One Shots - Drarry

(PARTE 2) Você, e apenas você

- Um toque,
um beijo,
um grito preso.

Desejo.

꧁Introdução꧂

Dias de chuva sempre foram no mínimo reconfortantes. Para alguns são exatamente como poemas, aqueles formados por palavras que são sentidas em nossos corações a cada verso que percorremos com nossos olhos. É interessante como palavras podem nos desestabilizar tanto quanto um dia chuvoso... Pode soar como a mais harmônica das sinfonias e nos trazer uma paz imensurável, mas também pode ser uma tempestade, que soa como a própria destruição das mais belas coisas, sendo esses dias de chuva que faz a maioria querer fugir.

Porém, para os que leem essa história... Minhas primeiras palavras não se dizem sobre dias chuvosos propriamente ditos, mas sim sobre algo muito maior que tudo isso. Falo sobre sentimentos. Os mesmos sentimentos que os dois jovens que protagonizam a nossa história conseguiam sentir em relação ao outro.

Nenhum dos dois conseguiam dizer o que era.

Potter e Malfoy não achavam que existisse um nome para aquele sentimento que lhes parecia mais com um dia de chuva, poético e com capacidades destrutivas.

*

Fazia frio, no entanto, não é como se o diretor ligasse. Ele adorava aquele clima.

O homem estava de pé, bem no centro do Salão Principal da escola - vazio naquele horário por ser fim de semana. Dumbledore não se assustou quando o silêncio foi quebrado por passos apressados e pesados. Não foi nenhum aluno que se aproximou, mas sim professores.

A surpresa nos rostos de Snape, McGonagall e Lupin foi imediata quando seus olhos se fixaram no mesmo ponto para o qual o diretor se dedicava a olhar. A surpresa ao verem as ampulhetas das casas, Grifinória e Sonserina, completamente enlouquecidas.

"Em nome de Merlin..." a professora foi a primeira a falar, observando horrorizada com a mão apoiada no ombro do homem, de vestes já gastas pelo uso, de pé ao seu lado; esse que apesar de ter causado muitas confusões na sua época de escola, ainda assim se mostrava surpreso pelo nível que presenciava naquele momento. "Albus, mas o que está acontecendo?"

Minerva McGonagall sempre se perguntava o motivo pelo qual mesmo depois de anos conhecendo o brilhante homem diante dela, um dos nomes mais relevantes dentro da comunidade bruxa, ela continuava esperando por uma reação que uma pessoa normal teria diante de certas situações... Mas Dumbledore nunca pôde ser considerado alguém "normal", então obviamente a mulher sempre se frustrava em relação à isso.

"Nunca vi um feitiço tão bom quanto este, Minerva, estou surpreso com o quão bem funcionou." Dumbledore parecia mesmo realizado "Foi obra sua, Remus? Sempre foi brilhante com esse tipo de coisa, meu rapaz! Devo lhe parabenizar."

"Sim..." Remus disse ainda mirando as ampulhetas com as sobrancelhas franzidas "Realmente é um bom feitiço, porém, devo dar todo o crédito da invenção dele para Sirius, senhor."

"Ora! Sirius sempre foi um arteiro, mas era tão genial quanto James quando se tratava de magia, se lembra Minerva?"

A mulher bufou.

"Sim, Albus, eu me lembro. Podemos agora por favor nos focar no que está acontecendo com os nossos alunos?"

O terceiro professor presente, aquele de vestes pretas e cara amarrada se virou para os demais presentes no salão.