No princípio, existia apenas o Caos, vazio primordial, vale profundo, espaço incomensurável, matéria eterna, informe, rudimentar, mas dotada de energia prolífica que precedeu toda a existência.
Não havia luz e também as trevas não existiam. Era o nada, o vazio total. Nele o Grande Espírito existia sem consciência de sua própria existência.
Não havia o tempo, não havia o amor, não havia nada. Mas a não-consciência do Grande Espírito não impedia sua existência, mergulhada em sono eterno, sono que pulsava em cadências de expansão e recolhimento. E este movimento milenar, chamado Demiurgo, começou a organizar o Caos em ondas de energia. E passou a existir a consciência dessa energia.
No Caos, no nada, o Grande Espírito conheceu sua própria existência. E sentiu o impulso de projetar-se pelo espaço infinito, de abrir suas imensas asas e limitar nelas o universo então vazio. E começou a vibrar. À medida que se expandia através do Caos, ia deixando impressa a possibilidade da existência. A consciência da existência fez vibrar o Caos com intenção.
O Caos vivia sozinho em um espaço completamente vazio e nada existia a seu redor. Não havia nem o sol, nem a luz, nem o céu, nem a terra. A única coisa que existia em algum ponto do universo era uma escuridão sem forma. Por isso, cansado da solidão, foi que teve a idéia de criar. Daí, dotado de grande energia prolífera, deu forma à escuridão, formou-se uma energia que se foi reunindo em negros agrupamentos
E assim surgiram duas Divindades Primordiais, as quais emergiram do Caos, e que simbolizavam de diferentes formas as trevas primitivas.
Nix (Personificação da Noite), representava a escuridão situada logo acima de Gaia, envolvendo-a com seu manto negro.
Junto com Nix surgiu seu irmão Érebo, (Personificação da Escuridão e das Trevas), que se formou no momento da criação, e mais tarde ficou localizado no mundo subterrâneo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Olimpo: A Saga dos Deuses
General FictionAtenção: os capítulos estão passando por edições.