3: Chocolate do Orgasmo

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As cores alaranjadas e vermelhas brilham em meio aos coqueiros. Entramos para casa e ela está sendo coberta pelas cores do lado de fora. Emma subiu para o terceiro andar para tomar banho e depois jantar no restaurante principal.

Sigo para o meu quarto, esperando que um bom banho de água fria me ajude a reduzir a ereção pertinente que me persegue desde que sai para a trilha. A água gelada causa a reação que eu desejava, mas durou só até eu encontrar Emma vestindo um lindo vestido azul claro, que marca cada uma das suas curvas.

— Estava pensando em ir à doceria antes do jantar, quer me acompanhar? Acredito que perderia o jantar, mas acho que posso dividir um pouco do meu jantar com você.

— Não quero incomodar você.

— Não é incômodo. Também preciso de alguém que me impeça de comer todas as barras de chocolate.

Caminhamos um ao lado do outro até o estacionamento. Algum hóspedes chegam dos seus passeios e outros saem para ver as belezas noturnas da ilha. Quando Emma vai para o outro lado do carro para entrar na porta do passageiro, arrumo meu pau dentro da cueca para conseguir disfarçar melhor dessa vez.

Entro na BMW e dou partida e a música Chantaje soa pelos alto-falantes.  A ida até o outro lado da ilha foi silenciosa entre nós dois, deixando apenas a música preencher o pequeno espaço dentro do carro.

O vento sopra as palmeiras com força e agressividade desse lado da ilha. A maresia queima as pontas das folhas, corroendo as grandes rochas que cercam o pequeno vilarejo. A baixa iluminação oferecida pelas tochas são o suficiente para não tropeçar nas pedras das ruas.

— Por que aqui não tem energia elétrica, como nas outras partes da ilha? — Emma passa sua mão pelas paredes de pedras.

— As pessoas daqui vivem do que a natureza oferece. Eles se instalaram aqui por causa das nascentes quentes, no pouco tempo que a ilha fica fria, a água daqui permanece quente.

— Por isso que me disse que aqui tem os melhores chocolates, por eles fazerem tudo à moda antiga?

— As comidas feitas na moda antiga são as melhores.

Paramos em frente a doceria e eu abri a porta para Emma entrar. O cheiro de chocolate recém feito dominava o pequeno e aconchegante estabelecimento. Frederik apareceu segurando duas caixas grandes, ajudei o senhor com as caixas de chocolate e as coloquei em cima da mesa, junto as outras.

— Essas são as barras que pediu. — O senhor de cabelos grisalho foi para trás do balcão de mármore e cortou dois pedaços da barra de chocolate. — Como você pediu, essência de baunilha e castanhas de caju triturada.

Ele entregou os pedaços do chocolate para mim e para Emma. O gosto da baunilha e da castanha, misturadas com o sabor verdadeiro do cacau, era capaz de me levar a um orgasmo intenso. Olho para Emma e ela estava chupando o dedo, meu sangue desceu completamente para o meu pau.

— Está maravilhoso, Frederik. As crianças vão amar essa combinação de sabores. — Olhei para Emma. — Minha hóspede está querendo comprar alguns doces. Enquanto isso, vou levar os chocolate para o carro.

— Então bela moça, como esse velho aqui, pode te ajudar?

— Posso ver as especialidades da casa?

Deixo os dois conversando e carrego as caixas até o carro. Os poucos habitantes que moravam no vilarejo viviam de forma tranquila e recatada. Cumprimento as pessoas que cruzam no meio do caminho. Deixo as caixas no porta-malas e volto para a doceria. Quando estou chegando, Emma sai pela porta segurando duas sacolas biodegradáveis.

— Agora, você vai experimentar a melhor comida região.

— Pensei que íamos jantar na sua casa.

— Tenho que fazer a compra do mês ainda.

Eu estava mentindo descaradamente, pois a minha dispensa está completa e a geladeira cheia, mas só de pensar em ter que ficar a poucos metros de distância de Emma, em um lugar onde ninguém podia nos ver, me faz sonhar acordado com o seu corpo suado embaixo do meu. A colocaria com um pé na bancada e o outro no chão, junto com as mãos. Se os seus personagens conseguiam fazer isso, eu também consigo. Mas tenho que deixar a sua boceta longe do meu pau nervoso. Paramos em frente ao restaurante e a maioria das mesas estavam ocupadas.

— Parece que as pessoas também gostam de comida caseira.

Abri a porta e me  arredei para o lado, deixando Emma passar. As diversas velas espalhas pelo local ajudam as pessoas a enxergar o que está comendo, mas com a baixa iluminação, os sentidos do olfato e do paladar ficam mais apurados fazendo com que os clientes possam ter uma experiencia gastronômica inesquecível.

Somos guiados até uma mesa no canto do estabelecimento e sinto o cheiro das velas aromatizadas com baunilha e alecrim. Um dos garçons cita os pratos da noite e fazemos nossas escolhas. Emma ficou com ensopado de cordeiro e eu escolhi o bolo de carne de pavão.

— Eu sei que essa pergunta é boba, mas a farei de todo jeito. Como sabia que eu era uma escritora?

— Faço uma pesquisa rápida sobre os meus hóspedes, mas com a tempestade de ontem, tive que me aprofundar na minha pesquisa sobre você, então descobri que você era escritora de alguns dos livros da minha biblioteca.

— Então você já leu algo que escrevi? — Ela se afasta um pouco da mesa para o garçom colocar seu prato.

— Foi interessante ver como seus personagens conseguem foder de formas tão inusitadas. — Seu rosto começou a ficar vermelho à medida que eu sussurrava as palavras e as minhas mãos massageavam a sua coxa, por baixo da mesa.

— Seria bom experimentar algumas dessas posições com a escritora delas.

— Luther, acho que isso não é nem um pouco profissional. — Ela abriu as pernas tentando tirar a minha mão da sua coxa, mas me deu mais liberdade. Uma pena que sua  boceta estava longe para que eu conseguisse sentir como ela era.

— As coisas não são feitas para ser profissionais e sim para serem prazerosas. Como o chocolate que o Frederik fez para os ovos de Páscoa. — Distanciei a minha mão da sua coxa. — Seria uma boa ideia se fizermos a cena do primeiro livro físico que você lançou.

— Não me lembro dessa cena.

— Vou te lembrar. Eu pegaria um pedaço do chocolate e deixaria ele derreter sobre sua pele branca. Depois limparia cada centímetro com a minha língua, onde o meu destino seria a sua.. — cortei a frase e voltei a comer, como se essa conversa não existisse.

— Você é ótimo em se lembrar de detalhes tão pequenos.

— Mas bem excitantes, não acha? Senhorita Leoni.

O restante do jantar foi silencioso, com apenas trocas de olhares entre nós. A volta para a casa se tornou o jogo de olhar mais interessante, o cheiro da feminilidade de Emma me deixa cada vez mais excitado.

Faço o descarregamento das caixas de chocolate e peguei uma barra para levar para o meu quarto. Subo até o terceiro andar e procuro por Emma, passo pela porta do quarto e a vejo deitada na cama, lendo o livro capaz de matar só com uma pancada.

— Eu entraria, mas tenho medo de que me mate com esse livro e toda esse belo — passo mão pelo meu abdômen exposto — morra junto comigo.

— Você se parece com o Erick, o personagem que você citou. — O edredom cai para o seu colo quando ela se senta na cama, mostrando seus fartos seios dentro do Baby Doll de seda.

— Eu posso fazer tudo que ele faz e até melhor.

A deixo sozinha e desço para o meu quarto. O ar-condicionado faz com que a casa permaneça em um clima agradável e fresco, diferente das altas temperaturas do lado de fora.

Me jogo no colchão macio, sentindo o meu corpo se afundar. Encarei a paisagem do lado de fora, as duas enormes janelas são o suficiente para que a claridade da lua entre no quarto e banhe a minha cama.

Fecho os olhos e tento me concentrar em qualquer coisa que não seja o corpo de Emma. Em como seria ela cavalgando no meu pau a noite inteira, como seria ter seu corpo suado embaixo de mim.

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