One Shots - Drarry

(C.N.D.) Uma confissão de amor

Olá!
Bom, não vou demorar muito com as  notas iniciais...

Essa é um texto feito com a narrativa em primeira pessoa, contada por um membro de um casal não determinado (C.N.D.), onde um dos personagens é apresentado com pronomes masculinos.

Nesse capítulo eu deixo para vocês a missão de escolher sobre quem se trata. Independentemente de se você escolher ler como Drarry, Wolfstar, Jilly, Starchase/Jegulous, Hinny, Romione, etc, terá o mesmo efeito.

Eu espero que você aproveite desse texto tanto quanto eu ao escrevê-lo!

Boa leitura ;)

— Bonnie ☾︎

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Os lábios dele desceram pela minha pele, mordiscando-a como uma forma de tortura. Merlin, ele era tão lindo. Odiava cada maldita parte dele que fazia o meu coração disparar, desde os seus sorrisos bobos, até os seus dedos que se fechavam em torno da minha cintura.

Sempre tinha ouvido que homens desse tipo são como um pecado... E que pecado. Eu não conseguia nem mesmo me lembrar de quem tinham sido essas palavras quando ele pressionou sua boca contra a minha, em um beijo lento que eu tinha certeza que jamais me enjoaria de experimentar. Seus olhos eram tudo o que eu conseguia encarar, e o coração acelerado em seu peito, a minha única garantia de que ele era real e não apenas um sonho. Afinal, um ser tão perfeito quanto ele não deveria existir, nem muito menos pertencer à alguém como eu.

Sabia que não importava o tempo que passasse, meu próprio coração jamais se acostumaria com a sensação que era ter ele para mim, única e completamente. Eu era dele também, e quando estávamos juntos, isso era tudo o que realmente importava para nós.

Seu cheiro, sua aparência, o gosto do seu beijo, a sensação de ter sua mão contra a minha. Tinha certeza de que esse era o verdadeiro significado de amor, sempre fazendo com que eu me perguntasse, como que os poetas possuíam conhecimento sobre tal sentimento, se a primeira e única versão física do mais poderoso e puro dos sentimentos era apenas o meu mundo, e não o deles. Jamais poderia compreender como eles escreviam sobre um verdadeiro anjo na terra se jamais haviam visto a forma como seus lindos olhos brilhavam quando eu o fazia rir. Não poderiam afinal dizer coisas tão belas, enquanto aquela obra de arte era exclusivamente minha. Porque ele era.

Cada fibra do meu ser respondia aos seus chamados silenciosos mesmo quando não estávamos próximos, e eu o amaria a cada instante da minha vida por isso. Por nos conhecermos tão bem ao ponto de palavras terem se tornado tão frívolas e superficiais, que lhes substituímos por toques e olhares.

Ai, Merlin, como eu o amava quando ele deitava do meu lado na cama, daquele exata maneira que fazia seus cabelos caírem um pouco na frente do seu rosto. Quando ele prestava tanta atenção em mim que me levava a corar e sentir como se eu fosse a criatura mais especial do universo. Ele me amava. E eu agora podia enxergar essa verdade em cada partezinha da imensidão que eram seus olhos sonolentos, que mesmo depois de toda a agitação que enchiam os nosso dias, se esforçavam em permanecer despertos para me observarem até que a exaustão falasse mais alto que o nosso amor.

Sem temor algum, eu abriria mão de tudo para ter ele ali comigo para sempre, e sempre, e sempre. Eternamente. Sabendo que ele faria o mesmo por nós.

Quando ele me abraçou antes de dormir naquela noite, e na manhã seguinte, quando a primeira coisa que minha consciência reconheceu foram seus braços ainda em volta de mim... Sim. Ele era o meu pequeno mundinho.

O sorriso bobo que ele me ofereceu, logo seguido pelo seu "Bom dia, amor" com a voz ainda meio rouca, eram a melhor parte de tudo isso. O beijo na testa que ele me dava sempre, antes de levantar para tomar seu banho matinal, me rendiam  borboletas no estômago mesmo que já fosse quase que uma rotina. E sempre é sobre isso que relacionamentos se tratam.

São aqueles pequenos detalhes que fazem a diferença para nós. São as brigas bobas que são resolvidas com abraços e pedidos exagerados de desculpas, as brincadeiras e piadas internas, ou aquelas palavras que têm um significado apenas para vocês.

Nossos dedos entrelaçados sob a mesa como se fosse um tipo de segredo que deveria ser guardado, ou a adrenalina dos beijos roubados durante as trocas de aulas sempre que nos encontrávamos pelos corredores do castelo... Eram esses os favoritos dele.

Eu amei o conhecer. E independente das complicações que tivemos no caminho, eu faria tudo novamente, quantas vezes fossem necessárias, para chegarmos até o momento em que escolhemos finalmente dizer "sim" para os sentimentos nada simples, que desde o início foram mútuos entre nós.

Eu agora tinha o amor ao alcance de um beijo, e para sempre me orgulharei de não ter deixado ele escapar.

Recomendo a todos que chegaram até aqui com a leitura dessa confissão de amor, que tenham coragem de fazer o mesmo.