30 minutos de acabar João joga algum dinheiro no caixa, junta algumas rosquinhas e um café, vai até o lado de fora entregar Luanna, mas ela não está lá fora quando ele sai.
Ele e Megan fecham o lugar e ele leva o café e as rosquinhas para casa. Se sentindo um pouco culpado por não ter conseguido entregar a ela.
*****
-Oque você está pedindo?
- eu não estou conseguindo ficar de pé João, e também preciso da minha chave reserva.
- São duas horas da madrugada Meg.
- E eu tô na porta de um bar, sem conseguir manter o equilíbrio, e sem chaves....- ela disse com a voz arrastando
- eu vou te matar.
Ela riu um pouquinho
- Eu também te amo, até logo.- ela desligou.
Ele enrolou um pouco, levantou pegou a chave reserva na gaveta da escrivaninha e saiu. A algum tempo, Meg avia deixado com João uma cópia da chave de sua casa. E foi uma boa ideia, que já tinha acontecido incontáveis situações como essa, que João tem que levantar no meio da madrugada para buscar a amiga em algum lugar, e a levar em casa. Fazer oque, amigo e para isso, né?
Ele caminha por alguns minutos até esbarrar com uma figura familiar sentada encostada em uma parede. Olhado parecia só mais uma pessoa que assim com sua Megan bebeu demais e não consegue achar o caminho de casa sozinha. Mas o estojo do violão e a mochila de lado a denunciava.
-Oi- João diz se aproximando devagar. Ela olha para ele esfrega os olhos, parece que ela estava dormindo e não seria nenhuma surpresa se realmente estivesse.
- Você não estava lá quando eu fui te entregar rosquinhas.
- eu saí para comprar alguma coisa para comer. Meu estômago já estava reclamando a um bom tempo pedindo algo a tarde. Você o acostumou mau.
- E conseguiu comprar algo?
- Eu fui até uma outra lanchonete e entrei, mas acabei não comprando nada. Me sinti desconfortável com o jeito que as pessoas me olharam.
-ah- João diz por fim deixado a culpa o dominar. - eu preciso ir. Até depois.
- Até.
Ele encontrou com Megan boa caminhada depois e basicamente teve que a carregar até eu casa.

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