Quando acordou seus olhos haviam sido ofuscados por tamanha luz, levou suas mãos até os olhos com desconforto. Deixou que seus olhos se acostumassem com a luz.
Ela abriu os olhos e um cavalo preto com crinas brancas a encarava.
"Onde estou? O que aconteceu?" pensou a jovem de cabelos brancos deitada na floresta. "Eu morri, não? devo estar em tártaro? Não, não pode ser tártaro, tártaro não é verdejante ou florido. Deve ser os campos elísios. Mas eu sou uma assassina o que faço aqui? Hádes errou com suas responsabilidades de novo? Lembro-me de ter matado Némesis, entretanto, eu também morri. Ah, minha cabeça como dói."
Diana sentou-se tentando saber aonde estava. Porém, a voz de Ceridwen ressoou em sua cabeça "além de ser uma espada lendária para matar deuses, ela também é mágica devido a quantidade de mana que possuí. A árvore sagrada faz parte dela"
— Ceridwen disse que era uma espada mágica. Será que... Erbos... será que eu revivi? - questionou a guerreira recebendo um relinchado em troca.
Algo naquele dia parecia familiar, porém o quê? Ela não sabia dizer. Pegou seu cavalo e partiu para a aldeia mais próxima. Lá pediu uma bebida forte para o taverneiro, todos pareciam felizes, pois o rei de Corinto iria comemorar o décimo sétimo aniversário de sua primogênita. Diana se engasgou.
- O que disse? - segurou pela gola do homem que não entendeu a reação da mulher.
- Sim, você não sabia? O Rei Polônio irá comemorar o aniversário da sua primogênita, ela fará 17 primaveras hoje. E todos poderemos comemorar, é um dia muito especial. - ela soltou aquele homem e começava a encaixar as peças.
Deixou os dinares e saiu correndo da taverna até Erbos, começou a cavalgar.
- Eu não acredito, eu revivi e voltei uma primavera! - cavalgava rapidamente - isso quer dizer que Némesis está a solta! Valquíria ainda faz parte do plano dele. Erbos, precisamos encontrar Argalad, a duas únicas vantagens que eu tenho são: a sabedoria e o tempo. Eu tenho mais uma primavera para salvar à todos!
Diana olhou uma última vez para a estrada que levava até o reino de Corinto, sabia que Sapphire estava ali, sã e salva.
- Eu vou voltar para você, só me espere, princesa! - a vontade de voltar era imensa, mas se Diana estivesse certa, daqui a uma primavera ela tinha que voltar para as terras de Corinto e salvar o rapto de Sapphire que ocorreria. Precisava se apressar.
Lembrava que o druida era uma pessoa viajante e durante suas aventuras gostava de contar histórias, estas que Diana ouvia por onde ele tinha passado e lembrava exatamente onde o druida estaria a uma primavera atrás.
XXX
Nas mais antigas e remotas paisagens, Argalad subia um monte enorme, lá na velha muralha ele deveria encontrar a paz e equilíbrio para se recluir durante algum tempo e aprender a dominar sua visão. Quando chegou no topo daquele lugar, fez um fogueira para se aquecer, havia tirado um pão um pouco duro, um pouco de cenoura, batata e ervas. Juntou todos os ingredientes e aqueceu em um antigo recipiente de ferro que costumava ter. Aquela sopa com um pão adormecido fora sua janta. Começou ouvir barulhos de passos e se assustou, indagando quem estaria aí.
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As aventuras de Diana
AventureA lenda dos deuses antigos serão mostradas pela visão de duas mulheres que se reuniram ao acaso, Sapphire, uma jovem princesa do reino de Corinto e Diana, uma guerreira com um passado marcado por dor, ódio e vingança se conhecem. As duas terão seus...