Capítulo 52

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Assim que Brendon foi embora Gustavo retornou para a cozinha e passou um tempinho por lá se aventurando no bolo e na cobertura que Rita havia preparado para ele.

Algum tempo depois Dulce desceu para a parte de baixo da casa e sentiu o coração aquecer na medida que foi chegando a cozinha e foi estudando as gargalhadas e a voz de Gustavo. Não podia negar que estava morrendo de saudades do filho e que se pudesse pegava o menino agora mesmo e o enchia de beijos e abraços, porém iria respeitar o que psicóloga havia aconselhado.

Dulce entrou na cozinha e viu que Gustavo estava todo lambuzado.

— Eita que a farra aqui está boa.

— Desculpe senhorita Dulce, acho que acabamos nos empolgando um pouco.

— Não se preocupe Rita, você sabe que aqui em casa você tem toda a liberdade do mundo. E já avisei a você para parar de me chamar de senhorita. Apenas Dulce já é o suficiente.

— Certo, irei tentar.

— Está quase na hora do jantar, por que não vai tomar um banho antes da refeição filho?

— Só vou quando eu quiser, a senhora não é a minha mãe para mandar em mim.

Dulce ficou chocada com as palavras do menino. Gustavo então apenas saiu da cozinha e foi para outro cômodo. Dona Rita vendo o estado que Dulce havia ficado após a fala do menino logo falou:

Tenha paciência com ele Dulce. Se para nós adultos a situação é complicada e difícil de lidar, imagine para uma criança.

As horas passaram e assim o jantar chegou, todos estavam em casa, incluindo Lucas, os pais e Christopher. Todos sentaram a mesa, porém apenas Christopher sabia que Gustavo havia retornado temporariamente para a casa da mãe. E por conta de ter mais um prato na mesa Lucas estranhou e logo ingadou:

— Tia Dulce nós sempre somos 5, e hoje tem um prato a mais na mesa, vamos ter visita?

— Não meu bem, Gustavo vai passar alguns dias aqui em casa, por isso tem mais um lugar na mesa.

Instantaneamente, Gustavo entra na sala de jantar, havia tomado banho e Dulce se perguntou quando seu bebê cresceu e parou de pedir ajuda para fazer as coisas. Gustavo então sentou no lugar que estava sobrando. Todos ficaram surpresos pelo fato do menino não ter falado com ninguém, apenas chegou e sentou na mesa. Todos se serviram, apenas Gus ainda não havia se servido. Porém assim que Christopher pois a garfada de comida na boca logo cuspiu no prato e assustou a todos.

— Meu Deus do céu. O que aconteceu Chris?

Nessa hora Christopher não soube como falar, não estava conseguindo raciocinar direito e não sabia se era por conta da comida apimentada ou pelo fato de Dulce ter lhe chamado de Chris.

Assim que bebeu quase um jarra de água, ele falou:

— Não comam da comida. Ela está intragável. Até parece que foi jogado um vidro de pimenta nela, o que é bastante esquisito pelo fato dessa receita não precisar de pimenta.

Nessa hora Rita entrou na sala de jantar com os sucos e refrigerantes e logo Dulce perguntou:

— Rita minha linda, você modificou alguma coisa na comida?

— Não, não. Fiz do jeito de sempre e de acordo com a receita.

Gustavo então não se aguentou e começou a rir. Todos na mesa não estavam entendendo o comportamento do menino, porém assim que ele retirou debaixo da mesa um vidro de pimenta todos entenderam a situação.

— Gustavo pelo amor de Deus, o que você fez?

— Uai, não fiz nada demais.

— Você chama desperdiçar esse tanto de comida de nada demais?

Gustavo apenas ria e olhava para o vidro de pimenta.

— Nunca pensei que falaria isso, mas nesse momento Gustavo você é uma verdadeira decepção pra mim.

Dulce então saiu da mesa e se dirigiu ao quarto, momentos depois Gustavo fez o mesmo que a mãe só que para o seu quarto. Christopher então como o bom cozinheiro que era, fez uma rápida comida e logo foi atrás de Dulce com o jantar.

Chegando no quarto, conseguiu escutar o choro da morena e assim que abriu a porta viu a mesma sentada, abraçando o próprio corpo e chorando.

— Ei Dul, o que aconteceu? Está sentindo algo?

— Estou sentindo uma dor no coração muito grande. Você viu o que Gustavo fez hoje? Ele definitivamente não é mais o mesmo. Ele não se parece nenhum pouco com o menino que criei. Esse aí que está agora respondão, desobediente e traquino não é o meu filho. Onde eu errei Chris? Me diz por favor.

— Ei minha linda não fique assim, não posso dizer que você não errou, pois infelizmente ocultou uma coisa muito importante dele, porém no modo como o criou você não errou em nada. Deu amor, carinho, educação e dedicação a ele. Então não se sinta culpada por nada. Isso é só uma fase, logo passa. Você vai ver. Pode confiar em mim quando digo que algo é passageiro.

Nessa hora Dulce abraçou Christopher, que logo não perdeu tempo e retribuiu o abraço. Assim que se separaram os olhares de ambos se cruzaram e por conta da proximidade conseguiam sentir a respiração um do outro.

Christopher variava olhar dos olhos de Dulce para a boca dela, e ela percebendo o clima e a situação o beijou. Dulce passou as mãos ao redor do pescoço de Christopher e ele rodeou a cintura dela com os braços.

Ambos estavam aprofundando o beijo, as línguas se misturavam e ambos podiam sentir o desejo e o sabor um do outro. Pouco tempo depois se separaram e assim que o beijo terminou Christopher ficou de pé, olhou para Dulce, sussurrou um desculpa e saiu do quarto.

 Pouco tempo depois se separaram e assim que o beijo terminou Christopher ficou de pé, olhou para Dulce, sussurrou um desculpa e saiu do quarto

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