11: Corrida

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Quatro dias depois

As mortes continuaram a acontecer, alguns turistas curiosos ficavam andando pela ilha, procurando a marca dos Bunny em alguma árvore, muro ou até no céu. Quem sou eu para impedi-los, eu tive muito mais coisas para me preocupar como agradar a minha esposa e evitar que ela visse os corpos. Além disso continuei a treinar para ganhar do Matt na competição, também tinha a menstruação de Emma que já estava atrasada há dois dias.

— Você promete que não vai ficar olhando para trás, caso alguém tente te derrubar? — Emma está com a cabeça deitada na minha coxa, enquanto olhamos para as grandes rochas que formavam um coração entre elas, o nascer do sol fazia com que as cores vermelho e laranja o colorisse.

— Eu prometo, se você prometer que não vai ficar preocupada. O seu ciclo menstrual pode ter sido interrompido por isso, as possibilidades de uma mulher não menstruar com cinco dias de gravidez são bem pequenas.

— Você deve ter razão.

— Vou sentir saudade quando você for para o sudeste.

— Não vem com esses discursos melancólicos, é um voo de três horas.

— Você sabe quebrar um clima romântico. Vamos, tenho que estar na pista às oito e antes de competir, preciso malhar um pouco.

— Vamos, porque senão o rato de academia que habita dentro de você vai acabar te comendo de dentro para fora.

 Emma levantou e foi andando em direção ao Audi estacionado na clareira.

Emma mostra a língua para mim, enquanto se dirige para o seu lugar na arquibancada, segurando um balde grande de pipoca e um copo de refrigerante

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Emma mostra a língua para mim, enquanto se dirige para o seu lugar na arquibancada, segurando um balde grande de pipoca e um copo de refrigerante. Mando um beijo para ela e fecho a viseira. Eu seria o primeiro junto com Matt, meu coração palpita com força. Inspiro com força e expiro suavemente.

Direciono o meu olhar para Matt e ele mantém sua atenção na pista. Ligo o motor da Ducati, que ruge alto. A contagem  regressiva começa e as pessoas na arquibancada, gritam a numeração no painel.

— Três, dois, um.

Deixei que Matt tomasse a dianteira, durantes os zig zag, mas quando chego na reta acelero, passando por ele a mais de 280km/h. Nos poucos segundos que eu passava perto das arquibancadas, consigo escutar as pessoas vibrando, mas meus ouvidos sempre ficavam atentos aos gritos de alegria da minha esposa em meio à multidão.

Completei a segunda volta e reduzi a velocidade para fazer os zig zag. Eu consegui escutar o motor da moto de Matt se aproximando e as lembranças do dia do acidente me vieram à tona, me fazendo sair da pista de corrida por um instante.

Acelero a moto, fazendo com que o pneu traseiro jogasse terra para cima. Quando retorno a pista, Matt está a poucos metros de mim, de longe consigo ver a minha garota em pé, segurando seu balde de pipoca tamanho família. Acelero a moto e o motor ruge alto. Matt estava na minha frente, era questão de eu acelerar a concentração e bater na muralha, ou simplesmente eu esbarrar nele.

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