Capítulo 1 - A última que morre

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Olá depois de tanto tempo! Espero que gostem do capítulo, vou postar até o 4 e depois aviso a vocês quando acontece a nova att. Farei de tudo para atualizar aqui e no spirit com mais rapidez, espero que dê certo. Enfim, boa leitura <3

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As manhãs são mais terríveis para Kara Danvers.
A mulher de cabelos loiros e olhos azuis estava mais uma vez no hospital, enquanto tinha a cabeça praticamente dentro do balde que a enfermeira Jesse segurava para ela, sua única preocupação é o trabalho que arranjou anos atrás.
Jesse é nova, e uma gentil enfermeira de cabelos pretos, baixinha de pele bronzeada, esfregava calmamente a palma da mão nas costas da paciente em uma maneira de tentar aliviar seus refluxos e passar segurança a outra mulher.

Quando a cabeça loira levantou, revelando um rosto pálido e cansado, se recostou no travesseiro atrás dela, a cama estava inclinada de modo que ficasse sentada, ela deita a cabeça para trás encarando o teto enquanto está ofegante, sua testa suada depois do esforço tomado, enquanto isso a outra mulher sai de perto por alguns segundos, abrindo uma porta e colocando o balde hospitalar em outro cômodo do quarto. A janela em seu lado direito estava com suas persianas fechadas, mas ainda se dava para ver o reflexo do sol da manhã, ultimamente Kara não conseguia ficar tanto tempo na luz solar pois, além de ser muito branca (ou muito pálida), sua pele ganhou uma sensibilidade que ela não conhecia antes e sua visão também não ajudava muito. Sentia falta da vitamina D, sentia falta de enxergar o mundo sem ser atrás das lentes dos seus óculos, mas agora tudo é mais difícil para ela.

– Vou te colocar na inalação. – Avisou uma voz feminina não muito fina, Kara reconheceu como a de Jesse, mas não se deu o trabalho de se virar para ver.
Ainda estava cansada, é o que o câncer faz, enjoo e fadiga são as coisas que permaneciam em sua rotina desde os 10 de idade, quando começou a viver no hospital.

Ela escutou o som conhecido de objetos sendo movidos, o tintilar das peças hospitalares do painel atrás da cabeceira da cama, o barulho não muito estrondoso – que antigamente era mais alto – saindo da máquina de inalação sendo ligada como um zumbido. E então Jesse apareceu ao seu lado, ela ver em sua visão periférica, estava sentindo o mundo girar e a visão tinha manchas pretas em movimentos como se tivesse ficado um tempo com os olhos vidrados na luz forte. Sentiu a cama abaixar mais para trás e deixou que Jesse segurasse sua cabeça com uma mão para colocar a máscara de oxigênio, mesmo fraca, ajudou com sua mão a prender a liga da máscara passando atrás da orelha e em sua nuca.
Tomou respirações profundas quando a máquina começou a fazer efeito, uma pequena fumaça com ar frio saía de dentro do tubo que liga a máscara e a máquina, sinal de que o medicamento está chegando até ela.

– Vou trocar a intravenosa agora, ok? – Avisou ela. Kara gostava que ela sempre falava antes de fazer qualquer coisa nela, alguns enfermeiros apenas mexiam nela sem aviso algum.
Levantou o polegar até a metade e sorriu confirmando.

– Tente se esforçar um pouco, hoje queria te ver andando nos corredores – Diz enquanto começa a trabalhar no braço da outra mulher, tirando o soro da madrugada já que a bolsa havia secado e trocando a agulha por baixo da atadura em cima de sua mão esquerda. – E precisamos te pesar, você perdeu peso desde que voltou e muito rápido. O doutor Kalil avisou para diminuir seu medicamento de acordo com o peso. – Kara concorda com a cabeça. – Ah, Alex veio te ver hoje de manhã. – Isso causou interesse na loira. Jesse continuou a falar para distrair enquanto a fura novamente, pegou o outro bolsa de soro e colocou no suporte do chão. – Foi muito cedo, você ainda estava dormindo, ela não quis te acordar. Me deu uma lista do que fazer com você – Riu ao lembrar. – Ela está muito investida na residência, logo será uma ótima atendente. – Elogia terminando de colocar o tubo e fazendo outro curativo.

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