41. Fora das Sombras

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20 de janeiro de 2012

Como sombras eclipsando até mesmo as cores mais vibrantes, a maldição manteve Draco sob seu controle.

Bochechas brancas acinzentadas emolduravam lábios pálidos. Sua testa estava fria ao toque.

Teimosa ao extremo, Hermione se recusou a desistir da luta.

Ela o seguiu até a beira da escuridão, convocou sua força e o arrastou de volta.

O sangue pintou uma obra-prima abstrata no chão.

Linhas e manchas — pequenas, grandes e de vários tamanhos — se uniram para contar a história da noite que ainda não havia terminado.

O retrato inacabado da dor de Draco manchou os sentidos de Hermione.

Todas prenderam a respiração.

O tempo passou em uma sequência interminável de segundos sufocantes enquanto elas esperavam que a maldição parasse de se alimentar da carne de Draco, apodrecendo seus músculos e derretendo seus ossos.

Quando isso aconteceu, Susana sacudiu.

"Funcionou!" Padma relaxou de alívio. "Você estava certa, Hermione."

O nó em seu estômago afrouxou ligeiramente.

"Precisamos movê-lo, de preferência para St. Mungus, agora que ele está estável o suficiente." Susana levantou-se. "Todos os meus livros estão lá e não precisamos de interrupções."

"Não haverá espaço." Dado tudo o que Hermione tinha visto antes de escapar, o hospital seria invadido. "Talvez eu possa converter meu escritório em..." Sua mente foi para o menino dormindo no sofá que eles teriam que passar. "Scor—"

"Dino o levou para cima." Dafne estava parada na porta, seus olhos em Draco. "E-ele ainda está dormindo."

"Você pode—"

"Claro." Dafne recuperou a compostura. "Todos nós vamos ficar com ele e Narcisa pelo tempo que for preciso. Você apenas se concentra em Draco."

Hermione cuidadosamente colocou Draco de lado na cama improvisada em seu antigo escritório enquanto Padma colocava um feitiço silenciador para mitigar qualquer interrupção.

Susana abriu o livro de feitiços e folheou para a página certa, preenchendo o silêncio forçado.

"O processo de reversão leva cinco feitiços. Ele já passou por isso antes, mas ainda é perigoso. Precisaremos monitorar tudo. Os sinais vitais devem nos alertar de qualquer problema, mas o momento tem que ser preciso — até o segundo — ou a contra-maldição não funcionará."

"Ok." Hermione suspirou. "Pronta quando você estiver."

Susana conjurou uma ampulheta, e Padma acenou com sua varinha para melhorar os sinais vitais de Draco, estudando a prova de vida nas linhas tênues do pergaminho.

Então as duas olharam para ela.

A ampulheta incorporava o tempo, o lembrete sempre presente da mortalidade do homem.

"Sinais vitais estão estáveis."

Um grão equivalia a um segundo. Uma curva marcou o início de uma nova hora.

"Susana, vá em frente e comece."

O tempo era tão finito quanto as areias da ampulheta.

Assim como a paciência de Hermione.

Measure of a Man | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora