Capítulo 26

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A convivência entre Dulce e a mãe era uma eterna incógnita. Trocavam indiretas em alguns momentos e o silêncio predominava em outros.

Dulce já estava de saco cheio de tudo aquilo, queria voltar pra capital, retomar sua rotina, cuidar do filho e viver sua vida assim como havia feito nesse tempo em que se passou.

Já com algumas ideias em mente resolveu ir a um restaurante pra tentar desopilar um pouco e beber um bom vinho. Na capital ela havia pegado o costume de visitar restaurantes sozinha pois aprendeu que ela própria era sua melhor companhia.

Chegando no restaurante, logo começou a reparar bem no local. Tinha aparência que havia sido inaugurado a pouco tempo, o estilo era bem moderno mas ao mesmo tempo minimalista, fora que o ambiente era bem aconchegante.

Sendo guiada pelo Maître, Dulce logo foi acomodada em uma mesa que tinha uma bela vista para a rua de fora. Pegando o cardápio ficou surpresa ao olhar que grande parte dos pratos eram italianos e que a cartela de vinho era muito boa e num preço razoável.

Assim logo foi pedindo um vinho e a entrada. Quando a entrada chegou ficou chocada com o sabor. Aquele restaurante sem dúvidas alguma ganhava de vários restaurantes que ela já havia frequentado na capital.

Enquanto degustava a comida e o vinho, começou a pensar e a refletir sobre tudo o que havia acontecido na sua vida desde que foi embora de Monterrey. Faculdade,
Josy,Emily,Brendon,Gustavo e entre outras coisas. Podia notar o quanto a vida mudou e ela também. Ela havia se tornado uma mulher forte, corajosa, e que muitos advogados não tinham coragem de enfrentá-la no tribunal.

Realmente ela não tinha do que reclamar na vida profissional e muito menos na financeira. Porém na pessoal haviam cicatrizes que mesmo com o tempo não fecharam-se por completo. Mas Gustavo e Brendon realmente chegaram para somar na sua vida.

Ainda distraída em seus pensamentos começou a pensar na possibilidade de voltar a se relacionar mais seriamente com alguém, Brendon lógico seria sua primeira opção. A afinidade, o carinho e a confiança que haviam desenvolvido durante todo o tempo que estavam juntos era algo a se admirar. Lógico que teriam que conversar mais seriamente sobre isso, pois Brendon de certa forma também trazia uma bagagem e depois de tudo o que ocorreu não havia tido relacionamentos com ninguém.

Durante as voltas e voltas que os pensamentos davam em sua cabeça logo Dulce sentiu-se sendo beijada na bochecha. Assim despertou do transe e viu que quem havia a beijado era nada mais nada menos que Lucas. Aquele garoto era a prova viva da noite em que mais sofreu e ficou chateada. Porém ela era consciente que ele não tinha culpa de nada o que havia acontecido, então não teria motivos para tratá-lo mal.

    — Oi lindo! Como você está? Não venha me dizer que está perdido de novo.

O menino sorriu e ali Dulce pode reconhecer que aquele sorriso era igual ao de Anahi.

    — Oi tia. Vi a senhora aqui e vim falar com a senhora. Não estou perdido não. Aqui é o restaurante do meu dindo e meus pais também estão aqui. Uma vez na semana a gente sempre vem aqui. Mamãe disse que é o dia de descanso dela.

     — Que legal meu bem. Será se pode me levar até a mesa em que estão?

     — Posso sim. Vem comigo.

Assim Lucas pegou na mão de Dulce e a levou até a mesa onde estava os pais e o padrinho. Mal o garoto sabia quanto sentimentos e mágoas estavam envolvidas naquele quarteto.

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