Capítulo 4 - A mulher do elevador

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 Kara entra no hospital e vai para o andar que a recepcionista informou, só pega o elevador para o primeiro andar, e quando chega lá o seu queixo está caído com a primeira impressão do lugar. Não era como está acostumada, o lugar é amplo, muito grande e claro, as grandes janelas na lateral contribuindo para isso, a metade do segundo andar é exposto, tendo uma escada que passava pelas janelas e uma subida sem escadas para cadeirantes, é um caminho circular, a arquitetura é muito atraente, uma pequena passarela interligava duas partes do andar. Ela deve estar parecendo uma boba olhando para cima com a boca aberta igual uma criança impressionada, mas ela não importa muito quando alguém esbarra nela por trás quando está saindo do elevador, a pessoa — que Kara viu que é uma mulher baixinha de longos cabelos pretos — se desculpou rapidamente, mas não olhou para trás.

Kara olhou por cima do ombro e decidiu que está na hora de sair da frente das portas de metal para que não atrapalhasse o fluxo de pessoas saindo de lá, então deu alguns passos mais há frente e virou à direita, parou na mesa da recepção para anunciar a sua chegada, e depois que deu o seu nome descobriu que a doutora já estava lhe aguardando no laboratório. A recepcionista coordenou o caminho para onde deveria ir, aponta com o braço que ela só teria que virar mais à direita e ir direto, logo ela veria uma fachada grande com o nome Laboratório escrito. Concordando, Kara sorriu e seguiu o rumo para mais um caminho circular até chegar até a doutora.

— Olá? — Ela chama para a mulher de costas.

Ao ouvir a voz atrás dela, a médica de jaleco virou-se para ver quem estava chamando, seus lábios rosados se contraíram para um sorriso gentil e ela se aproximou tirando as luvas de látex das mãos.

— Oi, você deve ser Kara Zorel Danvers? — Pergunta a mulher de cabelos castanhos avermelhados que estão presos em um rabo de cavalo não muito alto, e duas mechas da franja estão soltos ao lado de seu rosto.

Kara está com as mãos enterradas nos bolsos de trás de seu jeans marrons, ela faz isso quando está ansiosa, e ela está ansiosa agora.

— Exato. — Concorda dando seu melhor sorriso que fazia as pequenas rugas de seus olhos visíveis.

— É diferente. — Aponta a médica para continuar uma conversa, uma prancheta em mãos, mas não olha para o conteúdo abaixo enquanto está mantendo contato visual com a outra mulher.

Kara gagueja antes de prosseguir a fala normalmente.

— É, é bem, meus pais biológicos não são daqui — Diz ela. — Danvers é o meu nome americano, da minha família adotiva. — Ela tira as mãos dos bolsos apenas para gesticular nervosamente enquanto explica sua linhagem.

A outra mulher rir com simpatia.

— Eu sou a doutora Caitlin Snow. — Se apresentou ela finalmente, estendeu a mão em sua direção enquanto a outra mão foi para atrás para deixar a prancheta na mesa. Kara engoliu em seco quando viu, ela limpou a mão na calça pois estava suando e em seguida levou a própria mão até a da outra mulher, deram um breve aperto de mãos e então voltaram suas mãos para si. — Serei responsável para fazer os seus testes, você já deve saber como funciona. — A loira acena com a cabeça. — Ok, eu vou requisitar exames de sangue, urina, aptidão física, raio-x, tudo o que for necessário para vermos como você está indo. Inclusive — ela faz uma careta — uma biópsia. — E em resposta Kara mimica a sua careta. — Vamos aferir a sua pressão e ver sua glicose antes do hemograma. Pode entrar. — Aponta com a mão para a poltrona logo no final da sala próximo a parede.

Respirando fundo, Kara segue até a cadeira e senta lá enquanto a doutora Snow está mexendo na mesma mesa que estava quando entrou, ela vestiu as luvas novamente e puxou uma mesinha com rodinhas até onde Kara está.

Céu estrelado - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora