Chapter 11

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— Você realmente quer falar disso agora? — Perguntei com a voz embargada esfregando os olhos, recém acordado mal conseguia raciocinar.

— Se eu quero? Não está óbvio? Eu avisei, já que não queria me contar de manhã a tarde você não me escapava. Fala de uma vez Dylan.

— Ele saiu com a River, ontem. — Mia que tinha sua cabeça deitada em meu colo interrompeu a fala de Todd para acabar de uma vez por todas com aquela situação. Apesar de baixa a frase foi clara e certeira.

— Espera... Contou pra ela? Contou pra Mia e não pra mim? O que está rolando?

— Todd por favor não inventa, nem tudo tem um motivo eu só contei pra ela e ponto. Mas já que quer tanto saber: sim nós saímos ontem, foi um breve almoço.

— Foi tão "breve" que ele se atrasou duas horas para voltar ao trabalho.

Tudo ficou quieto até a risada se sobressair na casa, a cama ao nosso lado se afundou indicando a aproximação do ciumento, ambos gargalharam. Eram as únicas pessoas para quem eu conseguia me abrir.

— Eu sabia que aquele seu sorriso estava diferente, te conheço como ninguém. E como foi? Vocês finalmente ficaram?

Ficar era uma palavra forte, até então não sabia se tudo aquilo era um flerte ou apenas uma amizade. Perguntar era uma boa hipótese mas não podia arriscar, caso fosse algo da minha cabeça iria acabar com a quase amizade que tínhamos. Neguei com a cabeça após suspirar levemente chateado deslizando as mãos sobre os cabelos.

— Meio que a gente não ficou. Foi apenas um bom passeio, almoçamos e conversamos, é isso. — Para minha chateação tinha sido apenas aquilo, por mais que em alguns momentos surgisse um clima...River sabia resistir a isso, ou talvez não quisesse. — Apesar que teve uma hora que...

— Que o que? O que aconteceu? — O homem desferiu um tapa rápido em meu ombro ansioso. — Desembucha Whitmore.

— Só pelo fato de ter me chamado de Whitmore eu não devia contar mais nada, mas não vou fazer isso com você. Que fique de lição. — Cruzei os braços fechando a feição e colocando os pés com meia para cima da cama. — No meio do passeio decidimos sentar a beira do cais, eu tomei coragem e pedi para senti-la. Você sabe como, eu queria saber mais sobre ela do meu jeito. Foi tão especial, me senti único e pude desenha-la em minha mente. Em consequência ela pediu para me ver sem os óculos.

— Cara, de tudo que pudesse acontecer isso aí não estava na minha lista. Até hoje não vi você pedir isso para alguém que não fosse intimo. Bem, você deixou que ela visse?

— É claro!! Nada mais justo. Diz ela que eles são lindos, a sua maneira, algo desse tipo. Resumindo foi indescritível, parece que alguma coisa dentro de mim ficou inquieto depois disso.

— Se chama amor bobinho, você deve estar experimentando uma verdadeira paixão por ela. Ninguém esta privado disso e chegou sua vez, Dy. — Amália sempre cirúrgica disparou após retirar sua cabeça de meu colo, seu comentário entrou em minha mente sem hora para sair. Aquele sentimento me trazia medo junto de toda sensação de aconchego. — O amor é uma incógnita, o amor é cego e nada previsível.

— Porque você não faz alguma coisa?

— Como fazer alguma coisa? Eu não posso exigir amor, essas coisas não se exigem, se cativam.

— O amor não é cego, é idiota. Tisc, a pior sensação que alguém poderia sentir. É Dylan, de qualquer forma não tem jeito essa garota te fisgou. O problema vai ser se ela não estiver interessada sabe como é. Quando a gente quer elas não querem, quando querem não queremos. Não cria expectativa vai que o seu carma decide entrar em vigor agora, eu te amo e falo para o seu bem.

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⏰ Última atualização: Mar 19 ⏰

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Love Isn't Blind, It's RetardedOnde histórias criam vida. Descubra agora