Stay And Love Me, Save Me - MinSung (REESCREVENDO)

46 | Seu Corpo É Uma Arte Para Apreciar, Não Apenas Devorar.

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...

O ano mal tinha começado, e já se encontrava no meio de janeiro. O tempo realmente passa muito rápido, parecia escorrer pelas mãos como areia fina e os dias passavam tão rapidamente, como um piscar de olhos. Quando menos se espera, o tempo já tem se esvaído, e assim se percebe que as coisas mudaram. O que antes era familiar já não era mais o mesmo. Algo havia crescido, algo havia se perdido, algo novo surgira enquanto algo morria. O passado ficava para trás, e o tão temido tempo continuava a avançar, sem parar.

Em meio a bagunça, Jisung estava à beira de um colapso. A casa estava um caos, cheia de caixas espalhadas por todo lado. Finalmente tinha encontrado o lugar perfeito para morar e estava ansioso para mudar logo. Mas havia uma grande dificuldade no prédio, animais de estimação eram proibidos, e Jisung estava fazendo um trabalho incrível em esconder o pequeno Lino. Ele olhou para a bagunça ao seu redor e choramingou. Tantas coisas para organizar, tanto para levar, queria deixar muita coisa para trás, mas não podia.

Enquanto estava concentrado em enfiar roupas na primeira caixa que encontrava, Jisung não percebeu que alguém tinha chegado. Ele jogava as peças de qualquer jeito, sem paciência para dobrar ou organizar. Estava guardando tudo do seu jeito bagunceiro.

— Do jeito que você está fazendo, vai ocupar mais espaço. — Minho falou, colocando mais caixas vazias no chão com um suspiro e indo até Jisung. Ele olhou para as roupas jogadas de forma caótica e fez uma careta. — Deixa que eu dobro suas roupas.

— É incrível como minhas roupas se multiplicaram. Não me lembrava de ter tanta coisa assim. — Jisung comentou, entregando uma camisa amassada para Minho com uma expressão de leve frustração. — Acho que metade disso é seu, na verdade... quer dizer, já foi seu. Agora é meu.

— Talvez metade... — Minho sorriu, pegando a camisa que antes era sua e começando a dobrá-la com um cuidado quase meticuloso. — Pode deixar isso comigo, só pega seus produtos de beleza. Você tem tantos que nem sei onde começa. — ele disse, olhando para as outras roupas espalhadas com uma expressão divertida. Ele ia dobrando tudo com uma habilidade surpreendente.

— Obrigado, eu realmente odeio dobrar roupas. — Jisung agradeceu, seu tom leve, mas com um toque de carinho na voz. E como prova da sua gratidão deu um beijo rápido na bochecha de Minho.

O beijo foi simples, mas foi o suficiente para Minho sorrir com afeto. Porque os beijos de Jisung sempre despertavam algo lindo em Minho.

E a casa, embora em caos, parecia um pouco mais arrumada só pela presença de Minho, que com sua calma, ajudava Jisung a enfrentar aquela tarefa angustiante de fazer uma grande mudança.

Jisung saiu do quarto em direção ao banheiro para buscar os produtos que ainda estavam lá, que eram muitos. Enquanto isso, Minho trabalhava com rapidez, já acostumado com a rotina de arrumar as coisas de Jisung. Ele dobrava as roupas, separando-as com eficiência, e caminhava até o guarda-roupa para pegar mais peças de roupa.

O apartamento era propriedade de Jisung, ele havia comprado o lugar anos atrás quando chegou no país. Agora, porém, não sabia ao certo o que fazer com ele. A única decisão clara era que não levaria os móveis, apenas suas coisas pessoais.

Enquanto retirava as roupas restantes do guarda-roupa, Minho parou de repente. Entre os cabides vazios e as gavetas já esvaziadas, seus dedos encontraram algo inesperado, uma pequena caixinha de madeira, esquecida no fundo de uma das prateleiras. Ele a segurou por um momento, franzindo o cenho. Algo sobre aquele objeto parecia carregar um peso que ia além de seu tamanho pequeno.