Capítulo 6 - Lena Luthor

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Aos seus amigos, deixava uma mensagem de esperança.

Nunca desistir.

Esse era o seu lema, e ela vivia sobre isso verdadeiramente. Sua força e perseverança foi o que mais impressionou os seus amigos, isso não foi apenas na luta contra a sua doença, mas na vida e em tantas outras questões.

Todo mundo que a via, a admirava, Kara Danvers é uma lutadora, ela não desiste facilmente, sempre corre atrás do que quer, é como ela é, como sempre foi, até mesmo antes de entender isso ela tinha esse instinto dentro dela. Eliza dizia que ela puxou de Alex, que também é uma lutadora tanto quanto ela, mas Kara sempre achou Alex mais forte que ela, mas mais reprimida do que ela, por que Alex não vivia o seu potencial totalmente e uma parte de Kara tinha ciência de que era por sua causa, por que ela tem que cuidar da irmã doente, embora Alex nunca reclamara de seus deveres para com a irmã, Kara apenas sabia. Nunca refutou Eliza, porque ela tinha razão sobre a filha mais velha e talvez Kara tenha puxado isso dela, mesmo que enquanto crescia Alex se tornou mais amargurada e deprimida, já Kara é o oposto disso. Em contrapartida, a Danvers mais nova é mais ingênua do que a irmã, o que não é uma boa qualidade para ser admirada, mesmo que Lucy, sua amiga de faculdade, tenha dito uma vez que achava fofo ela acreditar que todo mundo é bom, enquanto o resto dos seus amigos diziam para que tomasse cuidado em quem confia.

Apesar desse defeito, Kara é uma pessoa cuidadosa, ela nunca se aproxima de ninguém que ache ser mau-caráter, pois a loira se julga uma boa julgadora de caráter, ela sabe quando alguém é bom ou ruim quando olha nos olhos da pessoa, ela dizia que é o seu superpoder. Até agora não encontrou ninguém ruim.

Kara queria deixar mais do que isso.

Quando olha para a sua vida nessa perspectiva, ela ver que não viveu tudo o que gostaria de viver, assim como a irmã – porém com menos tempo – ela também não viveu o seu potencial máximo. Sua carreira de escritora foi por água abaixo depois que foi internada de novo, ninguém quer uma jornalista com câncer que não estar disponível 24 horas por dia, isso não foi ela quem disse, foi o seu chefe, Snapper, um jornalista mal humorado e carrancudo que a tratava como um lixo, porém ela percebeu que ele tratava todo mundo assim e ela gostou de não ter tratamento especial por causa do câncer, mas, mesmo assim, ela chorou no banheiro porque ela realmente queria ser jornalista e ele tinha razão, para fazer jornalismo ela tinha que estar nas ruas e não inabilitada em uma cama de hospital sem poder ter contato com germes, vomitando suas tripas para fora e recebendo oxigênio de uma máquina. Porém Kara ainda sonha no dia em que será reconhecida pelo seu trabalho e deixar de ser a autora insignificante de uma coluna sobre saúde que ninguém nunca olha.

Ela quer deixar um legado.

Pensou que um dia faria uma matéria tão impactante que ganharia um Pulitzer, em seguida, talvez se casasse com uma mulher diferente dela, ou adotaria vários gatinhos e esperaria a hora de ter um bebê, entretanto é estéril, teria que entrar na fila de adoção se quisesse ter um filho algum dia e ela estava disposta a fazer isso quando subisse na carreira. Todo o seu futuro fora construído baseado em um sonho impossível, tudo acabou quando o médico dissera para ela preparar o seu caixão e se despedir de seus entes queridos; e com tão pouco tempo para viver, ela não sabe como vai fazer para deixar o seu legado. Teria de ser algo grande, algo que lhe tornasse reconhecível.

Deixaria o seu corpo para a medicina, ainda teria uso para estudos clínicos, afinal.

Mas ainda assim não é suficiente já que ela estará morta para celebrar a sua conquista, ela não gostaria de ser a razão por terem encontrado a cura contra o câncer e não poder brindar esse momento junto aos cientistas, então ela pensa mais além.

Céu estrelado - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora