Capítulo 75

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4 meses haviam se passado.

Christopher mantinha certo contato com Dulce,ligava, perguntava se ela e o bebê estavam bem e apenas isso. Dulce no começo insistia para ele se posicionar ou saia de cima do muro ou deixava ela de mão.

Porém Christopher apenas falava para ela ter paciência e que em breve as coisas iriam se acertar. Brendon e Beatriz namoravam a 3 meses e estavam bem felizes. Beatriz estava quase morando na casa do moreno por ser bem mais perto do hospital em que ela trabalhava e Gustavo amava quando ela estava por lá. Brendon nunca podia sequer imaginar que  Gustavo e Beatriz fossem se dar tão bem, e ficava cada vez mais feliz por ter escolhido a pessoa certa para o resto da sua vida.

Enquanto tudo isso acontecia Dona Blanca aos poucos estava seguindo sua vida. Ia cada vez menos para Monterrey e estava amando conviver mais com a filha e os netos, até considerava Brendon e Beatriz como se fosse filhos. Dona Blanca estava fazendo parte de alguns grupos de leitura e costura. E com essa rotina acabou conhecendo Marcos um homem mais ou menos da idade dela, viúvo e sem filhos. Dulce no início foi bem resistente ao novo relacionamento da mãe, porém não queria que a mesma passasse a velhice sozinha e aos poucos foi entendendo que Marcos nunca iria tomar o lugar de seu pai e foi o aceitando aos poucos.

Gustavo havia ficado sabendo do irmão ou irmã a poucos dias, ainda estava meio receoso porém até que estava digerido e aceitando bem a situação, pediu para Dulce para que toda vez que fosse ao médico o levasse para que assim pudesse conhecer o irmão(a).

    — Gustavo pelo amor de Deus tenha paciência. Já vamos ser atendidos pela médica.

     — Desculpe papai. Estou ansioso para conhecer meu irmão. Por que eu tenho certeza que será homem.

     — Pois eu já acho que não viu Gus. Acho que será uma menina e que ela será a cara da sua mãe. O que acha morena?

     — No tanto que venha bem e com saúde o sexo não importa.

     — Verdade Dul.

     — Senhorita Dulce Maria Espinosa Saviñon, a Dra. Bittencourt já está lhe aguardado no consultório.

     — Tá certo. Obrigada.

     — Já chegou a hora galerinha. Vamos descobrir o sexo do bebê. (Falou Brendon)

Assim seguiram o caminho para o consultório da doutora. Porém no meio do caminho Dulce começou a escutar uma voz a chamando e logo se virou, ficou surpresa e estática ao ver que era Christopher a chamando e que ele estava lá. Ao vivo e em cores na frente dela.

     — Christopher? O que faz aqui?

     — Vim para a consulta do bebê. Podemos entrar?

     — Como você me aparece assim do nada?

     — Prometo para você Dulce que irei contar cada detalhe desde o dia que você foi embora de Monterrey até hoje. Agora por favor vamos entrar. A  doutora já deve estar esperando.

Chegando na porta do consultório com a porta ainda aberta Christopher indagou.

     — Agora Brendon por favor deixe que esse momento seja vivido apenas por mim , pela Dulce e pelo Gus.

     — Aí é que você se engana amigão. Esse momento é mais meu do que seu. Eu quem fui atrás do desejos da Dulce, eu segurei o cabelo dela enquanto ela estava debruçada no vaso vomitando, eu vim em todas as consultas e por incrível que pareça eu dei a primeira roupinha. Então não. Não posso deixar de presenciar esse momento. Por que até agora eu já fui mais pai desse bebê do que você.

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