Capítulo 6

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— Oi. — Digo olhando para ela.

— Aceita uma rosa perfumada? — Ela pergunta pegando a rosa e estendendo em minha direção.

— Não, obrigada. — Recuso educadamente e tendo andar mais um passo quando sou impedida.

— Aceite, é um novo perfume de nossa loja. — A de cabelos castanhos segura minha mão fazendo com o que eu segure a rosa.

— Eu já disse que-

Me corto enquanto olho pro seu rosto, respiro fundo e tento ser educada.

— Obrigada. — Me curvo em demonstração de respeito e agradeço.

— Chinelo bonito. — Ela diz olhando pros meus pés e um ponto de interrogação surge na minha cabeça.

Do nada ela elogiando o meu chinelo?

— Acho que ainda não me apresentei, me desculpe. — A mulher diz enquanto coça a nuca envergonhada, suas bochechas tomam uma cor avermelhada. — Kang Seulgi, ao seu dispor, senhorita Irene. — Dizia esticando o seu braço esperando que eu apertasse a sua mão.

Kang Seulgi.

Não a deixei esperando por muito tempo e apertei a sua mão de volta. Enquanto nossas mãos se mantinham entrelaçadas se cumprimentando digo: — Eu tenho certeza que você não vai querer estar ao meu dispor. — Digo olhando-a e a sua expressão se tornava confusa.

Sua mão era quente e macia, entrelaçada com a minha mão fria. Eu mesma quebro o contato de nossas mãos e me curvo logo depois, dou uma última olhada em Seulgi e saio andando, em direção a saída principal do shopping. Conforme vou me afastando de Seulgi sinto o seu olhar em mim mas apenas ignoro, se depender de mim nunca mais vamos nos ver novamente.

Assim que chego ao lado de fora do shopping observo uma grande lixeira. Vou até lá e jogo a tal rosa perfumada lá mesmo, logo depois indo em rumo ao estacionamento.

[>>>]

Encarando o pequeno papel embrulhado com o número de Yeri em minhas mãos, o desembrulho pegando o celular pronta para de discar. De certa forma estou nervosa, eu sei que é idiota mas de certa forma estou.

Disco o número de Yeri e aperto para iniciar a chamada, mas assim que coloco o celular no ouvido, a campainha de casa toca e imediatamente levanto uma sobrancelha, desconfiada. Desligo a chamada e levanto andando em direção a porta. Logo a abro e a minha expressão fechada se torna uma expressão leve e entusiasmada.

Yeri me olha e sorri dá um sorriso gigante fazendo com que eu faça o mesmo.

— Joohyunnie! — Yeri exclama pulando nos meus braços e me abraçando.

— Squirtle! — Eu dizia com o meu queixo em seu ombro enquanto minhas mãos rodeavam a sua cintura.

Nos afastamos e olhei para ela.

— Yeri-ah senti tanto a sua falta... — Digo segurando em seus braços e a olhando orgulhosa, dou um sorriso quando percebo que o seu cabelo agora está rosa.

— Eu queria ter te visto antes de você sair, mas tinha me mudado pra Jeju e eu estava com dificuldades pra arrumar um emprego por causa de bem... você sabe. — Yeri dizia e eu a olhava atentamente. — Não consegui juntar dinheiro a tempo pra uma passagem de avião então não deu, me desculpa mesmo.

— Não tem problema Yeri, de verdade, o que importa é que você está aqui agora. — Digo a abraçando de lado dando um beijo no topo de sua cabeça, trago ela pra dentro de fecho a porta. — Está linda com esse cabelo rosa.

— Obrigada! Eu te disse que seria a primeira coisa que eu iria fazer quando eu saísse de lá, fiz sozinha porque estava sem dinheiro pra pagar um profissional e por incrível que pareça ficou bom. — Yeri diz animada brincando com a ponta rosa de seus cabelos.

Caminhamos até a sala e Yeri se sentou no sofá pequeno e eu me sentei no sofá grande.

— Como sabia aonde era a minha casa? — Perguntei curiosa.

— Ah! Quando o senhor Lee me ligou para confirmar se esse era mesmo o meu número eu imediatamente perguntei aonde você estava morando.

— Entendi. — Sorri abafado.

Yeri levantou rapidamente e veio para o sofá grande me abraçando de lado enquanto se acomodava em meus braços. Yeri descansou sua cabeça em meus ombros e percebi que os seus olhos brilhavam.

— Eu senti muito a sua falta Baechu. — Yeri me abraça mais forte ainda e eu retribuo. — Como anda a sua vida? Eu vi na televisão você saindo e todas aquelas pessoas em cima de você, deve ter sido difícil. — Yeri agora me olhava de baixo cabisbaixa.

— Não tem uma semana que eu saí mas bem... por enquanto está sendo... não está sendo tão ruim, até porque até agora eu só saí duas vezes de casa. — Digo pensativa. — Mas ainda sim vi ela nesses duas vezes... — Perco nos meus pensamentos e deixo escapar olhando pro chão. Ouço um grito fino que é o de Yeri e dou um pulo assustada, olho para ela e vejo que agora ela está sentada com a sua expressão supresa.

— Ela quem Bae Joohyun? — Yeri pergunta eufórica.

— Porra Kim Yerim! Quer me matar do coração? Que susto... — Digo enquanto enquanto faço massagem no meu peito para ver se o meu coração se acalma.

— Irene, minha velha, quem é el-

— Velha é a minha buc-

— Joohyun! — Yeri exclamou enquanto ria.

— Ela é uma atendente numa cafeteria aqui perto que eu fui, e pelo visto também trabalha pra uma loja de perfumaria no shopping, ela tipo que divulga a loja dando amostra grátis. — Digo sem muito entusiasmo. — Ela é bem simpática, e bonita também, mas o que que tem?

— Qual é o nome dela? — Yeri pergunta curiosa.

— Kang Seulgi. — Digo simples.

— É um nome lindo, ela deve ser linda em Irene. — Yeri me dá empurrões com o cotovelo enquanto levanta as sobrancelhas.

Apenas assenti com a cabeça.

— Vocês se viram duas vezes será que é destino? — Yeri perguntava olhando pra mim esperançosa.

— Yeri? É apenas coincidência, destino não existe. — Digo dando uma risada abafada.

— Eu só quero ver Bae Joohyun, está dizendo isso agora, mas quando menos esperar o destino vai te dar uma rasteira. — Yeri dizia me encarando e eu encarava de volta e comecei a rir.

— Quando o "destino" me der uma rasteira, me avise Kim, até lá eu vou ficar esperando. — Digo cruzando os braços debochando da cara de Yeri que me olhava sorrindo maléfica.

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