Capítulo 30

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Desembarcando em Monterrey, Dulce logo contactou um motorista e o mesmo a levou ao endereço indicado.

Chagando na casa da mãe e tocando a campainha, logo vou recebida por dona Blanca.

     — Filha? Como assim? O que faz por aqui?

     — Oi mãe! Também vou bem. Obrigada por perguntar. Gustavo também vai bem.

     — Desculpe a indelicadeza apenas estou surpresa por você aparecer assim do nada. Sei que ainda não era a data de você vir me visitar.

     — Não sei o que aconteceu. Porém recebi uma ligação muito esquisita da Anahi e não consegui ignorar.

     — Anahi te ligou?

     — Exatamente. Me ligou e não falou nenhuma palavra sequer. Apenas escutei muito choro do outro lado da ligação. Não pude evitar. Peguei o jatinho e vim o mais rápido possível. Vim apenas deixar minha mala aqui em casa e vou até a casa dela. E antes que pergunte não precisa se incomodar. O motorista já está lá fora me esperando.

Assim Dulce subiu para o seu quarto deixou a mala e logo foi em direção a casa da ex-melhor amiga.

Chegando lá logo levou um choque. Não tinha parado para pensar que naquela casa era onde morava não só Anahi, mas também Lucas e Alfonso.

Tocando na campainha, logo vou atendida por Anahi. Mas não uma Anahi como aquela que havia encontrado da última vez. Se deparou com a imagem de uma mulher com um coque mal feito na cabeça, vestida de moletom e com o rosto inchado de tanto chorar.

Dulce entrou sem ao menos ser convidada. Logo chegou a sala e começou a conversa.

     — O que aconteceu? Pode me explicar?

     — Obrigada por vir.
(Anahi não levantou o rosto para encara-lá)

    — Anahí, tenho certeza que não me ligou sem motivo. Larguei tudo na capital. Meu filho, meu namorado. Então por favor me fala o que tá acontecendo.

     — Eu estou doente.

Dulce caiu sentada no sofá.

     — Descobri que estou com câncer no rim.

     — Como assim Anahi?

     — Já faz um tempo que eu estava ficando bem cansada, uma dor no fundo das costas e tava perdendo peso rápido. Porém não me toquei quebradeira ser alguma doença. Apenas achei que tudo isso era consequência da minha rotina. Trabalhar na loja do Poncho, cuidar do Lucas e também cuidar do Poncho.

     — E como foi isso Anahi?

     — Faz pouco tempo que reparei que estava saindo um pouco de sangue no meu xixi. Achei esquisito. Por isso isso fui no médico e ele passou uma bateria de exames. Quando retornei ele me explicou tudo. Disse que não está no começo, mas também não está tão sério.

     — Meu Deus do céu.

     — E minha rotina é uma loucura, deixei passar todos os detalhes. Cuidar do Lucas já é cansativo. Imagina como é cuidar de um paraplégico que tem dias que não se ajuda de jeito nenhum. De certa forma são duas pessoas que dependem de mim pra quase tudo.

     — Sei que é um assunto delicado e você pode não responder se quiser. Mas gostaria de saber como foi o acidente do Poncho.

     — Vou falar. Porém por favor não me julgue por continuar com ele.

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