Capítulo 11

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IRENE POV'S

Faz uma semana em que Yeri foi embora e junto com ela, todas as minhas comidas do mês. Hoje vou em um mercadinho aqui perto de casa, da pra ir literalmente a pé e assim mesmo que vou.

O mercadinho fica praticamente ao lado da cafeteria aonde Seulgi trabalha, não quero vê-la e dar a ela um quinto encontro depois de eu dizer que nunca mais iríamos nos ver.

Espanto os pensamentos da minha cabeça e pego a minha bolsa.

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Hoje não estou de boné, nem máscara. Decidi me acostumar as olhadas curiosas que vou receber pelo resto da minha vida, afinal, não vou poder ficar me escondendo para sempre. A brisa agradável que bate no meu rosto combina com o clima, solarado mas não está calor e nem frio.

Ando pela calçada por alguns minutos e já consigo enxergar o mercadinho, e consequentemente a cafeteria aonde Seulgi trabalha.

Uma escada bem alta se fazia presente na frente da cafeteria e no topo tinha uma mulher limpando a grande logo da cafeteria, logo me aproximando percebo que é Seulgi e a mesma nem precisa olhar para baixo pra saber que estou presente no local, pois tento passar reto mas sou impedida com o seu chamado.

— Eu sabia que iríamos nos encontrar mais vezes. — Seulgi diz enquanto sorri olhando para baixo.

Reviro os meus olhos, logo depois olhando para Seulgi.

— Se concentre no que estava fazendo. — Retruco pronta pra me virar para seguir o meu caminho.

— Suas previsões costumam nunca dar certo assim? — Seulgi da um sorriso de ladino.

— Tome cuidado ou vai cair daí, isso não é uma previsão. — Digo por último sem muito interesse revirando os olhos enquanto me viro pra ir embora.

— Espera a-

Seulgi diz exclamando e a olho novamente desinteressada mas quando vejo a escada balançando desperto rapidamente. Vejo Seulgi perdendo o equilíbrio, caindo e não penso duas vezes indo até a mesma e a segurando, a impedindo de se machucar feio.

Assim que a peguei, Seulgi rodou os seus braços no meu pescoço segurando fortemente, chamando a atenção de todos ali.

Olho para Seulgi e a mesma me olha de volta, sinto minhas bochechas ficarem rosadas rapidamente. O sol iluminava todo o seu lindo rosto, seus lábios vermelhos estavam entre-abertos e respirava pesadamente, assustada. Seus olhos assustados me encaravam intensamente enquanto eu a encarava intensamente.

— Você está bem? — Pergunto, levemente preocupada.

— Eu... - Seulgi começa mas se perde na frase.

— Minha previsão não estava errada dessa vez. — Digo com um sorriso divertido no rosto, tentando quebrar um pouco do clima.

— Não foi uma previsão, foi um fato. — Seulgi sorriu maliciosamente e eu a olhei perplexa.

— Ok, isso foi justo. — Digo rindo enquanto a olho, ficamos pelo menos mais uns 5 segundos daquele e jeito e logo acordo quando uma funcionária do café se aproxima preocupada perguntando se Seulgi está bem.

A coloco no chão e me afasto um pouco.

Enquanto Seulgi falava com todos ao seu redor, vi que era a minha deixa pra sair e assim o fiz. Dispensei agradecimentos pois não precisava, eu não fiz nada demais.

Também não queria olhar Seulgi novamente e sentir o que eu senti, sabia que era algo ruim e algo que se caso eu me aprofundasse seria um caos, um sentimento bom que eu nunca saberia retribuir pois eu nunca tive.

E lá estou eu falando besteiras novamente. Não desejo ver Kang Seulgi novamente, ela me causou efeitos que definitivamente não são bons. Hoje só fiquei mais certa disso.

Não faz nem um mês que eu a conheço e já a encontrei o suficiente pra saber que já chega. Eu não pedi por esses encontros inusitados.

Apressei os passos e quando vi já estava dentro de casa. Acabei nem indo no mercadinho e vou ter que ficar pedindo comida até amanhã, e vou fazer questão de ir em um mais longe para poder ir de carro.

Subo para o meu quarto e me deito na cama, fechando os olhos a apertando fortemente, tudo que vejo é preto mas logo depois o rosto de Seulgi aparece em minha mente. Abro os olhos mais rápido ainda e me sento na cama.

de brincadeira...

Passo as mãos pelo o meu cabelo irritada.

Agora ela resolveu alugar um triplex na minha mente?

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SEULGI POV'S

Bae Joohyun, Irene, Senhorita Irene.

— Noona, no que tanto pensa? — Hyung pergunta em pé olhando para baixo enquanto estou deitada no sofá com o braço por cima da minha testa olhando para cima.

Logo me desperto levantando rapidamente agora sentando no sofá. Encarando Hyung negando com a cabeça.

— Na-nada, absolutamente nada. — Falo vacilando um pouco.

— Nada? — Joy se pronuncia agora indo pro lado de Hyung-sik.

Joy se ajoelha do lado de Hyung ficando quase do mesmo tamanho que o mesmo e ambos começam a me olhar profundamente com um olhar julgador.

— Qu-que? — Vou me afastando conforme eles vão se aproximando, não conseguindo olhar nos olhos dos dois.

Logo eles se entreolham e negam com a cabeça olhando para mim novamente.

— Definivamente você estava pensando em algo. — Hyung diz simplista e eu o olho com uma sombrancelha erguida e uma expressão levemente surpresa.

— Quem te ensinou a falar defitivamente? — Pergunto tentando desviar do assunto.

Hyung logo da um sorriso simples.

— Foi a Tia Jo- ei! Você está tentando desviar da pergunta. — Hyung diz com os braços cruzados e eu faço uma expressão entediada.

— Hyung-ah! Você é tão esperto! — Joy exclama animada, o abraçando de lado arrancando algumas risadas de Hyung.

Logo Joy me encara novamente, curiosa.

— Em que você estava pensando? Ou melhor, em quem? — Agora Joy pergunta e eu arregalo os meus olhos nervosa, levantando rapidamente do sofá e andando até a geladeira.

Joy e Hyung me acompanham com os seus olhares levantando também.

— Até parece... — Reviro os olhos tentando parecer convincente.

— Seulgi se olhe no espelho, você está parecendo um tomate de tão vermelha. — Joy diz arrancando risadas de Hyung  e não duvido nada que seja verdade, estou sentindo o meu rosto quente.

— Kang Hyung-sik, hora de dormir. Park Sooyoung, já para casa. — Digo de braços cruzados e logo Joy e Hyung resmungam.

— Ainda vamos descobrir quem é a pessoa que  ocupa os seus pensamentos mais profundos, Kang. — Joy diz com um olhar ameaçador e Hyung rapidamente concorda com a cabeça.

Irene não ocupa os meus pensamentos mais profundos.

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